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Revista da Abordagem Gestáltica
versão impressa ISSN 1809-6867
Resumo
VIEIRA, Emanuel Meireles; PINHEIRO, Francisco Pablo Huascar Aragão; MOREIRA, Jacqueline de Oliveira e GUERRA, Andréa Maris Campos. Prosperidade, contestação e tecnocracia: o pensamento rogeriano em seu contexto de gestação. Rev. abordagem gestalt. [online]. 2018, vol.24, n.3, pp.300-311. ISSN 1809-6867. https://doi.org/10.18065/RAG.2018v24n3.4.
O artigo pretende problematizar as condições culturais a partir das quais foi construído o pensamento de Carl Rogers. Discutem-se acontecimentos ocorridos na sociedade estadunidense a partir do início da segunda guerra mundial até o fim da década de 1970. Entende-se que a guerra representou uma oportunidade para que os Estados Unidos iniciassem um ciclo economicamente virtuoso. Havia, nesse período, uma forte sensação de prosperidade para parte de sua população associada ao advento de uma classe média com tendências conservadoras. Paralelamente, surgiram movimentos contestatórios de populações historicamente marginalizadas que buscavam direitos civis e questionavam os modos de organização social e cultural vigentes. A partir disto, desenvolveu-se uma psicologia mais prática e que fugia de referenciais tecnocráticos de produção e validação de conhecimento. Dentro desse contexto cultural, indica-se que Rogers respondia, entre outros, aos temas: autenticidade atrelada à busca de tornar-se pessoa; tecnocracia como elemento a ser questionado na vida e na produção de conhecimento; e, por fim, cuidado de si vinculado ao sério risco de se cair num modo narcísico de existência.
Palavras-chave : Abordagem Centrada na Pessoa; Contexto Cultural Estadunidense; Psicologia Humanista.