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Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva
versão impressa ISSN 1517-5545
Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.11 no.2 São Paulo dez. 2009
ARTIGOS
Produção científica em habilidades sociais: estudo bibliométrico1
Publications in social kills: bibliometric study
Vivian Maria Stabile Fumo2; Carina Luiza Manolio3; Suzelei Bello4; Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi5
Universidade Federal de São Carlos
RESUMO
Considerando o desenvolvimento dos estudos brasileiros em Habilidades Sociais (HS) nas últimas décadas, torna-se relevante analisar a produção científica dessa área de conhecimento, pois possibilita visualizar lacunas e caminhos para futuras pesquisas. Este estudo teve como objetivo analisar as publicações sobre HS na coleção Sobre Comportamento e Cognição, utilizando a metodologia da análise bibliométrica. Foram selecionados 27 capítulos, analisados segundo os critérios: ano; origem institucional; autores; tipo de estudo e temáticas. A maioria dos autores estavam vinculados a Instituições de Ensino Superior, sendo nove trabalhos da Universidade Federal de São Carlos. Os autores que se destacaram foram Del Prette e Falcone com cinco publicações cada um. Em relação à classificação dos capítulos quanto ao tipo de estudo, 16 foram classificados como conceituais, cinco como correlacionais, quatro relatos de experiência, um estudo de caso e um que não pôde ser classificado nessas categorias. Portanto esses dados caracterizam como as HS são retratadas na coleção, servindo de base para o desenvolvimento de novas pesquisas.
Palavras-chave: Habilidades sociais; Produção cientifica; Bibliometria.
ABSTRACT
In view of the development of Brazilian studies in Social Skills (SS) in recent decades, it is important to analyze the scientific production in this area, since it allows the identify gaps and paths for future research. This study aimed to analyze the publications in the collection about SS articles named About Behavior and Cognition, using the methodology of bibliometric analysis. 27 chapters were selected and analyzed by the following criteria: year, institution, authors, type of study, and topics. Most authors were linked to universities, with nine works were from São Carlos Federal University. The authors who stood out were Del Prette and Falcone having five publications each. Regarding the classification of the chapters as to the type of study, 16 were classified as conceptual, five as correlational, four reports of experience, one case study, and one that could not be classified within these categories. Therefore these data characterize how the SS are portrayed in the collection, serving as the basis for the development of new research.
Keywords: Social Skills; Scientific production; Bibliometrics.
Vivemos em um mundo no qual o movimento tecnológico e de globalização se expandiu de maneira vertiginosa. Essa expansão, embora tenha alcançado resultados positivos em aspectos como informação, saúde, educação, trabalho entre outros, tem atingido de maneira negativa as relações sociais das pessoas. De acordo com Trower (1995), as dificuldades para se estabelecer relacionamentos interpessoais saudáveis estão aumentando, a cada dia, de maneira surpreendente. Segundo o autor, pessoas com problemas de ajustamento social têm maior probabilidade de desenvolver transtornos psiquiátricos, problemas com bebidas alcoólicas, doenças psicossomáticas e tendência ao suicídio. Dessa forma, os desafios e as demandas impostas pelo mundo atual exigem de crianças, jovens e adultos o desenvolvimento de um repertório de Habilidades Sociais cada vez mais elaborado (Del Prette & Del Prette, 2005).
Um repertório elaborado de Habilidades Sociais é considerado pelos autores da área (Del Prette & Del Prette, 2005) como fator de proteção, pois é um indicador de ajustamento psicossocial, de desenvolvimento saudável e de qualidade de vida, além de ser um preditor significativo de competência acadêmica (Elliot, DiPerna, Mroch & Lang, 2004). Esses são alguns dos fatores que contribuem para que o campo teórico e prático das Habilidades Sociais venha destacando-se como uma área de grande interesse para a Psicologia.
A origem dos conhecimentos em Habilidades Sociais está relacionada com o desenvolvimento de dois movimentos contemporâneos ocorridos a partir de 1960: o Treinamento Assertivo (TA) nos Estados Unidos e o Treinamento de Habilidades Sociais (THS) na Inglaterra6. De acordo com Del Prette e Del Prette (2000), os conhecimentos em Habilidades Sociais, assim como os movimentos do TA e do THS, desde a sua origem, estiveram relacionados com as abordagens da Psicologia Comportamental e da Psicologia Comportamental Cognitiva. A divulgação do THS para outros países como Estados Unidos, Canadá, Portugal, entre outros, aconteceu concomitantemente ao crescente interesse da Psicologia por essas duas abordagens. Para Del Prette e Del Prette (2000), nomes como os de Salter, Wolpe, Lazarus, Argyle, Dean, Zigler e Phillips, podem ser considerados como precursores da Psicologia Clínica em relação aos problemas interpessoais.
De acordo com as análises de Del Prette e Del Prette (2000) e de Bolsoni- Silva, Del Prette, Del Prette, Montanher, Bandeira, Del Prette (2006), os estudos considerados precursores da área de Habilidades Sociais no Brasil, foram publicados no final da década de 1970 e, apenas em 1999, ocorreu o lançamento do primeiro livro no país (Del Prette & Del Prette, 1999) exclusivamente sobre Habilidades Sociais.
Atualmente, as publicações na área são advindas principalmente de alguns grupos de pesquisa como o grupo de Del Prette e Del Prette na UFSCar (Universidade Federal de São Carlos), o de Bandeira na UFSJ (Universidade Federal de São João Del Rey), o de Falcone na UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e o de Bolsoni-Silva na UNESP (Universidade Estadual Paulista), todos constituintes do grupo de trabalho (GT) denominado Relações Interpessoais e Competência Social da ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós- Graduação em Psicologia). O GT conta atualmente com pesquisadores de diversas instituições de ensino superior, o que tem possibilitado um intercâmbio de informações e a produção de trabalhos conjuntos entre as Universidades.
Em Bolsoni-Silva et al. (2006) e em Del Prette e Del Prette (2000) pode-se encontrar ainda referência a alguns estudos que retratam o desenvolvimento da área em nosso país. Esses autores demonstram que no decorrer dos anos, observou-se um aumento constante no volume de publicações e na quantidade de trabalhos apresentados em congressos sobre a temática das Habilidades Sociais. Não obstante ao crescente interesse pela área, são encontrados poucos estudos brasileiros que se dedicam a fazer uma revisão dos trabalhos publicados em periódicos eletrônicos e em meios de divulgação impressa, podendo-se citar Del Prette e Del Prette (2000), Mitsi, Silveira e Costa (2004), Murta (2005) e Bolsoni-Silva et al. (2006).
O estudo de Del Prette e Del Prette (2000) não se dedica exclusivamente a fazer uma revisão dos trabalhos publicados, abrangendo questões de conceituação teórica sobre aspectos da área de Habilidades Sociais. Os autores destacam trabalhos desenvolvidos sobre a temática do Treinamento Assertivo (TA) e do Treinamento de Habilidades Sociais (THS) entre os anos de 1980 e início do ano 2000. Esses estudos foram classificados por Del Prette e Del Prette (2000) em quatro grupos temáticos: análise de programas ou procedimentos de treino; caracterização de repertórios de populações específicas; análise e desenvolvimento de instrumentos de avaliação e; estados da arte/estudos teóricos.
Mitsi, Silveira e Costa (2004) realizaram um levantamento bibliográfico na base de dados PsycINFO para verificar como o Treinamento em Habilidades Sociais foi utilizado no tratamento de pessoas com o diagnóstico de Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC). Nesse levantamento foram identificados 18 artigos sobre a temática: dez deles foram encontrados e analisados e oito não foram recuperados. Os autores analisaram os artigos, considerando o tipo de intervenção realizada (individual ou em grupo) e o enfoque dado ao Treinamento em Habilidades Sociais em intervenções para o TOC (tratamento principal ou intervenção secundária). Os resultados do estudo mostraram que em quatro artigos a intervenção em Habilidades Sociais aparece como tratamento principal e em três, como intervenção secundária. Os autores enfatizam que houve um aumento na quantidade de estudos sobre essa temática no decorrer dos anos e que não foram encontradas, entre os artigos pesquisados, avaliações sobre o efeito das intervenções com Habilidades Sociais em casos de TOC.
Murta (2005) apresenta uma pesquisa bibliográfica realizada na base de dados LILACS sobre programas de THS com amostras brasileiras para prevenção primária, secundária e terciária. Nesse estudo foram identificados dezessete programas de intervenção e os artigos foram analisados enfocando os participantes, o tipo de delineamento, os instrumentos de avaliação, as técnicas de intervenção e os resultados. Murta (2005) salienta que houve um predomínio do THS no formato grupal, nos contexto clínico e escolar, com a utilização de delineamentos quaseexperimentais e uso de técnicas cognitivocomportamentais, sendo que os treinamentos realizados promoveram melhoras no desempenho social dos participantes.
Bolsoni-Silva et al. (2006) realizaram um estudo de caracterização da área de Habilidades Sociais no Brasil em Periódicos, compreendendo o período dezembro de 2003 a março de 2004. O levantamento foi realizado em bases de dados digitais (LILACS, INDEXPSI, PsycINFO e SCIELO), e junto a editores de periódicos científicos impressos, bibliotecas e a autores/pesquisadores. A busca localizou 65 artigos e esses foram analisados de acordo com suas características bibliográficas, temática dos artigos e características dos estudos. As publicações encontradas referiam-se a temas como: educação, inteligências múltiplas, reabilitação psicossocial de psicóticos, comunicação, análise do comportamento, práticas parentais, assertividade, crenças e identidade social e, tratamento de transtorno obsessivocompulsivo. O trabalho indica também a existência de poucos estudos de caracterização do repertório de Habilidades Sociais de grupos clínicos específicos (depressão, timidez, fobia social) e de populações com necessidades educacionais especiais. Outro aspecto salientado pelos autores foi a escassez de estudos de análise da produção científica sobre outros veículos de divulgação como livros e capítulos de livros.
De uma forma geral, a partir dos relatos apresentados anteriormente sobre as publicações nacionais, observa-se que o referencial das Habilidades Sociais vem sendo utilizado em diferentes modalidades de pesquisas e está relacionado a diversas temáticas. Considerando a grande concentração de informações e a agilidade com que essas são produzidas e armazenadas, a análise da produção científica torna-se cada vez mais crucial para caracterizar o estado da arte de uma determinada área de conhecimento. Esta situação tem levado à necessidade crescente de estudos de meta-análise e de abordagens bibliométricas sobre a produção científica.
Para Rostaing (1997) a bibliometria pode ser considerada como uma abordagem que aplica métodos estatísticos ou matemáticos sobre o conjunto de referências bibliográficas. De acordo com Spinak (1998), a bibliometria envolve três aspectos: o estudo quantitativo da informação; a disseminação e o uso dessa informação registrada. Ainda para este autor, pode ser definida como: (a) uma disciplina com alcance multidisciplinar, que analisa os aspectos mais relevantes e objetivos da comunidade científica; (b) um estudo das organizações e de seus setores científicos e tecnológicos a partir das fontes bibliográficas e patentes para identificar autores, relações e tendências; (c) um estudo quantitativo das unidades bibliográficas; (d) um estudo quantitativo da produção de documentos e como eles refletem nas bibliografias.
A realização de estudos bibliométricos, segundo Saes (2000), possibilita determinar: (a) o crescimento de qualquer campo cientifico; (b) a evolução cronológica da produção científica segundo o ano de publicação dos documentos; (c) a produtividade dos autores com base na quantidade de seus trabalhos; (d) a colaboração entre os pesquisadores e as instituições por meio do intercâmbio de informações sobre os trabalhos publicados e outros.
Para Hayashi, Hayashi, Silva e Lima (2007), a análise bibliométrica tem sido utilizada por diversas áreas do conhecimento como um método de avaliação da produção científica. A bibliometria constitui, portanto, uma ferramenta que permite observar o estado da ciência e da tecnologia por meio da análise da produção científica em um determinado nível de especialização. Possibilita também, situar a produção de um país em relação ao mundo, uma instituição ao seu país e, até mesmo, cientistas às suas próprias comunidades. A bibliometria pode ser vista como uma ferramenta capaz de medir e facilitar a análise da informação armazenada, ou seja, consiste em analisar o corpusdocumental, por meio das análises estatísticas da produção científica de artigos, revistas e outros indicadores, auxiliando nas tomadas de decisões e no gerenciamento das pesquisas (Okubo, 1997).
Sobretudo vale destacar que existem algumas limitações pontuadas por Spinak (1998) em relação ao método bibliométrico. Segundo o autor, ao analisar os índices bibliométricos deve ser considerado o espaço demarcado, ou o corpus de investigação, além disso, a atividade científica deve ser interpretada dentro de um contexto conceitual, social e econômico. Para este autor, investigar as publicações científicas permite contribuir de forma real para o processo científico da sociedade, na disseminação e nas relações realizadas para que o conhecimento obtenha metas práticas e visíveis.
Os estudos de Bolsoni-Silva et al. (2006), Murta (2005) e Mitsi, Silveira e Costa (2004), Del Prette e Del Prette (2000), podem ser considerados como trabalhos que procuram fazer uma análise bibliométrica da produção científica brasileira em relação à área de conhecimento do campo teórico e prático das Habilidades Sociais. Esses estudos fornecem um panorama das pesquisas e/ou intervenções na área do THS que se encontram indexados em algumas bases de dados digitais. No entanto, tais estudos, com exceção de Del Prette e Del Prette (2000), não abarcaram os meios de divulgação impressos, como livros e capítulos de livros, ainda muito utilizados em nosso meio. Um levantamento bibliográfico em livros e capítulos de livros poderia trazer uma grande contribuição na análise da produção teórica sobre Habilidades Sociais, uma vez que, são em geral priorizados para esse tipo de produção. Partindo-se dessa constatação, este estudo teve como objetivo analisar as publicações sobre Habilidades Sociais em um meio de divulgação impresso, empregando o método bibliométrico.
Método
Fonte de análise
Uma vez que os conhecimentos teóricos e práticos da área de Habilidades Sociais estão relacionados com a Psicologia Comportamental e Psicologia Comportamental Cognitiva, escolheu-se como espaço amostral para este estudo, os livros da coleção Sobre Comportamento e Cognição, por considerar que esta é representativa, no Brasil, dessas abordagens. Cabe ressaltar que, nos últimos anos, a maior parte dos trabalhos publicados nessa coleção estão embasados principalmente na análise do comportamento. Os capítulos contidos em cada volume da coleção Sobre Comportamento e Cognição são originados, em sua maioria, a partir de algumas apresentações (cursos, mesas redondas, simpósios) realizadas durante os encontros anuais da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental (ABMPC).
Período
A busca abrangeu todas as edições publicadas da coleção Sobre Comportamento e Cognição, de 1997 a 2007, totalizando 20 volumes.
Critérios de Seleção dos Capítulos
Foram selecionados, inicialmente para a análise, os capítulos que tinham as seguintes expressões em seu título: habilidades sociais, habilidades de interação, desempenho social, competência social, comportamento socialmente habilidoso, treinamento em habilidades sociais, assertividade, competência social, empatia, agressividade/ agressivo(a), passividade/passivo( a) e desenvolvimento sócioemocional.
Procedimento
Inicialmente, realizou-se um levantamento, em todos os volumes da coleção Sobre Comportamento e Cognição, sobre os capítulos relacionados ao tema das Habilidades Sociais. Nesse levantamento foram utilizados os Critérios de Seleção dos Capítulosdescritos anteriormente. Nessa busca identificou-se 33 capítulos que se relacionavam ao tema de interesse. Em seguida, os textos foram lidos na íntegra. Este procedimento permitiu uma análise inicial dos capítulos, por meio da qual pôde-se excluir seis textos que, mesmo tendo sido selecionados pelas palavraschave como agressividade/agressivo(a), passividade/passivo(a), não apresentavam conteúdo relacionado com o campo teórico e prático das Habilidades Sociais. Dessa forma, a amostra ficou composta por 27 capítulos, cuja análise foi orientada pelos seguintes indicadores bibliométricos:
1. Ano de Publicação: corresponde ao ano de publicação do capítulo na Coleção;
2. Origem Institucional dos trabalhos: refere-se às Instituições (universidades, clínicas particulares e instituições governamentais) a que os autores dos trabalhos estavam vinculados. Os trabalhos nos quais não havia indicação de filiação foram especificados como sem indicação.
3. Autores: refere-se aos autores que publicaram trabalhos na área do Treinamento de Habilidades Sociais, na Coleção Sobre Comportamento e Cognição.
4. Tipo de estudo: os estudos foram classificados em (a) conceitual, (b) correlacional, (c) relato de experiência, (d) estudo de caso e (e) outros. Essa classificação foi realizada de acordo com a descrição dos procedimentos de cada um dos capítulos.
(a) Os estudos conceituais referem-se àqueles que fazem uma análise dos conceitos teóricos da área e/ou focalizam sua aplicação na prática psicológica.
(b) Os estudos correlacionais, por sua vez, estuda as variáveis de interesse por meio da observação e/ou mensuração, verificando a relações existentes entre elas (Cozby, 2003).
(c) Os relatos de experiência referem-se aos trabalhos que relatam experiências de intervenção nos diversos contextos de atuação do psicólogo, estágios realizados nos cursos de graduação etc.
(d) Os estudos de caso são aqueles realizados com apenas um participante para verificar o efeito de uma manipulação experimental nesse indivíduo (Cozby, 2003).
(e) A categoria outros se refere aos estudos que não se enquadram em nenhuma das categorias descritas acima.
Os estudos classificados nas categorias correlacionais, relatos de experiência, estudo de caso e outros também foram classificados de acordo com o número de participantes (sujeito único ou grupo), faixa etária desses participantes (crianças, adolescentes, adultos e idosos) e tipo de problema clínico apresentado pela amostra estudada.
5. Temática: foi especificada a expressões que descreviam a temática principal discutidas nos capítulos.
• Habilidades Sociais enfocadas nos capítulos: os capítulos foram classificados de acordo com a área das Habilidades Sociais, ao qual se referiam: Treinamento em Habilidades Sociais, Competência Social, Desempenho Social, Habilidades Sociais, e também as classes específicas de Habilidades Sociais de adultos e crianças. Del Prette e Del Prette (1999) classificam como classes de Habilidades Sociais de adultos: habilidade de comunicação, de assertividade, de civilidade, de empatia, de trabalho e de expressão de sentimentos positivos. As Habilidades Sociais de crianças, segundo Del Prette e Del Prette (2005) podem ser agrupadas em: autocontrole e expressividade emocional, civilidade, empatia, assertividade, solução de problemas interpessoais, fazer amizades e a habilidades sociais acadêmicas.
• Habilidades Sociais como foco adjacente: nesses estudos, embora as HS fossem tratadas, o foco principal do trabalho era alguma outra temática, sendo que a discussão sobre as HS seria para complementar algum aspecto.
Tratamento dos dados
A tabulação dos dados foi realizada a partir da análise bibliométrica descrita anteriormente.
Resultados
As análises dos resultados obtidos por esse estudo foram embasadas nos seguintes indicadores bibliométricos: ano de publicação do trabalho; origem institucional dos trabalhos; autores; tipo de estudo e temática das habilidades sociais
A coleção Sobre Comportamento e Cognição apresenta vinte volumes publicados até o ano de 2007 com a primeira data editorial do primeiro volume em 1997 e os dois últimos, no ano de 2007. Nesses volumes foram publicados 780 capítulos, sendo que destes, 27 trabalhos (3,7%) enfocavam à temática das Habilidades Sociais. A Figura 1 ilustra o número de capítulos em cada ano de publicação que abordavam a temática das Habilidades Sociais.
Pôde-se notar que no ano de 1997 foram publicados dois trabalhos que se referiam as Habilidades Sociais, e que os próximos capítulos foram publicados apenas no ano de 2000, num total de dois trabalhos. Entre os anos de 1997 a 2000, a Coleção publicou apenas um volume (volume quatro - 1999), sendo que nesse, não houve nenhum capítulo sobre Habilidades Sociais. Já em relação ao ano de 2001, encontram-se três volumes da coleção (volumes seis; sete e oito). A partir de 2002, em cada ano foram publicados dois volumes da coleção.
A partir desses dados, nota-se que houve maior quantidade de trabalhos publicados, referindo-se ao campo teórico prático das Habilidades Sociais, nos anos de 2001 (quatro trabalhos) e 2006 (cinco trabalhos). Observa-se que houve uma média de três capítulos publicados em cada ano, sendo que em 2006 houve o maior número de publicações (cinco capítulos) e em 2007 o menor número (um capítulo). Percebe-se que de 2003 a 2006 ocorreu um crescimento no número de publicações, no entanto no ano de 2007, houve uma queda para apenas um capítulo, observa-se assim, uma assistematização nas publicações sobre HS na Coleção.
A seguir, será apresentado na Tabela 1, as Instituições nas quais os autores estão filiados e a quantidade de capítulos publicados por cada um deles.
Foi possível observar que a Instituição com maior número de trabalhos foi a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), totalizando nove trabalhos, seguida da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Universidade Federal do Paraná (UFPR) com seis trabalhos cada uma. A Universidade de Taubaté com cinco capítulos, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) com quatro trabalhos, a Universidade Federal do Espírito Santo com três, a Universidade Estadual Paulista (UNESP), a Universidade Católica de Goiás e sem especificação com dois trabalhos cada uma e as demais instituições com um trabalho cada.
Por outro lado, ao observar os autores com maior número de publicações na coleção podem ser destacados A. Del Prette (Universidade Federal de São Carlos UFSCar) e Falcone (Universidade Estadual do Rio de Janeiro UERJ) com cinco publicações; Z. Del Prette (Universidade Federal de São Carlos UFSCar) e Lörh (Universidade Federal do Paraná UFPR e Centro Universitário Positivo UnicenP- PR) cada uma com quatro publicações. Em seguida, Ribeiro e Araújo com duas publicações cada um, os demais autores publicaram apenas um capítulo sobre a temática nos volumes da coleção.
Ao analisar as Instituições a que os autores estão vinculados como docentes ou profissionais liberais, foram encontradas dezesseis instituições de Ensino Superior, duas clínicas particulares, dois autores que não especificaram a Instituição a que estavam vinculados e uma instituição (TTI), que não foi possível descobrir sua natureza (clínica particular ou Instituição de Ensino Superior).
Em relação à classificação dos capítulos quanto ao tipo de estudo, 16 foram classificados como conceituais, cinco como correlacionais, quatro relatos de experiência, um estudo de caso e um que não pôde ser classificado nessas categorias. Portanto, da amostra de 27 capítulos da coleção Sobre Comportamento e Cognição que se referiam à temática das Habilidades Sociais, 59,26% tratavam-se de estudos conceituais, 18,52% de estudos correlacionais, 14,82% de relatos de experiência, 3,7% de estudos de caso e 3,7% outros.
Nos estudos classificados como conceituais observa-se que a maior produção são dos autores A. Del Prette e Falcone com cinco trabalhos e Z. Del Prette com quatro. Nota-se portanto, que esses são os autores com maior número de publicações na coleção, sendo que todas essas produções puderam ser classificadas como conceituais.
Em relação aos estudos classificados como correlacionais, relatos de experiência, estudo de caso e outros, características como autores, análise de grupo ou estudo de caso, faixa etária da população estudada e aspectos estudados (temáticas), podem ser observadas na Tabela 2.
Pode-se observar que na maior parte desses estudos (oito capítulos), a população pesquisada foi de adultos. Apenas um estudo destinou-se especificamente a crianças, um teve a participação de crianças e adultos e, em somente um estudo os participantes foram compostos por adolescentes e adultos. Em relação aos aspectos estudados da população, observa-se que as temáticas foram diversificadas, sendo que apenas o tema stress foi enfocado em mais de um capítulo.
A temática das Habilidades Sociais (HS) como foco principal foi observada em 24 trabalhos e em apenas três capítulos as HS foram utilizadas como tópico adjacente ao foco principal do estudo como estresse profissional (Calais & Calais, 2004), prevenção na área da saúde (Lörh, 2001) e análise de contingências do desenvolvimento infantil (Alvarenga, 2006). As classes de Habilidades Sociais enfocadas nos capítulos da coleção Sobre Comportamento e Cognição podem ser observadas na Figura 2.
Foi possível observar que as Habilidades Sociais foram enfocadas de uma maneira geral (sem se referir a nenhuma classe em específico) em 15 capítulos (47% da amostra), oito enfocaram a assertividade (25%), quatro a empatia (13%), dois (6%) o Treinamento de Habilidades Sociais (THS), um (3%) a resolução de problemas, um (3%) a competência social e um (3%) as Habilidades Sociais Educativas.
Na Tabela 3 a seguir, são apresentados as temáticas de cada capítulo associada às classes de Habilidades Sociais e à referência de cada trabalho.
Pôde-se observar que as temáticas discutidas em cada capítulo foram diversificadas, uma vez que, a maior parte dos trabalhos destinou-se a temas de estudos diferentes. Apenas dois capítulos (7% da amostra) tiveram como assunto principal o relacionamento interpessoal, dois (7%) se destinaram estilos parentais, dois (7%) ao tema stress, enquanto que os demais 21 capítulos (79%) foram destinados a temáticas diferenciadas.
Em relação aos capítulos que se referiram ao assunto relacionamento interpessoal, um deles (Caballo, 1997) enfocou as habilidades sociais de uma maneira geral e o outro (Falcone, 2001b) focalizou a classe da assertividade. Sobre os capítulos referentes a estilos parentais (Löhr, 2003 e Lubi, 2003), ambos discutiram as Habilidades Sociais de uma maneira geral, sem se referir a nenhuma classe de habilidade social específica. Nos artigos que enfocaram o tema stress, Calais e Calais (2004) enfocou assertividade e Muller e Löhr (2006) as habilidades sociais de uma maneira geral.
Sobre os capítulos apresentados na Tabela 3 pôde-se propor a seguinte classificação para a temática dos mesmos:
A partir da classificação apresentada na Tabela 3, pode-se perceber que a categoria que englobou o maior número de capítulos foi desenvolvimento infantil, contendo oito capítulos e representando 29% da amostra. As outras categorias tiveram a seguinte classificação: aspectos do cotidiano, seis capítulos (22%); problemas clínicos e desenvolvimento e/ou aprimoramento da área das Habilidades Sociais, cada uma com cinco capítulos (19% cada); formação profissional do psicólogo, três capítulos (11%).
Discussão
A partir dos resultados apresentados, pode-se observar que os autores com o maior número de publicações referentes a Habilidades Sociais (Del Prette, Del Prette, Falcone, Lörh, Ribeiro e Araújo) estão vinculados a Instituições de Ensino Superior. A única referência que pode ser feita sobre profissionais liberais que publicaram seu trabalho em Sobre Comportamento e Cognição é em relação a Lima (2000) que, em seu capítulo, delimitou sua vinculação a consultório particular. Esses resultados podem estar relacionados ao compromisso com a pesquisa e a produção científica das Instituições de Ensino Superior, uma vez que nessas, são encontradas facilitadores para o desenvolvimento desse tipo de trabalho.
Pôde-se relacionar também a produtividade dos autores filiados às Instituições de Ensino Superior com as políticas de Pós-Graduação e pesquisa do País. Essas políticas privilegiam os profissionais com maior produtividade, liberando recursos financeiros e bolsas produtividade para a realização de pesquisas. Conseqüentemente, espera-se que esses profissionais, ao terem seus trabalhos financiados pelas agências de fomento, publiquem os resultados em veículos científicos. Assim, como refere Hayashi (2000) é por meio das publicações que os cientistas divulgam o conhecimento para a comunidade científica e, ao comunicar os resultados de seus trabalhos, estabelecem prioridades de suas descobertas e impulsionam novas idéias.
Sobre a classificação dos capítulos quanto ao tipo de estudo foi encontrado maior número de trabalhos conceituais (59,26%) em comparação aos demais trabalhos (correlacionais, relatos de experiência, estudo de caso e outros). Tal resultado difere do encontrado por Bolsoni-Silva et al. (2006), cuja pesquisa bibliográfica demonstrou escassa produção teórica sobre a área nos artigos indexados em periódicos. Esses dados confirmam a suposição de que provavelmente na área da Psicologia, os trabalhos conceituais ou teóricos são usualmente publicados como capítulos de livros em meios de divulgação impresso, como é o caso dos volumes da coleção Sobre Comportamento e Cognição enquanto que os demais tipos de estudo são publicados, predominantemente, em forma de artigos em periódicos eletrônicos.
Outro aspecto a ser ressaltado em relação aos trabalhos conceituais diz respeito aos autores que apresentaram maior número desses trabalhos. Nota-se que A. Del Prette, Z. Del Prette e Falcone podem ser considerados como alguns dos principais autores na área. Sendo que os dois primeiros foram responsáveis pela maior parte da disseminação dos conceitos teóricos e práticos da área do Treinamento de Habilidades Sociais propostos por Argyle (1967/1994) no Brasil.
As primeiras publicações sobre o tema no Brasil datadas da década de 1970 foram desses autores, assim como os primeiros livros sobre o tema (França, Oliveira & Dias, s.d.). Esses três autores também são coordenadores de dois grupos de pesquisa na área do Treinamento de Habilidades Sociais (UFSCar e UERJ). Ambos os grupos possuem extensa publicação na área e fazem parte do grupo de trabalho (GT) ANPEPP (Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Psicologia) denominado Relações Interpessoais e Competência Social. Tais dados indicam a necessidade de um envolvimento maior dos demais grupos de pesquisa na área de Habilidades Sociais em trabalhos dessa natureza, visando o desenvolvimento e o aprimoramento do THS no Brasil.
Em relação aos estudos correlacionais, relatos de experiência, estudos de caso e outros, os resultados confirmam uma tendência na área de Habilidades Sociais, citada por Bolsoni- Silva et al. (2006), de que a maioria dos estudos são realizados em grupo e poucos com sujeito único. É possível inferir que essa predominância do trabalho em grupo pode estar relacionada ao fato de que o grupo favorece o aprendizado social, possibilitando um acesso mais direto às normas culturais e a modelos de interação mais adequados. Ao utilizar esse tipo de delineamento é possível também obter economia de tempo e de recursos financeiros (Del Prette & Del Prette, 1999; Del Prette & Del Prette, 2001b).
Outro aspecto a ser ressaltado é a faixa etária da população estudada. A predominância de estudos compostos por grupos de adultos sugere a necessidade de realização de mais pesquisas com crianças, adolescentes e idosos proporcionando assim o desenvolvimento de formas de avaliação, treinamento e prevenção específicos para cada faixa etária. Esse investimento contribuiria para uma melhor qualidade de vida para todos, como afirma Elliot, DiPerna, Mroch e Lang (2004) e Del Prette e Del Prette (2005) um bom repertório de Habilidades Sociais é considerado como fator de proteção, ajustamento social, desenvolvimento saudável e preditor significativo de competência acadêmica.
Ao analisar a temática dos capítulos e a abordagem das classes na área das Habilidades Sociais, observa-se que os assuntos aos quais os conceitos da área foram relacionados se apresentavam muito diversificados, englobando aspectos como problemas clínicos, desenvolvimento infantil, formação profissional do psicólogo, aspectos do cotidiano e a própria área das Habilidades Sociais. Esse dado revela, assim como aponta Del Prette e Del Prette (2005), que os conhecimentos teóricos e práticos da área das Habilidades Sociais vêm sendo utilizados em diversos contextos, demonstrando a importância desse campo de conhecimento para a Psicologia.
No entanto, apesar dessa aplicação dos conceitos de Habilidades Sociais a diversas temáticas, não foi encontrado na coleção Sobre Comportamento e Cognição nenhum capítulo que se destinava a populações com necessidades educacionais especiais e mesmo em relação aos problemas clínicos, muitos assuntos não foram abordados, como por exemplo, depressão, transtornos obsessivo compulsivo, fobia social, timidez, entre outros. Tal dado é corroborado por Del Prette e Del Prette (2000) e Bolsoni-Silva et al. (2006), o que sugere maiores investimentos nesses campos de estudo pelos pesquisadores da área.
Em relação às classes de habilidades sociais mais abordadas nos capítulos, foi possível observar que a maior parte da amostra (47%) se referiu à temática das Habilidades Sociais sem delimitar nenhuma classe em específico. Isso pode estar relacionado com o fato de que algumas subclasses de HS são comportamentos complexos e que apresentam interdependência com outros comportamentos. Por exemplo, Demonstrar Empatia depende do desenvolvimento de habilidades como observar e descrever comportamentos, fazer e responder perguntas, desenvolver e expressar sentimentos positivos em relação aos outros etc. Outra hipótese que pode complementar a anterior diz respeito à temática de cada estudo e ao problema de pesquisa apresentado, que pode demandar o estudo de um conjunto maior de HS.
O campo teórico e prático do Treinamento de Habilidades Sociais ainda é uma área de pesquisa que está em constante evolução e a cada ano novos achados e novas discussões têm surgido diante dos estudos realizados. A bibliometria configura-se como um método de investigação que contribui bastante para a visualização do que já foi produzido até agora sobre o tema e quais as lacunas que ainda permanecem, além de auxiliar na elaboração de novas questões de pesquisa.
Vale destacar que a coleção Sobre Comportamento e Cognição representa uma pequena parcela do que é produzido nos encontros anuais da Associação Brasileira de Psicoterapia e Medicina Comportamental (ABMPC). Portanto, a análise bibliométrica desse material representa uma amostra sobre os trabalhos produzido em THS no Brasil. Para que se possa ter um panorama geral das produções na área, é preciso que esse tipo de trabalho seja realizado com outras fontes de publicação além da utilizada nesse estudo.
Nesse sentido, mesmo considerando a limitação do presente estudo ao utilizar apenas os volumes da Coleção Sobre Comportamento e Cognição como forma de representar a produção científica da área de Habilidades Sociais no Brasil, o uso do método bibliométrico foi uma ferramenta útil permitindo visualizar, explorar e mensurar o estado da arte das Habilidades Sociais, neste contexto da Coleção. Portanto, esse método possibilitou a recuperação e a análise eficaz de dados relevantes, apontando tendências e lacunas no conhecimento da área.
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Endereço para correspondência
Vivian Maria Stabile Fumo, Suzelei Bello, Maria Cristina Piumbato Innocentini Hayashi
Rod. Washington Luis, km 235,
13.560-905, São Carlos, SP, Brazil
E-mail: vivianstabile@hotmail.com; vivianstabile@pop.com.br
Carina Luiza Manolio
Rua Conde do Pinhal, 2459, apto 23, Centro
13560-648, São Carlos, SP, Brasil
E-mail: carinaluiza@yahoo.com.br>
Recebido em: 31/03/2008
Aceito para publicação em: 22/08/2008
1 Agradecimento: Agradecemos aos professores Dr. Almir Del Prette e Dra. Zilda Del Prette pelo apoio e incentivo na realização desse trabalho.
2 Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP, Brasil.
3 Mestranda, Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP, Brasil.
4 Mestranda , Programa de Pós-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP, Brasil.
5 Doutora em Educação, Professora Associada, Departamento de Ciência da Informação e do Programa de Pó-Graduação em Educação Especial, Universidade Federal de São Carlos. São Carlos, SP, Brasil.
6 O desenvolvimento dos movimentos de TA e THS encontrase detalhadamente descrito em Z.A.P. Del Prette e A. Del Prette (1999).