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Revista Psicologia Política
versão impressa ISSN 1519-549X
Resumo
GALINDO, Wedna Cristina Marinho; FRANCISCO, Ana Lúcia e RIOS, Luís Felipe. Subjetividade no aconselhamento em HIV/AIDS. Rev. psicol. polít. [online]. 2013, vol.13, n.26, pp.129-145. ISSN 1519-549X.
O aconselhamento subsidia a testagem de HIV no Brasil caracterizando-se pela escuta do profissional de saúde ao usuário do serviço, antes da coleta de sangue e depois, na entrega do resultado do exame. Discute-se, neste artigo, concepções acerca da subjetividade do usuário, a partir da análise de quatro textos do Ministério da Saúde, material recomendado para capacitação de aconselhadores. O estudo apoia-se em perspectiva histórica de construção da subjetividade; utiliza a análise de discurso como recurso metodológico. As análises indicam que a subjetividade é, prioritariamente, definida como identidade a partir das práticas sexuais do sujeito, ainda que uma concepção de subjetividade cidadã se anuncia fragilmente. A eficácia do aconselhamento é associada à condição de que o sujeito fale de si. Mecanismos de controle das subjetividades são identificados, inscrevendo o aconselhamento como dispositivo da biopolítica, a serviço da avaliação, cálculo e antecipação de riscos, comuns a uma sociedade de segurança.
Palavras-chave : Aconselhamento; Aids; Singularidades; Controle; Subjetividade.