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Avaliação Psicológica

versão impressa ISSN 1677-0471versão On-line ISSN 2175-3431

Aval. psicol. v.2 n.2 Porto Alegre dez. 2003

 

ARTIGOS

 

Revisão das expectativas no Pfister para uma amostra normativa

 

A review of expectations for standards for Pfister test

 

 

Anna Elisa de Villemor Amaral; Ricardo Primi; Flávia Helena Zanetti Farah; Lucila Moraes Cardoso; Renata da Rocha Campos Franco

Universidade São Francisco

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

O teste das Pirâmides Coloridas de Pfister é uma técnica de avaliação psicológica criada em 1951 por Max Pfister, na Suiça e normatizada para população brasileira em 1978. Passado-se 25 anos do último estudo de normatização e havendo alterações nas tonalidades das cores do material atualmente produzido, esse estudo teve como objetivo verificar a freqüências das cores, síndromes cromáticas e formas para um novo grupo de não-pacientes A amostra foi composta por 109 indivíduos voluntários, não-pacientes, de cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais. O critério para inclusão na amostra foi a ausência de queixas especificas e nunca terem buscado ajuda psicológica ou psiquiátrica. Os dados foram analisados estatisticamente e são apresentadas as tabelas contendo as estatísticas descritivas. Esse estudo contribui para uma atualização das expectativas e maior confiabilidade nas previsões diagnósticas.

Palavras-chave: Pirâmides Coloridas de Pfister, Normatização, Avaliação Psicológica, Psicodiagnóstico.


ABSTRACT

The Pfister's Color Pyramids Test is a psychological assessment instrument created in Swiss in 1951 by Max Pfister and standardized for the Brazilian population in 1978. After 25 years from the latest studie and after some changes in the nuances of colors on the recent edition, the main of this study is to verify the frequency of colors, chromatic syndromes and pyramids shapes of volunteers non-patients from some small cities of São Paulo and Minas Gerais states. To participate on the sample the subjects must had never looked for psychological or psychiatric assistance. The data were statistically analyzed and the descriptive statistics are shown. This study contributes for up to dating the expectations and to the psychological assessment reliability.

Keywords: Pfister's Color Pyramids test, Standardization, Psychological assessment.


 

 

Introdução

O teste de Pfister é um método psicodiagnóstico criado por Max Pfister em 1951, na Suíça. Esse teste consiste em que se solicite ao examinando que execute três pirâmides utilizando-se de quadradinhos coloridos, numa variedade de 10 cores e 24 matizes e o esquema de uma pirâmide. O examinando deve fazer sua pirâmide, uma de cada vez, cobrindo os espaços da pirâmide com os quadradinhos de sua escolha até que fique do seu agrado, lhe pareça bonita. A tarefa é geralmente bem aceita pelas pessoas de qualquer idade ou nível educacional, sendo considerada agradável e lúdica.

O Teste de Pfister vem sendo usado há 50 anos com boa aceitação na clínica e em seleção de pessoal e seus resultados sempre foram analisados segundo os dados normativos obtidos em estudos de freqüência do uso das cores na população em geral. Foi introduzido no Brasil por Villemor Amaral (1966) que publicou os primeiros estudos realizados numa amostra brasileira. Os dados de normatização passaram por uma atualização em 1978 realizada pelo mesmo autor, mas desde então não encontramos novos estudos de normatização com essa técnica. Tal carência justifica esse estudo que é parte de um estudo mais amplo que visa a validação desse teste para diagnóstico em psicopatologia.

 

Método

Participaram desse estudo 109 indivíduos não-pacientes. A composição da amostra levou em conta as características de idade, sexo e nível educacional dos indivíduos que compuseram os grupos psicopatológicos previamente investigados, procurando-se manter um pareamento seguindo as mesmas proporções para cada faixa. As características dos indivíduos da amostra podem ser observadas na tabela 1.

 

 

Todos os indivíduos eram voluntários e foram procurados pelos pesquisadores em empresas da região que aceitaram colaborar com a pesquisa. Procuravam-se nos quadros de funcionários das empresas aqueles que atendiam às características desejadas. Após o contato inicial e a assinatura do termo de consentimento para participar da pesquisa, respondiam a um questionário que tinha como objetivo confirmar os dados que permitiriam sua inclusão na amostra. O critério principal para compor a amostra era não ter queixas específicas e nunca ter procurado tratamento psicológico ou psiquiátrico.

Os testes foram aplicados nos locais de trabalho ou nas residências, conforme as disponibilidades dos participantes voluntários. As aplicações foram feitas por 5 alunos de iniciação científica previamente treinados para uma aplicação padronizada.

Cada protocolo obtido foi classificado por dois pesquisadores independentes. Os resultados foram tabulados e analisados no programa SPSS, para construção das tabelas com as estatísticas descritivas.

 

Resultados e Discussão

As tabelas 2, 3, 4 e 5 apresentam as estatísticas descritivas da freqüência de cores, tonalidades, síndromes cromáticas e aspecto formal. A tabela 6 apresenta a comparação entre as expectativas quanto a freqüência das cores no estudo de 1978 e no estudo de 2003.

 

 

 

 

 

Conforme é possível constatar, as medias esperadas para a freqüência das cores praticamente não diferem das obtidas por Villemor Amaral em 1978 numa amostra normativa com 200 indivíduos adultos da cidade de São Paulo. Apesar dos 25 anos que separam os dois estudos e de alteraçãoes leves nas tonalidades das cores que compõem o material atual-mente disponível no Brasil. O presente estudo traz tabela de freqüência para o aspecto formal das pirâmides, o que não se encontrava na publicação de 1978.

 

 

Referências

Villemor Amaral, F (1966). Pirâmides Coloridas de Pfister. Rio de Janeiro:CEPA.        [ Links ]

Villemor Amaral, F (1978). Pirâmides Coloridas de Pfister. Rio de Janeiro:CEPA.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Universidade São Francisco
Programa de Estudos Pós-Graduados em Psicologia
Rua Alexandre Rodrigues Barbosa, 45
13251-900 Itatiba - SP
E-mail: anna.villemor@saofrancisco.edu.br

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