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Revista da SBPH
versão impressa ISSN 1516-0858
Resumo
MONTEIRO, Daniela Trevisan; MENDES, Jussara Maria Rosa e BECK, Carmem Lúcia Colomé. Medidas de conforto ou distanásia: o lidar com a morte e o morrer de pacientes. Rev. SBPH [online]. 2019, vol.22, n.2, pp.189-210. ISSN 1516-0858.
Este estudo teve por objetivo conhecer as interfaces sobre o lidar com a morte e o morrer de pacientes pelos profissionais da saúde, no contexto hospitalar. Realizou-se um estudo descritivo de cunho qualitativo. A coleta de dados foi realizada por meio de entrevistas semiestruturadas. Foram entrevistados dezessete profissionais, médicos e enfermeiros, que trabalhavam na unidade de clínica médica de um hospital de ensino do Rio Grande do Sul. Os dados obtidos foram analisados a partir da análise de conteúdo. Os resultados mostraram que médicos mais jovens possuem maiores dificuldades em estabelecer a limitação terapêutica, utilizando-se de todos os recursos disponíveis em termos de tratamento médico. As decisões não são compartilhadas na equipe e, muitas vezes, não são comunicadas ao paciente, apenas à família, que tende a querer investir a todo custo. Quando o médico aceita o pedido familiar pode prolongar o processo de morte e trazer maior sofrimento ao paciente. Considera-se a importância da proximidade junto ao paciente, em um processo de empatia e escuta de seus desejos nas tomadas de decisões em fim de vida. Às instituições cabe o investimento em seus profissionais, almejando um maior conhecimento sobre o tema da morte e possibilitando qualidade no atendimento.
Palavras-chave : morte; atitude frente à morte; pessoal de saúde; cuidados paliativos na terminalidade da vida.