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IGT na Rede
versão On-line ISSN 1807-2526
Resumo
RIBEIRO, Marcelo Silva de Souza. Produzir para consumir e existências zumbis: críticas contemporâneas e reflexões sobre um projeto político fundado na compreensão de Paul Goodman sobre o aqui, agora e no que virá.. IGT rede [online]. 2014, vol.11, n.21, pp.334-344. ISSN 1807-2526.
Compreendendo a Abordagem Gestáltica a partir de uma dimensão política e antropológica, o artigo tem como objetivo discutir uma das marcas da contemporaneidade, que é o processo neurótico "produzir para consumir" e sua consequente identificação com a estética zumbis. Partindo de reflexões sobre os significados da estética zumbi, assume-se o legado de Goodman, sobretudo sua compreensão política da Gestalt e sua crítica à contemporaneidade. Como caminho de análise e discussão são tomadas as ideias base de Erik Hobsbawm (1995), Zygmmunt Bauman (1997, 2001, 2004 e 2005) e Slavoj Zizek (2012), que apontam para avanços na capacidade humana de destruição e morte, apesar dos anúncios de uma vida mais abençoada. É discutido também a metáfora de um "mundo líquido" (Zygmmunt Bauman (1997, 2001, 2004 e 2005), em que a superficialidade e a descartabilidade de tudo impregna nosso modo de viver e nos constitui nessa liquidez. Por fim, é apresentada a ideia de que vivemos o luto por causa da crise ecológica, das consequências da revolução biogenética, dos desequilíbrios do próprio sistema e do crescimento explosivo via as divisões e exclusões sociais. Conclui-se que a humanidade vive um colapso em termos de sistema, sendo sintetizada por uma "estética zumbi". Entretanto, parece haver ainda possibilidade de superação à medida que o humano reconheça, encare e assuma o aqui e agora, mas sem perder de vista que sempre há o que virá/virar.
Palavras-chave : Gestalt-Terapia; Política; Contemporaneidade; Estética Zumbi.