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Psicologia: teoria e prática
versão impressa ISSN 1516-3687
Resumo
BUFFA, Carolina Gobato; TEIXEIRA, Sueli Cristina de Pauli e ROSSETTI-FERREIRA, Maria Clotilde. Psicol. teor. prat. [online]. 2010, vol.12, n.2, pp.17-34. ISSN 1516-3687.
O abrigamento é visto como fator de risco desenvolvimental, fortalecendo o estigma e a exclusão social que sofrem crianças abrigadas. O objetivo deste estudo foi investigar como a condição de abrigamento perpassa as vivências e relações dessas crianças na escola, com base nas narrativas de crianças e técnicos de um abrigo. Participaram desta pesquisa duas meninas e dois meninos, de 10 a 13 anos, abrigados na mesma instituição, a coordenadora e a pedagoga desta. Utilizaram-se entrevistas semiestruturadas com cada participante e elaboração de narrativas pelas crianças. Trechos das narrativas que enfatizavam aspectos das relações das crianças na escola foram recortados e analisados. As crianças descreveram as interações escolares como conflituosas, frequentemente violentas. As profissionais do abrigo relacionaram isso ao abrigamento das crianças, apontando uma atitude de preconceito e exclusão. Tais interações parecem retomar o discurso do abrigado como fracassada, (re)atualizando a exclusão que sofrem. Ademais, indicam o fracasso da escola ao desempenhar seu papel de inclusão.
Palavras-chave : Abrigo; Escola; Interação; Exclusão; Crianças abrigadas.