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Psicologia Clínica
versão impressa ISSN 0103-5665versão On-line ISSN 1980-5438
Resumo
SILVA, Sergio Gomes da. Do feto ao bebê: Winnicott e as primeiras relações materno-infantis. Psicol. clin. [online]. 2016, vol.28, n.2, pp.29-54. ISSN 0103-5665.
Quando a psicanálise passou a se interessar pelos primórdios da vida psíquica do bebê, esse interesse se concentrava na relação mãe-bebê a partir do advento da natalidade. A partir da teoria das relações objetais, notabilizada pela Escola Inglesa de Psicanálise, alguns autores passaram a repensar o bebê a partir da vida pré e pós-natal e como essas experiências influenciam seu psiquismo. Nesse sentido, o presente artigo busca analisar as primeiras relações materno-infantis a partir das três proposições teóricas: o trauma do nascimento, a observação de bebês em útero com o advento da ultrassonografia e o método de observação de bebês na prevenção de traumas psíquicos. Essas teorias são analisadas através do referencial teórico de Donald W. Winnicott, a partir da teoria do desenvolvimento emocional primitivo e do conceito de memória corporal, as quais enfatizam as experiências intrauterinas sentidas pelo feto e o contato do bebê com a mãe em termos da fisicalidade dos corpos vivos, após seu nascimento. O autor conclui que as primeiras relações materno-infantis, pré e pós-natais, constituem em si mesmas, vias de acesso à saúde psíquica do indivíduo adulto.
Palavras-chave : relação materno-infantil; trauma do nascimento; memórias corporais; desenvolvimento emocional primitivo; Winnicott.