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Pensando familias
versão impressa ISSN 1679-494X
Resumo
SATTLER, Marli Kath. Reconstrução de relacionamento pós-infidelidade: será esta uma alternativa possível?. Pensando fam. [online]. 2021, vol.25, n.1, pp.68-82. ISSN 1679-494X.
A maioria dos contratos de união, embora ocorram exceções, pressupõem um compromisso de fidelidade e de confiança. O impacto que a quebra deste contrato ocasiona na relação é tal, que, frequentemente, resulta na separação do casal. Até recentemente, o comportamento infiel era interpretado sob o viés da moralidade. Como resultado de um novo olhar sobre o tema, tem sido constatado um redirecionamento no processo terapêutico. O foco atual é centrado na busca de uma melhor compreensão, tanto do funcionamento individual, como do padrão de interação do casal, além dos fatores envolvidos no comportamento de infidelidade. Assim, busca-se auxiliar aos parceiros a identificar as mudanças que consideram necessárias para que permanecessem juntos, se assim o desejarem. Tem-se observado em casais sujeitos à tal situação, uma busca crescente por terapia, com o desejo de avaliar a possibilidade de reconstrução da relação. Nesse sentido, a experiência clínica tem mostrado que, após um período variável de instabilidade e sofrimento, mudanças positivas na qualidade da relação poderão advir. Entretanto, isso nem sempre ocorre, já que envolve um conjunto de fatores, entre os quais: um melhor entendimento da motivação que levou ao comportamento de infidelidade e dos aspectos a estes associados; a capacidade, de cada um dos cônjuges, de tolerar frustração; bem como o desejo sincero de cada um, de tentar dar uma nova chance ao relacionamento. É mencionada, ainda, a importância da neurociência no processo terapêutico.
Palavras-chave : Infidelidade; Relação extraconjugal; Reconstrução da relação; Satisfação no relacionamento.