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Natureza humana
versão impressa ISSN 1517-2430
Resumo
RIBEIRO, Diana Pancini de Sá Antunes e AMARAL, Henrique Uva do. O silêncio na clínica psicanalítica a partir das concepções de Donald Winnicott e Wilhelm Reich. Nat. hum. [online]. 2016, vol.18, n.1, pp.69-96. ISSN 1517-2430.
O silêncio sempre foi um tema que provocou muita discussão na história da clínica psicanalítica, de modo que muitos analistas tinham dificuldade em lidar com ele no setting terapêutico. Considerando as várias possibilidades com as quais psicanalistas manejam o silêncio no setting, notamos que Donald Winnicott e Wilhelm Reich trazem importantes contribuições para essa questão. O objetivo deste artigo é, portanto, o de apresentar os posicionamentos deles acerca do silêncio na clínica psicanalítica e estabelecer um breve diálogo entre eles, descrevendo possíveis diferenças e semelhanças. Nossa escolha por esse diálogo se justifica pelo fato de que, apesar de suas diferenças técnicas e metodológicas, ambos os autores possuem um dos objetivos terapêuticos em comum: a espontaneidade. Embora estejamos tratando de tendências, concluímos que, em Reich, o silêncio do paciente é visto, predominantemente, como resistência, enquanto em Winnicott o silêncio também pode ser entendido como hesitação e como uma conquista tida pelo paciente no processo terapêutico.
Palavras-chave : psicanálise; Donald Winnicott; Wilhelm Reich; silêncio; espontaneidade.