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Revista de Etologia

versão impressa ISSN 1517-2805versão On-line ISSN 2175-3636

Resumo

MAGRINI, Leandro  e  OLIVEIRA, Elisabeth Spinelli De. Etologia no Brasil (II): Dissertações de Mestrado de 2010 a 2014. Rev. etol. [online]. 2015, vol.14, n.2, pp.1-67. ISSN 1517-2805.

Neste estudo é feito o levantamento das Dissertações de Mestrado defendidas em cinco anos no Brasil, dando continuidade ao trabalho anterior sobre a produção acadêmica (i.e. teses) em Etologia. Usamos a busca por palavras chaves (e.g. etologia e comportamento animal) em sites e links de universidades, Instituições de pesquisa, e publicações pertinentes. Organizamos os dados de acordo com gênero, instituição, subárea, e grupo taxonômico. Foram encontradas 531 dissertações, 106±15 por ano, majoritariamente em instituições públicas, com apoio de agências estatais. A autoria feminina é maior (61%) do que a masculina (39%), fato já observado nos doutorados durante o mesmo período. O Sudeste (52%) e Nordeste (23%) são responsáveis por 75% das dissertações e 21 das 27 unidades federativas estão representadas, um número maior do que encontrado nos doutorados. Instituições de São Paulo são responsáveis por 28% da produção total das dissertações, um valor inferior ao encontrado para os doutoramentos. Minas Gerais com 15% das dissertações, Rio Grande do Norte com 9%, e Bahia, Paraná e Rio de Janeiro, com 7% das dissertações para cada são os principais estados. Ecologia Comportamental e Etologia Aplicada continuam a ser os temas mais estudados com 197 e 144 trabalhos, respectivamente. As demais subáreas estão presentes de maneira mais expressiva do que no estudo anterior: Cognição, Comunicação, Evolução do Comportamento, Neuroetologia, Psicologia Evolutiva e Teoria Comportamental. A diversidade da fauna brasileira está representada com pelo menos 203 espécies: 70 famílias e 29 ordens de Vertebrata, e 39 famílias e 13 ordens de Arthropoda. Dissertações sobre vertebrados correspondem a 78% do total: Mammalia está representada em 285 dissertações (54%), Aves em 39 (7%), Amphibia em 40 (8%) e Actinopterygii em 38 dissertações (7%). Além de Vertebrata os outros grupos representados pertencem majoritariamente a Arthropoda: Insecta destaca-se em 72 dissertações (14%); Arachnida e Malacrostaca completam o grupo. Concluímos que a importância da representação feminina na produção de Etologia no Brasil está confirmada, bem como o aumento relativo na autoria de dissertações por mulheres em relação à produção de teses entre 2010 e 2014. Verifica-se também o fortalecimento das várias subáreas da Etologia dentre os temas investigados nas dissertações, além das subáreas já consolidadas - Ecologia Comportamental e Etologia Aplicada. Observamos ainda a ampliação da participação de estados fora da região sudeste, embora essa região ainda prevaleça na produção nacional. O Instituto de Psicologia da USP tem uma contribuição relevante para a formação de mestres no cenário estadual e nacional, embora esta seja menos preponderante do que o observado para a formação de doutores. Vemos, portanto, com otimismo a trajetória futura da Etologia no Brasil. Acreditamos que o presente estudo possa servir de apoio para subsidiar o estabelecimento de diretrizes que visem à expansão da Etologia, mesmo em tempos de restrição de apoio financeiro destinado à formação de mestres e doutores, e à pesquisa de modo geral, pelo qual a ciência no país está passando no presente momento.

Palavras-chave : Temas em Comportamento Animal; Etologia nas Instituições de Ensino Superior; Dissertações 2010-2014; Gênero e autoria.

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