SciELO - Scientific Electronic Library Online

 
vol.7 número2El sujeto ante la ley: la declinación de lo simbólico en el sujeto, consecuenciasSujeto y alienación: Moisés, el padre como Ese Uno índice de autoresíndice de assuntospesquisa de artigos
Home Pagelista alfabética de periódicos  

Serviços Personalizados

Journal

artigo

Indicadores

Compartilhar


Revista Mal Estar e Subjetividade

versão impressa ISSN 1518-6148versão On-line ISSN 2175-3644

Resumo

FERRARI, Ilka Franco. Realidade social: a violência, a segregação e a falta de vergonha. Rev. Mal-Estar Subj. [online]. 2007, vol.7, n.2, pp.269-284. ISSN 1518-6148.

O texto tem como eixo condutor a noção de realidade social, que, na psicanálise, é dita transindividual. Jacques Alain-Miller é um dos críticos daquilo que atualmente se discute no âmbito da corrente filosófica norte-americana conhecida como filosofia analítica, na qual a noção de realidade social, considerada novidade, é estruturada na vertente simbólica. Miller mostra que esse terreno já era conhecido desde a atualidade freudiana. Abordar fenômenos como violência e segregação supõe não desconsiderar a realidade social e suas particularidades. E assim se desenvolve o texto, que também recorre às ricas contribuições da filosofia política, com Hannah Arendt. É por meio dessa interlocução entre psicanálise e filosofia política que a violência e a segregação são consideradas sintomas, tendo como referência conceitos de sintoma que permaneceram, em Freud e Lacan, na atualidade em que a vergonha e a honra perderam espaço. A vergonha é diferenciada da culpabilidade e considerada um afeto primário da relação com o Outro, algo bem íntimo do sujeito. A culpabilidade é demarcada como o efeito, no sujeito, de um Outro que julga, já que é guardião de valores que o sujeito transgride. Em nosso mundo, como diria Arendt, que até demarcou um conceito de mundo, há falta de vergonha. Torna-se difícil morrer de vergonha, pois o Outro, necessário para que esse afeto se instale, "não existe". "O Outro que não existe" é um modo milleriano de referir-se à atualidade que comporta um Outro não-todo, também conhecida como atualidade líquida, como hipermodernidade e pós-modernidade. Os praticantes da psicanálise defrontam-se com os sujeitos dessa época e são inventivos, não se deixando tombar ao peso do saudosismo ou do humanitarismo. A parte final do texto traz, então, algumas considerações sobre os impasses dessa prática e o desejo do analista que a sustenta.

Palavras-chave : realidade social; violência; segregação; vergonha; honra.

        · resumo em Inglês     · texto em Português     · Português ( pdf )

 

Creative Commons License Todo o conteúdo deste periódico, exceto onde está identificado, está licenciado sob uma Licença Creative Commons