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Mental
versão impressa ISSN 1679-4427versão On-line ISSN 1984-980X
Resumo
VALE, Carla Cristina Soares de Oliveira do; DIAS, Isabela Campos e MIRANDA, Kelly Milene. Câncer de mama: a repercussão da mastectomia no psiquismo da mulher. Mental [online]. 2017, vol.11, n.21, pp.527-545. ISSN 1679-4427.
O câncer de mama, por sua elevada incidência e mortalidade, é uma das doenças que mais causa sofrimento físico e psíquico. Se detectado precocemente, há altas chances de cura, entretanto, na maioria das vezes, ele é descoberto em estágios avançados, gerando tratamentos mutilantes à mulher, como a mastectomia radical ou parcial. Os efeitos que a mutilação promove não se resumem apenas a efeitos fisiológicos, mas também psicológicos. Extrair a mama em decorrência de uma enfermidade crônica acarreta na morte da feminilidade, por o seio ser o órgão associado ao prazer e à vida, além de possuir poder simbólico cultural e social. Levando em conta a representação simbólica das mamas, este estudo teve como objetivos fazer considerações sobre a repercussão da mastectomia no psiquismo da mulher entre o diagnóstico e a vida pós-cirúrgica e verificar as consequências do adoecimento a fim de contribuir de forma significativa para o seu bem-estar físico, social e psicológico. Para isso, aplicou-se uma entrevista individual, semiestruturada, em duas participantes que passaram por tal procedimento. Os resultados mostram que as repercussões psicológicas variam de acordo com a fase do adoecimento e da subjetividade de cada participante. Diante disso, fazem-se necessários acompanhamento e assistência prestada à paciente mastectomizada, com o intuito de minimizar os impactos ocasionados pela retirada da mama. Para tanto, a assistência deve ser voltada para a melhora da qualidade de vida em toda a sua amplitude.
Palavras-chave : neoplasias da mama; mastectomia; psicologia.