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Acta Comportamentalia

versão impressa ISSN 0188-8145

Resumo

FERREIRA, Paulo R. S.  e  DE ROSE, Júlio C. C.. Sobre a noção de força da resposta no Behaviorismo Radical de B. F. Skinner. Acta comport. [online]. 2010, vol.18, n.3, pp.381-411. ISSN 0188-8145.

Este artigo é uma investigação teórica da noção de força da resposta operante, tal como empregada por B. F. Skinner na sua concepção do comportamento como objeto de estudo científico. Segundo o referido autor, a noção de força da resposta, ao representar a probabilidade de ocorrência da resposta operante, desempenha o papel de dado fundamental da análise do comportamento. Nesse sentido, constitui tarefa imprescindível do analista do comportamento a descrição da força operante e das variáveis que a determinam. Apesar disso, a força não é diretamente observável, mas somente inferida indiretamente de eventos comportamentais observáveis. A força mostra a possibilidade de uma resposta específica ocorrer, dentre tantas outras respostas disponíveis em um mesmo repertório comportamental. A descrição da força se dá por meio de um procedimento de análise que consiste na identificação de uma determinada forma de resposta e das correspondentes relações de probabilidade que mantém com as suas variáveis independentes. Tais relações de probabilidade são denominadas por Skinner de unidades funcionais e podem, ainda, ser entendidas como representando o tipo de relação funcional que se estabelece entre uma classe de estímulos discriminativos e uma classe de respostas operantes. A unidade funcional é o próprio comportamento que se dispõe a uma investigação das variáveis que o determinam modificando a sua força. Além da classe de estímulos discriminativos, definem também a força da resposta operante as operações emocionais e motivacionais e os estímulos reforçadores. Todas essas variáveis independentes podem fortalecer ou enfraquecer uma determinada forma de resposta ou, o que é equivalente, aumentar ou decrescer a força operante. Sendo assim, a força da resposta operante é, também, uma maneira de se agrupar os diferentes efeitos que as diferentes variáveis independentes têm sobre a probabilidade de ocorrência do tipo de resposta enfocado. É por isso que a noção de força da resposta e, principalmente, de fortalecimento e de enfraquecimento, ganham ênfase nos trechos da obra skinneriana em que se trata da causalidade múltipla do comportamento operante. Com relação à causalidade múltipla do comportamento ressalta-se também a distinção existente entre os diferentes modos que as diferentes variáveis independentes apresentam ao afetarem a força da resposta operante. Nesse ponto distinguem-se, principalmente, os efeitos dos estímulos discriminativos e dos estímulos reforçadores sobre a força da resposta. Ilustra-se, ainda, como o tipo de inferência envolvido naquilo que Skinner batizou de registro cumulativo traz importantes implicações à sua constante procura por um sistema interpretativo que vise simultaneamente a precisão teórica e a efetividade prática das intervenções derivadas das suas proposições. Por fi m, mostra-se que a noção de força da resposta operante é marcante na caracterização do comportamento como um fenômeno contínuo que pode ser denominado de fluxo comportamental, afastando a análise do comportamento de uma perspectiva psicológica elementarista ou associacionista.

Palavras-chave : força da resposta; comportamento operante; análise do comportamento; comportamentalismo radical; fluxo comportamental.

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