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Psicologia para América Latina
versão On-line ISSN 1870-350X
Psicol. Am. Lat. no.34 México dez. 2020
Propriedades psicométricas do Teste House-Tree-Person (HTP): Análise da produção científica brasileira
Psychometric properties of the House-Tree-Person (HTP) Test: Analysis of the brazilian scientific production
Propiedades Psicométricas de la Prueba House-Tree-Person (HTP): Análisis de la producción científica brasileña
João Lucas Dias-VianaI
IUniversidade São Francisco
RESUMO
O presente estudo teve por objetivo identificar e analisar pesquisas feitas com o HTP no Brasil, com o intuito de reunir estudos sobre a qualidade psicométrica do instrumento. Por meio de uma revisão sistematizada da literatura, foram consultadas as bases de dados da Scielo, PePSIC, Lilacs e Index Psi. Os artigos foram obtidos por meio da utilização dos buscadores "HTP", "house tree person" e "casa árvore pessoa", resultando num total de 14 estudos. Os resultados indicaram publicações feitas no período de 1999 a 2018, realizadas, em sua maioria, por autores de instituições paulistas, que tinham como principal objetivo a avaliação de aspectos emocionais de populações clínicas. Destacou-se a escassez de estudos que buscavam qualidades psicométricas para o teste, evidenciando a necessidade de buscar parâmetros psicométricos para o HTP no Brasil.
Palavras-chave: avaliação psicológica; desenho da casa-árvore-pessoa; psicodiagnóstico; técnicas projetivas; testes psicológicos.
ABSTRACT
The present study aimed to identify and analyze researches carried out with HTP in Brazil, to gather psychometric studies researches about the instrument. Through a systematic review of the literature, the databases of Scielo, PePSIC, Lilacs and Index Psi were consulted. The articles were obtained using the index words "HTP", "house tree person" and "casa árvore pessoa", resulting in a total of 14 studies. The articles analyzed was published in the period between 1999 and 2018, carried out, mostly, by researchers from São Paulo institutions, whose main objective was the evaluation of emotional aspects of clinical populations. The scarcity of studies that sought psychometric qualities for the test was highlighted, evidencing the need for research that seeks psychometric parameters for HTP in Brazil.
Keywords: psychological assessment, house-tree-person drawing, psycodiagnosis; psychogical tests, projective techniques.
RESUMÉN
El presente estudio tuvo como objetivo identificar y analizar las investigaciones realizadas con HTP en Brasil, con el fin de recopilar estudios sobre la calidad psicométrica del instrumento. A través de una revisión sistemática de la literatura, se consultaron las bases de datos de Scielo, PePSIC, Lilacs e Index Psi. Los artículos se obtuvieron utilizando los motores de búsqueda "HTP", "house tree person" y "casa árvore pessoa", lo que resultó en un total de 14 estudios. Las encuestas analizadas fueron publicadas en el período comprendido entre 1999 y 2018, realizada principalmente por investigadores de instituciones de São Paulo, cuyo objetivo principal era la evaluación de los aspectos emocionales de las poblaciones clínicas. Se destacó la escasez de estudios que buscaban cualidades psicométricas para la prueba, destacando la necesidad de búsqueda de parámetros psicométricos para HTP en Brasil.
Palabras clave: evaluación psicológica; diseño personal de casa-arbol; psicodiagnóstico; técnicas proyectivas; tests psicológico.
Introdução
A avaliação psicológica consiste em um processo técnico e científico de coleta de dados que objetiva identificar o funcionamento psicológico de um indivíduo ou de um grupo (Conselho Federal de Psicologia [CFP], 2018). As informações obtidas por meio da avaliação podem ser sobre aspectos cognitivos, de sua personalidade, aptidões, habilidades, orientando o psicólogo no direcionamento das ações futuras e tomada de decisão (Primi, 2018). Para atender a estes objetivos, envolve a integração de informações provenientes de diversas fontes e técnicas psicológicas, dentre elas, entrevistas, observações, análise de documentos e testes psicológicos (Reppold, Zanini, & Noronha, 2019).
Urbina (2007) define teste psicológico como "um procedimento sistemático para a obtenção de amostras de comportamento relevantes para o funcionamento cognitivo ou afetivo e a avaliação destas amostras de acordo com certos padrões" (pág. 2). Para tanto, os instrumentos precisam apresentar características técnicas necessárias que atestem seu caráter científico, denominadas de qualidades psicométricas. São elas evidências de validade, precisão ou fidedignidade, padronização e normatização (Serafini, Budzyn, & Fonseca, 2017).
A validade refere-se ao grau em que as evidências empíricas e a teoria suportam as interpretações dos escores do teste para um propósito específico de uso. A precisão refere-se à consistência e manutenção dos dados obtidos em diferentes momentos de avaliação, utilizando o mesmo teste ou formas equivalentes. A padronização refere-se à uniformidade de procedimentos de aplicação e avaliação e a normatização aos padrões de avaliação e interpretação dos resultados (American Educational Research Association [AERA], American Psychological Association [APA], & National Council on Measurement in Education [NCME], 2014).
Quanto à natureza dos testes psicológicos, de acordo com os Standards for Educational and Psychological Testing (AERA et al., 2014), existem seis tipos de categorias de testes: (I) cognitivos e neuropsicológicos; (II) Família e casal; (III) problemas comportamentais; (IV) comportamento social e adaptativo; (V) personalidade; e (VI) vocacional. Destaca-se que esta categorização não é a única, sendo encontrado na literatura outras classificações. Dentre os instrumentos para avaliação da personalidade , existem os métodos projetivos/expressivos que consistem em apresentar uma situação ou estímulo ambíguo, vago e impreciso para que o examinando atribua a esses estímulos um sentido particular.
A utilização desses instrumentos possibilita um número amplo de respostas, manifestando aspectos do funcionamento interno do examinando. Quanto à natureza da tarefa proposta, os métodos projetivos podem ser sistematizados em algumas categorias: métodos que envolvem a percepção de estímulos não-estruturados (como Rorschach e Zulliger), Técnicas Temáticas (TAT e CAT-A), gráficas (HTP, DFH, Bender) e de estímulos diversos (Pfister e BBT) (Villemor-Amaral & Werlang, 2008)
Dentre os instrumentos projetivos que possuem parecer favorável do SATEPSI, consta o HTP. Este teste consiste em uma técnica projetiva gráfica, desenvolvida por John N. Buck, nos Estados Unidos, no ano de 1948, que tem como objetivo "projetar elementos da personalidade e de áreas de conflito dentro da situação terapêutica, permitindo que eles sejam identificados com o propósito de avaliação e usados para o estabelecimento da comunicação terapêutica efetiva" (Buck, 2003, p. 1). É um teste relevante para a comunidade acadêmica e profissional, pois está entre os testes psicológicos mais ensinados nos cursos de graduação em Psicologia (Alchieri & Marques, 2001; Freitas & Noronha, 2005) e é um dos instrumentos mais utilizados por psicólogos brasileiros (Noronha, 2002, Lago & Bandeira, 2008; Padilha, Noronha, & Fagan, 2007; Viana, 2017).
A administração do HTP consiste em, no mínimo, duas fases. A primeira é uma fase não-verbal, na qual o psicólogo entrega três folhas de papel em branco, lápis e borracha ao examinando, e solicita a realização de três desenhos: uma casa, uma árvore e uma pessoa. O profissional pode solicitar um desenho adicional de uma pessoa do sexo oposto à que foi primeiramente desenhada. A segunda fase consiste em realizar uma série de perguntas ao indivíduo, com o objetivo de que este faça associações relativas à sua produção. Em seguida, pode ser realizada uma fase cromática, na qual o avaliando desenha novamente uma casa, uma árvore e uma pessoa, mas com lápis colorido. Após a fase cromática, o examinador realiza novas perguntas sobre os desenhos coloridos. Sua aplicação é indicada para sujeitos acima de oito anos de idade (Buck, 2003).
Quanto à interpretação o manual apresenta um protocolo para orientar e sistematizar a interpretação do significado clínico dos desenhos. O autor indica a sua utilização para o contexto clínico, destacando que os dados obtidos nunca podem ser utilizados isoladamente para o diagnóstico de psicopatologia. Devem ser combinados com a entrevista clínica e com outros instrumentos de avaliação padronizados (Buck, 2003).
Durante muitos anos, as técnicas projetivas receberam severas críticas quanto à sua cientificidade, principalmente do que diz respeito ao pouco rigor metodológico e à ausência de validade incremental. Nesse sentido, trabalhos como o de Cardoso e Villemor-Amaral (2017), Miguel (2014) e Villemor-Amaral e Pasqualini-Casado (2006), buscam esclarecer tais afirmações errôneas e apresentam uma série de pesquisas que buscaram evidências de validade para os testes CAT-A, DFH, Pfister, Rorscharch, TAT, Zulliger. Nesse sentido, esta pesquisa tem por objetivo, a partir de uma revisão sistematizada da literatura, analisar a produção científica brasileira com o intuito de identificar e reunir evidências empíricas acerca das qualidades psicométricas do teste HTP no Brasil.
Método
Composição da amostra e material
Foi realizada uma busca por publicações científicas disponíveis nas bases de dados da Scientific Eletronic Library Online (SciELO Brasil), Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), Lilacs e Index Psi. A pesquisa foi realizada no mês de março de 2020, com o auxílio de um pesquisador, de forma independente, com o objetivo de evitar vieses na escolha das publicações. As palavras-chave utilizadas para o levantamento dos estudos com o instrumento foram: "HTP", "house tree person" e "casa árvore pessoa". As bases de dados foram escolhidas pela sua relevância para ciência psicológica no Brasil. A busca resultou em trabalhos publicados em português, inglês e espanhol. Os resultados foram analisados de acordo com categorias previamente estabelecidas: dados de autoria, periódico e ano de publicação, objetivo da pesquisa e amostra utilizada.
Para a busca pelos artigos, foram estabelecidos como critérios de exclusão: estudos realizados em países estrangeiros; pesquisas que citavam o HTP, mas que não o utilizaram como instrumento de pesquisa; estudos duplicados nas bases de dados, trabalhos completos não disponibilizados nas bases de dados O processo de seleção dos materiais seguiu as diretrizes do PRISMA (Moher, Liberati, Tetzlaff, & Altman, The PRISMA Group, 2009)
Resultados
A busca inicial resultou num total de 44 artigos. Contudo, a partir da aplicação dos critérios de inclusão e exclusão dos estudos, foram selecionados 14 estudos completos que utilizaram o HTP em suas pesquisas. Um maior detalhamento da busca realizada pode ser visto na Figura 1.
Os resultados indicaram que os 14 artigos analisados foram publicados a partir do ano de 1999 até 2018 por 11 periódicos científicos distintos. Destaque para Avaliação Psicológica, Boletim - Academia Paulista de Psicologia e PSIC: Revista da Vetor Editora que mais disseminaram pesquisas sobre o teste (ver Tabela 1). Quando aos dados de autoria, observou-se que 93,33% (n = 14) dos artigos foram produzidos de forma coletiva, indicando a utilização do HTP por laboratórios e grupos de pesquisa. Quanto à formação do primeiro autor todos são formados em Psicologia e destes, 92,85 % (n =13) do sexo feminino.
Quanto à região de maior produção científica, conforme pode ser visto na Tabela 2, as regiões Sul e Sudeste são responsáveis por 71,42% das publicações, destacando-se Estado de São Paulo por produzir 57,14% (n = 8) dos artigos. Pesquisadores da região Nordeste realizaram duas publicações (14,28%). Quanto às regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, não foram encontrados nenhum estudo.
Nesse sentido, também foi investigado o estado de origem dos participantes das pesquisas (ver Tabela 3). Identificou-se que maioria (57,14%; n = 8), era proveniente do Estado de São Paulo. Três estudos utilizaram amostras do nordeste e outros três do sul. Quanto ao número de participantes, 92,85% (n = 13) foram realizados com amostras de até 50 pessoas e um estudo realizado com 200 sujeitos (7,15%). Quanto ao público-alvo, dos artigos analisados, 64,28% (n = 9) dos estudos foram realizados com crianças, 28,57% (n = 4) com adolescentes, 35,71% com adultos e 7,14% com idosos.
Dos 14 artigos científicos analisados, 85,71% (n = 12) das pesquisas utilizaram o HTP para psicodiagnóstico (Andrade et al., 2018; Beltrami et al., 2013; Hazin et al., 2010; Jacob et al., 1999; Pereira et al., 2007; Peres, 2003; Sbardelotto & Donelli, 2014; Silva & Avelar, 2014; Silva, Silva, Nascimento, & Santos (2010); Siqueira, Doro e Santos (2003); Vergueiro, Wahba, Conforto, Masini, & Fuso (2013); Xavier, Pereira, Pupo, & Silva (2015); 7,69% (n = 1) utilizou o HTP como medida externa para realizar estudo de validade para o Pfister (Farah, Cardoso, & Villemor-Amaral, 2014) e 7,69% (n =1) buscou evidências de validade para o HTP (Silva & Villemor-Amaral, 2006).
A pesquisa realizada por Jacob et al. (1999) objetivou caracterizar o funcionamento afetivo de 50 crianças com idade entre 8 e 12 anos, de ambos os sexos, por meio do Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister (TPC) e do HTP. Os participantes foram divididos em dois grupos de 25 sujeitos, um apresentando desempenho escolar satisfatório e outro com alunos que apresentavam atraso escolar. Os resultados demonstraram que as crianças com baixo rendimento escolar apresentavam sentimentos de fracasso e fragilidade na autoimagem. As crianças com bom desempenho escolar apresentaram uma melhor utilização dos recursos afetivos e intelectuais.
Já na avaliação de populações específicas, o estudo desenvolvido por Peres (2003) utilizou o HTP com o objetivo analisar a personalidade de crianças surdas e as relações que estas estabelecem com o mundo exterior. Participaram da pesquisa 11 crianças, seis do sexo feminino e cinco do sexo masculino com idade entre 6 e 12 anos. Os resultados apontaram que as crianças possuíam sentimentos de inadequação e inferioridade, isolamento, introversão, e dificuldades no relacionamento interpessoal.
Siqueira et al. (2003) objetivaram refletir acerca das diferenças no modo de funcionamento de neurótico e psicótico, observadas na análise do HTP de dois sujeitos em psicoterapia. As autoras concluem que a produção gráfica de psicóticos tende à desestruturação no decorrer da tarefa. Indivíduos neuróticos, por sua vez, há estruturação das defesas.
A pesquisa desenvolvida por Silva e Villemor-Amaral (2006) buscou evidências de validade concorrente para os indicadores de autoestima dos testes Teste de Apercepção Temática para Crianças - figuras de animais (CAT-A) e HTP, correlacionados à Escala Multidimensional de Autoestima forma A. Participaram do estudo 32 crianças, com idade entre 7 e 10 anos, de amos os sexos. Os resultados apontaram correlações significativas entre os instrumentos, e que o CAT-A e o HTP tem evidências para uso com crianças de 7 a 10 anos, de amos os sexos.
Pereira et al. (2007) avaliar aspectos psicológicos de pacientes diabéticos candidatos ao transplante de ilhotas, para recomendação de realização ou não do procedimento. Participaram do estudo treze pacientes portadores de diabetes tipo 1, 8 mulheres e 5 homens, habitantes de Curitiba. Foram avaliados por meio de entrevista semiestruturada e do HTP. Dez pacientes apresentaram estabilidade de humor, apoio familiar, julgamento adequado quanto à realidade do tratamento, comportamento de adesão e presença de estratégias de enfrentamento foram considerados aptos ao transplante. Os três pacientes que apresentaram indicadores de transtorno de humor, baixo repertório de enfrentamento, baixa tolerância à frustração e dificuldades de adesão não foram considerados aptos ao transplante.
No trabalho de Silva et al. (2010) utilizou-se o HTP para avaliar os benefícios do trabalho ludoterápico em crianças hospitalizadas. Participaram da pesquisa 10 crianças, com idade entre 5 e 12 anos, maranhenses e diagnosticadas com câncer. O HTP foi administrado antes da intervenção e após a intervenção ludoterápica, e os resultados comparados. As pesquisadoras concluíram que a ludoterapia melhora a qualidade de vida das crianças hospitalizadas e contribui para a ressignificação do processo de adoecimento e contribui para o desenvolvimento emocional.
Hazin et al. (2010) averiguaram as relações existentes autoestima e desempenho em Matemática. Participaram do estudo 20 alunos de uma escola pública de Recife, na faixa etária de 12 a 14 anos. Aplicou-se o HTP para avaliação e uma prova de conhecimentos matemáticos resolvida em dupla. Os resultados apontaram que crianças que possuem níveis mais elevados de autoestima apresentam melhor interação social e mais facilidade na resolução de questões matemáticas.
Beltrami et al. (2013) analisaram os estados emocionais de duas mães e suas repercussões na interação com seus filhos portadores de distúrbios de linguagem. As mães foram filmadas em situações de interação com seus filhos e avaliadas por meios das Escalas de Beck e do HTP. Observou-se que as mães apresentavam níveis de ansiedade e depressão que prejudicavam o modo como se comunicavam com seus filhos, não favorecendo a evolução linguística.
O estudo realizado por Vergueiro et al. (2013) utilizou o HTP para avaliar os resultados de uma intervenção terapêutica em pacientes afásicos. Participaram da pesquisa cinco sujeitos, com idade entre 45 e 65 anos. Os resultados apontaram que após a intervenção os participantes apresentaram ganhos no contato com a realidade e na relação consigo mesmos e com o mundo externo.
O estudo desenvolvido por Sbardelotto e Donelli (2014) investigar os Contos de Fadas como intervenção em um grupo de crianças que apresentavam queixa de aprendizagem ou relacionamento social. Participaram da pesquisa 4 crianças, ambos os sexos, com idade entre 6 e 9 anos, habitantes do Rio Grande do Sul. O HTP foi utilizado junto com o Teste da Fábulas, e permitiu avaliar a evolução do processo terapêutico das crianças e das intervenções. Concluiu-se que os Contos de Fadas possibilitaram que as crianças compreendessem melhor suas demandas e nomeassem seus afetos.
Silva e Avelar (2014) pesquisaram as representações que crianças e adolescentes em situações de rua possuem sobre seus lares e famílias. Participaram da pesquisa sete sujeitos em situação de rua, com idade entre 10 e 14 anos, moradores de Recife. As autoras utilizaram o desenho da família e o HTP para a coleta de dados. Os resultados apontaram que a presença de sentimentos ambivalentes em relação ao lar e à família.
A pesquisa de Xavier et al. (2015) utilizou o HTP para investigar as características psicológicas de quatro mulheres com recidiva de câncer. A análise qualitativa das respostas obtidas no HTP e por meio de entrevistas semiestruturadas indicou a presença de indicadores como Ansiedade, Organicidade, Regressão, Retraimento, Insegurança, Preocupações e Conflitos sexuais, Inadequação, Satisfação na fantasia, Dependência, Impulsividade, Rigidez, Obsessividade Compulsiva e Imaturidade.
Andrade et al. (2018) avaliaram o luto em crianças que perderam seus irmãos. Participaram da pesquisa três crianças que foram avaliados pelo HTP e pelo teste das fábulas. Os resultados evidenciaram que essas crianças possuíam sintomas como medo da morte, dependência dos pais e dificuldades de simbolização.
Na pesquisa realizada por Farah et al. (2014), o HTP foi utilizado como medida externa os estudos de evidências de validade para o Teste das Pirâmides Coloridas de Pfister com população infantil. A amostra foi composta por 200 crianças, de seis a 10 anos, ambos os sexos, de escolas públicas e particulares de São Paulo.
Considerando que o objetivo principal deste estudo foi o de identificar estudos acerca das qualidades psicométricas do HTP no Brasil apenas o estudo de Silva e Villemor-Amaral (2006) teve tal objetivo. As autoras reuniram evidências de validade concorrente para os indicadores de autoestima dos testes Children's Apperception Test forma animal (CAT-A) e HTP, correlacionados à Escala Multidimensional de Autoestima forma A. Participaram do estudo 32 crianças, com idade entre 7 e 10 anos, ambos os sexos. Os resultados apontaram correlações significativas entre os instrumentos, e que o CAT-A e o HTP são válidos para avaliação de crianças de 7 a 10 anos, de ambos os sexos.
Discussão
Inicialmente, no que diz respeito aos principais periódicos de publicação, três revistas realizaram duas publicações "Avaliação Psicológica", "Boletim Academia Paulista de Psicologia" e "Psic: Revista da Vetor Editora". A primeira é um periódico do Instituto Brasileiro de Avaliação Psicológica (IBAP), associação científica de destaque no Brasil no que diz respeito à produção e divulgação de conhecimento em avaliação psicológica e o segundo vinculado à Academia Paulista de Psicologia. O periódico "PSIC" era uma revista mantida pela Vetor Editora, uma empresa brasileira conhecida pela comercialização de produtos na área de Avaliação Psicológica. No entanto, este periódico não está mais em circulação, com última publicação no ano de 2008. Desse modo, uma instituição científica e um negócio que contribuíram e ainda colaboram para o fomento da área de avaliação psicológica no Brasil.
Quanto à frequência de publicações por ano, em 19 anos (1999 até 2019), observa-se a média aproximada de 0,75 artigos publicados por ano. Embora tenha ocorrido um crescimento da área de Avaliação Psicológica no Brasil nas últimas duas décadas, com expansão no número de pesquisas na área (Reppold & Noronha, 2018), constatou-se que ainda são escassos os estudos com o HTP no Brasil.
Em pesquisas semelhantes a esta, que analisaram a produção científica brasileira de testes como o Desenho da Figura Humana (Suehiro, Benfica, & Cardim, 2016), Teste das Matrizes Progressivas de Raven (Cardoso, Lopes, Oliveira, & Braga, 2017) e WISC (Dias-Viana & Gomes, 2019), evidenciou-se crescimento no número de estudos ao longo dos anos. No entanto, ao analisar produções científicas de outros testes projetivos como Zulliger (Cardoso, Gomes, Pacheco, & Dias, Viana, 2018) e Pfister (Silva & Cardoso, 2012 é observado um número reduzido de pesquisas, como no caso do HTP. Ressalta-se que embora o HTP esteja entre os instrumentos mais utilizados por psicólogos (Dias-Viana & Costa, 2020; Padilha, Noronha, & Fagan, 2007; Reppold, Wechsler, Hutz, Almeida, & Elosua, no prelo) e tenha sido considerado um dos testes mais ensinados nos cursos de graduação em Psicologia (Alves, Alchier, & Marques, 2001), o número de estudos pode ser considerado pequeno.
Quanto aos dados de autoria, a predominância de profissionais mestres e doutores, que indica a utilização do instrumento para a realização de suas teses, dissertações ou pesquisas dos laboratórios aos quais estavam inseridos. Resultado semelhante foi encontrado por Souza-Filho (2006) num estudo que analisou a produção científica sobre testes psicológicos no Brasil. O autor destaca que a publicação em coautoria facilita a viabilização da produção e minimiza dificuldades na realização de pesquisas na área dos testes. No que se refere à predominância de autores do sexo feminino, o dado vai ao encontro de pesquisas que investigaram o perfil dos psicólogos brasileiros, que desde a sua criação, tem a predominância de profissionais pertencentes ao sexo feminino (Bastos Gondim, & Rodrigues, 2010).
Quanto ao destaque de produção científica para as regiões Sudeste e Sul, resultados semelhantes foram encontrados nas pesquisas de Joly, Berberian, Andrade e Teixeira (2010) e Cardoso et al., (2016). Sabe-se que essas concentram maiores números de programas de pós-graduação e linhas de pesquisa na área de Avaliação Psicológica (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior [CAPES], 2019), e consequentemente um maior volume de pesquisadores e incentivos financeiros à pesquisa destinadas à área (Souza-Filho et al., 2006). Considera-se importante destacar a necessidade de expansão das pesquisas em avaliação psicológica para além do eixo sul-sudeste, investigando as características psicológicas de populações das diversas regiões brasileiras.
Tais dados corroboram a necessidade de expansão das pesquisas para as Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste brasileiras, para que sejam considerados a diversidade cultural, socioeconômica, histórica e política específicas de cada região, e como de como esses fatores influenciam os aspectos afetivos avaliados pelo HTP. Testes com amostras normativas elevam a qualidade da interpretação dos escores do instrumento (CFP, 2018).
O predomínio de pesquisas realizadas com populações infantis evidencia o interesse científico na avaliação de aspectos de personalidade nessa etapa do ciclo-vital, que, nos dias atuais, têm se destacado pela importância do desenvolvimento de questões socioemocionais, que podem ser associadas a aspectos de personalidade (Abrahams et al., 2019). Além disso, a natureza lúdica da realização do teste favorece sua aplicação com crianças. Destaca-se que o manual do HTP indica o instrumento para avaliação de pessoas de 8 a 60 anos e em algumas pesquisas, identificou-se a utilização do instrumento para avaliação de população fora dessa faixa. Este dado indica a necessidade de maior cuidado do pesquisador na administração do instrumento, uma vez que as pesquisas em que essa situação foi observada, não se tratava de um estudo de validade ou normatização.
Assim, a revisão de literatura permitiu a constatação da escassez de estudos acerca das qualidades psicométricas do HTP. Este dado corrobora para os resultados da pesquisa realizada por Noronha, Primi e Alchieri (2004) sobre os parâmetros psicométricos de testes psicológicos comercializados no Brasil. Os autores concluíram, naquele ano, que os testes que se propunham à avaliação personalidade foram apontados como os instrumentos que mais careciam de evidências de validade e precisão. No caso, do HTP, observa-se que a situação permanece semelhante, uma vez que apenas um estudo de evidência de validade foi encontrado. Além disso, com o aprimoramento contínuo dos critérios mínimos exigidos para a construção e comercialização dos instrumentos exigida pelo CFP (2018), entende-se a necessidade de que pesquisas sejam conduzidas de forma a validar os indicadores do HTP, bem como estudos normativos para a população brasileira sejam realizados. Borsa (2010) ressalta que a utilização do instrumento deve ser em contexto clínico, em que é possível a apreensão das idiossincrasias do avaliando, além da utilização de outros instrumentos (histórico clínico, testes já padronizados).
Considerações Finais
Este estudo teve como objetivo realizar uma análise da produção científica brasileira sobre o teste HTP, nas plataformas de dados Scielo, PePSIC, Lilacs e Index Psi, com o objetivo de identificar pesquisas relativas às qualidades psicométricas do teste. Os resultados apontaram que, apesar da relevância do instrumento, tanto para estudantes de psicologia, quanto para profissionais, pouco se produziu cientificamente com o instrumento, principalmente no que diz respeito às suas propriedades psicométricas. Acerca da possibilidade de estudos futuros, evidencia-se a importância de investigações que reúnam evidências de validade para o HTP no Brasil, bem como a realização de estudos normativos. Ainda que esta pesquisa tenha analisado as principais bases de dados científicos brasileiros, este estudo teve como limitação a não inclusão de dissertações e teses. Assim, para estudos futuros, recomenda-se análise de tais meios de divulgação científica.
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Contato com o autor:
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Campinas-SP, Brasil
CEP: 13045-425
Recebido em: 25/03/2020
Revisado em: 22/05/2020
Aprovado em: 20/07/2020
Sobre o autor:
João Lucas Dias-Viana
Doutorando e Mestre em Psicologia, com ênfase em Avaliação em Psicologica, pelo Programa de Pós-Graduação stricto sensu em Psicologia da Universidade São Francisco. Graduado em Psicologia pela Universidade Estadual do Ceará (UECE). Bolsista pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).
ORCID: https://orcid.org/0000-0002-7626-3937
E-mail: jolucasviana@gmail.com