EDITORIAL

O volume 16º da R.B.C.D.H., em plena adolescência, manifesta seu desenvolvimento na trajetória em direção a maturidade contando com o esforço de alguns e a participação de muitos. Somos gratos a todos pois é da heterogeneidade e solidariedade que vem a riqueza humana.

A publicação da pesquisa é para a R.B.C.D.H a missão primordial pois caracteriza a última etapa do estudo: comunicar o Conhecimento, advindo através de novas facetas, de novas aproximações, colocando-o à disposição do meio acadêmico.

Sugerimos às Universidades e mais especificamente, às suas comunidades acadêmicas que voltem-se para temas de pesquisa que ofereçam à sociedade uma nova maneira de entender a vida, sob o enfoque relacional e interdisciplinar, priorizando o ser humano e suas potencialidades.

O presente número manifesta, através do seu índice, a maior quantidade de artigos sobre pesquisas, como o estudo enviado pela Universidade da Bahia, "Compreendendo a família da criança com deficiência física", no qual a partir de uma revisão de literatura e de dados empíricos, as autoras se propuseram a analisar como se realiza a reestruturação da família quando na circunstância do nascimento de uma criança com deficiência física advinda da Encefalopatia Crônica da Infância. Da Universidade de Stª Catarina recebemos o texto sobre uma pesquisa com objetivo de caracterizar o ato de brincar de crianças escolares em uma brinquedoteca. O estudo procura demonstrar as preferências de meninos e meninas na utilização de diferentes brinquedos.

A contribuição da Universidade do Pará foi significativa, com artigo sobre estudo descritivo de queixas identificadas em crianças e adolescentes atendidas pelo serviço de Psicologia Pediátrica de um hospital Universitário.

O estudo sobre os significados da maternidade para mulheres cardiopatas e diabéticas com gravidez de risco revela dados importantes para as políticas de saúde; bem como uma metodologia de pesquisa qualitativa muito adequada, contribuição da Universidade de São Paulo. O artigo "Apoio Social e experiência da maternidade" não é uma pesquisa e sim uma revisão bibliográfica visando atualização do tema, instrumento útil para estudos e pesquisas futuras. Bastante oportuna é o artigo sobre a pesquisa que caracteriza o uso da técnica do copo em UTI neonatal de hospital público de Porto Alegre.

Finalmente o texto "A história do corpo: os principais eixos da pesquisa em história da Saúde (França, 1970-2000)" do Prof. Dr. Jean-Pierre Goubert da École Pratique dês Hauts Etudes, referente a Palestra proferida na Escola de Enfermagem da Universidade Católica de Salvador, Bahia. Trata-se de um artigo que descreve como a pesquisa de saúde na França foi marcada por 4 direções, apresentando o estado da arte em cada uma dessas direções.

Estamos certos de que gostarão deste número e dos assuntos e das novas informações nele contidas; desta maneira nós nos esforçando para oferecer úteis publicações e vocês participando com entusiasmo, faremos a Revista Brasileira de Crescimento e Desenvolvimento Humano crescer e desenvolver-se.

Maria Apparecida Motta
Editora Associada