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Estilos da Clinica
versão impressa ISSN 1415-7128versão On-line ISSN 1981-1624
Estilos clin. vol.23 no.2 São Paulo maio/ago. 2018
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i2p451-452
DOI: 10.11606/issn.1981-1624.v23i2p451-452
ATUALIDADES DE PESQUISA
"Respiramos el mismo pero somos diferentes": Constitución de subjetividad en adolescentes integrantes de Agrupaciones Juveniles de Ciudad en Mar Del Plata (Argentina) y Cali (Colombia)
Autor
Diego Fernando Bolaños
Orientador
Marcelo Ricardo Pereira
Banca examinadora
Profa. Dra. Mercedes Minnicelli (co-orientadora), Prof. Dr. Mario Elkin Ramírez (Universidade de Antioquia), Prof. Dra. Luciana Gageiro Coutinho (Faculdade de Educação da Universidade Federal Fluminense), Prof. Dra. Andréa Maris Campos Guerra (Universidade Federal de Minas Gerais), Prof. Dra. Jacqueline Oliveira Moreira (Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais), Prof. Dr. André Marcio Picanço Favacho (Universidade Federal de Minas Gerais)
A tese analisa a constituição subjetiva de integrantes de Agrupamentos Juvenis de Cidade (AJC) de Mar Del Plata (Argentina) e Cali (Colômbia). A metodologia utilizada foi pesquisa-intervenção de orientação clínica com espaços de fala, entrevistas clínicas e diários de bordo e clínicos, para acesso aos discursos de adolescentes e jovens os "par-ceros" ("par-zeros"); e também observação, grupos focais e entrevistas exploratórias, para acesso aos discursos sobre esses mesmos sujeitos. Ambos os discursos (de e sobre) foram interpretados à maneira de contraste. Observa-se que, nos discursos sobre, as AJC não foram mencionadas e os sujeitos são apresentados como sonhadores, alegres, dançarinos, defensores de direitos, violentos e violentados, consumistas, viciados em drogas e com tendências a assumir ações de risco e expor-se a perigos. Por sua parte, nos discursos de nove par-zeros, raps e pichadores, eles se dizem diferentes: tendem ao consumo, mas orientados às práticas de hip-hop; buscam identificação e reinstituição de referentes simbólicos por meio da substituição de seus nomes próprios por apelidos com os quais se rebatizam. Para alguns, a figura da mãe e o misticismo são determinantes para dar sentido à substituição de seus nomes. Para outros, o som e a escrita dos apelidos foram incidentes, mas com um elemento importante em dois casos: o cinismo, a provocação linguageira, o humor e a comicidade acompanham e revestem seus apelidos, gerando um interjogo de significantes que interceptam seu narcisismo e lhes ajudam a constituir-se subjetivamente.
Tese de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais
* Defendida e aprovada em 22 de fevereiro de 2017