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Aletheia
versão impressa ISSN 1413-0394
Aletheia n.27 Canoas jun. 2008
EDITORIAL
A revista Aletheia tem-se mantido fiel à sua concepção ao longo de seus 11 anos de existência, estando no nome do periódico sua maior representação. Sua trajetória é marcada pelo compromisso com o desenvolvimento da Psicologia como ciência e como profissão, e sua conceituação junto à CAPES, reconhecimento da sua qualidade.
Desnecessário elencar todas as dificuldades para chegarmos a esse estágio, uma vez que todos os periódicos nacionais, em maior ou menor escala, possuem uma história singular de luta para manter-se em dia e com alto grau de reconhecimento entre seus pares. Muitas dificuldades perpetuam-se, e outras novas, com certeza, irão surgir.
A Aletheia construiu seu espaço e mantém-se no âmbito de um curso de graduação, o que torna sua história diferenciada de outros periódicos. É, portanto, uma grande satisfação para o Curso de Psicologia da ULBRA Canoas, quando comemora seus 25 anos, contar com o reconhecimento e a confiança crescente da instituição, dos autores, consultores, pareceristas e leitores. O retorno positivo que a Aletheia tem recebido de toda a comunidade científica é a força que a mobiliza a seguir em frente em sua trajetória, fazendo caminho, mudando sempre, mas mantendo-se fiel ao seu fluxo, como um rio.
Ser capaz, como um rio
Que leva sozinho
A canoa que se cansa,
De servir de caminho
Para a esperança
E de levar do límpido
A mágoa da mancha,
Como o rio que leva e lava.
Crescer para entregar
Na distância calada
Um poder de canção,
Como um rio decifra
O segredo do chão.
Se é tempo de descer,
reter o Dom da força
Sem deixar de seguir
E até mesmo sumir
Para, subterrâneo,
Aprender a voltar
E cumprir no seu curso
O ofício de amar.
Como um rio, aceitar
Essas súbitas ondas
Feitas de águas impuras
Que afloram a escondida
Verdade nas funduras.
Como um rio, que nasce
De outros, saber seguir
Junto com outros sendo
E noutros se prolongando
E construir o encontro
Com as águas grandes
Do oceano sem fim.
Mudar em movimento,
Mas sem deixar de ser
O mesmo ser que muda
Como um rio.
(Thiago de Mello)
A todos desejamos uma boa leitura!
Os editores