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Vínculo
versão impressa ISSN 1806-2490
Resumo
BARBOSA NETO, Esperidião. Trâmites do vínculo transferencial no século XXI. Vínculo [online]. 2013, vol.10, n.2, pp.7-13. ISSN 1806-2490.
A decadência da função paterna gerou uma mudança de paradigma nas relações vinculares. Antes, o sujeito se orientava a partir de um eixo vertical nas suas identificações, agora, as relações são marcadas pela horizontalidade: "todos são iguais" segundo o ideal de consumo. O sujeito da nossa época encontra-se em estado de inércia, atormentado por sofrimento indeterminado, "um não saber o que se quer". Esse desconforto subjetivo se reflete na clínica, cujo vínculo transferencial, para que se sustente, exige novas formas de manejo do analista, desde que não se desvirtuem os princípios da prática psicanalítica. Este artigo se propõe apresentar certas dificuldades para o estabelecimento do vínculo transferencial, segundo os novos sintomas, destacando a disposição interna do analista em função do tratamento. Primeiro, enfocaremos os eixos das identificações; depois, a desconfiguração do inconsciente; por último, o vínculo transferencial e a disposição interna do analista, com o relato de uma observação clínica. Esperamos poder fomentar discussões sobre novas formas de se promover o estabelecimento de vínculo do sujeito à clínica, na atualidade.
Palavras-chave : função paterna; transferência; desejo do analista.