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Estilos da Clinica
versão impressa ISSN 1415-7128versão On-line ISSN 1981-1624
Estilos clin. v.9 n.17 São Paulo dez. 2004
EDITORIAL
Em breve, o leitor da revista Estilos poderá ter acesso a ela na grande rede, na web, na Internet. Estilos será incluída no Portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (Pepsic) da Biblioteca Virtual em Saúde – Psicologia (www.bvs-psi.org.br). O Portal será lançado oficialmente no I Congresso Latino Americano da Psicologia, em abril de 2005, em São Paulo. Os Anais do III e IV Colóquios do LEPSI também estão no ar, no endereço (www.proceedings.scielo.br/scielo.php? script=sci_serial&pid=000000003). Dizem que a Internet é uma rede democrática, capaz de levar a produção científica aos confins desse enorme Brasil, bem como aos recônditos mais longínquos do planeta. Nosso narcisismo se regojiza com essa possiblidade, embora devêssemos pensar se os pingüins precisam mesmo de nosso saber. De qualquer modo, estar na Internet ajuda a ganhar pontos nas avaliações das revistas científicas, e talvez alguns leitores acabarão por se beneficiar com um acesso mais rápido aos textos aqui produzidos. Mas sabemos que a escala de democratização da Internet está longe de ser a sonhada nos anos 70, quando se pensava que um saber gratuito se espalharia pelos quatro cantos da Terra e levaria uma vida melhor para todos. Hoje se sabe que ela não é gratuita, e apresenta ao seu usuário uma quantidade imensa de informação, que só uma boa formação ajuda a selecionar. Mas uma boa formação continua custando muito, muito caro…
A psicanálise nas instituições continua a ser um assunto polêmico, e foi o tema do V Colóquio do LEPSI, ao qual compareceram mais de 200 pessoas, em outubro de 2004. Desse colóquio, pinçamos alguns textos que se destacaram nesse debate, e os somamos a outros que não vêm deixando a discussão esmorecer. No primeiro caso está o texto de Ana Beatriz Freire e de Angélica Bastos, psicanalistas que realizam uma pesquisa conjunta da UFRJ com o NAICAP, no Rio de Janeiro, em torno de crianças psicóticas e autistas. No segundo caso estão M. José del Volgo, da Universidade de Aix-en-Provence, e Miriam Geoffroy, da Universidade Livre de Berlim. Del Volgo esteve em São Paulo em agosto último, ocasião em que falou a respeito do modo como a psicanálise pode estar presente em uma consulta médica, e Geoffroy traz de volta a Escola de Bonneuil, que tem sido uma referência para aqueles que trabalham em instituições para crianças com problemas de desenvolvimento. Cristina Keiko Inafuku, do Lugar de Vida, reaviva, com muita propriedade e precisão, a discussão em torno do atendimento em instituições de casos graves como o de Y. E mostra o valor da escrita do caso na necessária travessia que um analista precisa fazer para atender casos tão difíceis. Ieda Prates da Silva, da APPOA, também contribui para o debate, com um trabalho que discute a representação da masculinidade na escola. Aos leitores de Estilos, internautas ou adeptos do velho pergaminho, boa leitura !
Cristina Kupfer