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Stylus (Rio de Janeiro)
versão impressa ISSN 1676-157X
Resumo
BORGES, Sonia. Quem tem medo do ready-made?: Psicanálise, interpretação e arte contemporânea. Stylus (Rio J.) [online]. 2012, n.25, pp.59-67. ISSN 1676-157X.
Este artigo discute a orientação de Lacan para o trabalho de interpretação à luz de sua surpreendente afirmação: A interpretação é o ready made, Marcel Duchamp [...], na conferência A terceira, de 1974. Com esta "definição" da interpretação, Lacan não só radicaliza a sua crítica à perspectiva hermenêutica da interpretação, como ratifica a ideia do equívoco como sendo o seu paradigma. O ready-made, pelo fato de mostrar silenciosamente o que é um objeto, ou a falta essencial que habita e sustenta todo objeto, esclarece que é jogando com as palavras de forma provocativa que se pode ir além do deciframento dos significantes primordiais, sem, contudo, "engordar os sintomas com significados".
Palavras-chave : Psicanálise; Interpretação; Sintoma; Ready-made.