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Aletheia

versão impressa ISSN 1413-0394

Aletheia vol.50 no.1-2 Canoas jan./dez. 2017

 

RESENHA

 

Sistematização da Assistência de Enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade

 

 

Marzelí Pauletti1; Aline dos Santos Teixeira2; Solange Machado Guimarães3

Universidade Luterana do Brasil

Endereço para correspondência

 

 

O livro “SAE – Sistematização da Assistência de Enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade”, escrito por Lucimara Duarte Chaves e Cibele Andres Solai, possui 160 páginas, divididas em 11 capítulos.

O primeiro capítulo, Teorias de enfermagem: compreensão para a aplicabilidade, traz um breve histórico contextualizando o tema, os elementos que compõem a teoria (finalidade, conceitos, preposições e pressupostos) e descreve a própria teoria de enfermagem que direciona a prática através de valores e referenciais propostos considerando situações reais e como utilizar uma teoria. Ressalta também a sistematização das ações integrando as técnicas cientificas, buscando a resolução das necessidades assistenciais. A concretização da aplicabilidade das teorias está fundamentada na relação teoria e prática, o que ressalta sua incontestável importância.

O segundo capítulo, Pensamento crítico na enfermagem, define o pensamento crítico e ressalta a necessidade do conhecimento na tomada de decisões. Sendo uma habilidade desejável aos enfermeiros, considerando questões éticas e legais e os avanços tecnológicos, a crítica é intrínseca à responsabilidade profissional e à qualidade da assistência, devendo ser exercitada e estimulada desde a sua formação.

O terceiro capítulo, Processo de enfermagem, remete às nomenclaturas utilizadas na conceituação da Assistência de enfermagem e à diversidade do paradigma da profissão. Descreve também as cinco fases do processo de enfermagem: investigação, diagnóstico, planejamento, implementação e avaliação, objetivando a orientação do cuidado profissional e promovendo a qualidade no cuidado prestado. É um exercício intelectual que fortalece a profissão através do cuidado baseado em evidência.

O quarto capítulo, Histórico de enfermagem, fala da primeira etapa do processo de enfermagem, ressaltando a definição do histórico de enfermagem e o processo de obtenção de dados, que fazem os instrumentos para a identificação dos problemas e as conclusões acerca dos diagnósticos de enfermagem a serem implantados. Ocorre de forma planejada e sistematizada por meio de entrevistas e exame físico buscando o conhecimento e o entendimento das necessidades do cliente.

O quinto capítulo, Padrão de terminologia na enfermagem, está direcionado em uma linguagem especifica da profissão, remetendo a um contexto histórico em que enfatiza os padrões e as documentações que garantem a padronização do processo assistencial. Esses padrões são essenciais para representar, comunicar e gerenciar dados e conhecimentos. Ressalta a padronização, a qualidade dos dados e incluiu as normas de segurança e as confidencialidades. Apresenta alguns sistemas de classificação que podem ser empregados na padronização do cuidado, como por exemplo, os diagnósticos de enfermagem (NANDA I), a classificação das intervenções de enfermagem (NIC), a classificação dos resultados de enfermagem (NOC) e a classificação internacional para a prática de enfermagem (CIPE®).

O sexto capítulo, Diagnóstico de enfermagem e a taxonomia II da North American Nursing Diagnosis Association Internacional – NANDA-I, fala da segunda etapa do processo de enfermagem, o qual requer um julgamento clínico na tomada de decisão e um conhecimento técnico-cientifico do enfermeiro. Ressalta o agrupamento de informações, as análises dos dados e a formação do plano assistencial. Apresenta a estrutura da taxonomia NANDA I e II, e como estruturar um diagnóstico de enfermagem.

O sétimo capítulo, Planejamento da assistência e classificação dos resultados esperados – NOC, aborda a terceira etapa do processo de enfermagem, que consiste em planejar a assistência, estabelecendo prioridades frente aos diagnósticos, determinando ações e fixando os resultados a curto e longo prazos. Abrange as expectativas da assistência empregada ao paciente, baseando-se nos benefícios e prazos para alcançar os resultados.

O oitavo capítulo, A prescrição de enfermagem e a classificação das intervenções de enfermagem – NIC, corresponde à quarta etapa, que consiste em executar o que foi planejado seguindo uma monitorização das respostas e adequando os resultados, determinando alterações necessárias para uma assistência de qualidade e individualizada, elaborando um plano de cuidado para nortear a equipe na prestação da assistência. Ressalta os domínios, classes, intervenções e atividades.

O nono capítulo, Evolução de enfermagem, representa a quinta etapa, onde é realizado o registro da avaliação do paciente. Abrange a elaboração da evolução da enfermagem , o uso do raciocínio crítico e o planejamento dos resultados esperados, contendo uma relação entre as etapas do processo de enfermagem e os cuidados na redação das anotações de enfermagem.

O décimo capítulo, Casos clínicos, apresenta exemplos de casos clínicos com condutas diagnósticas envolvendo a aplicação das taxonomias. A importância da utilização de casos clínicos na descrição de uma técnica é aproximá-la da prática através de exemplos.

O décimo primeiro capitulo, Classificação internacional para a prática de enfermagem – CIPE®, ressalta os objetivos da CIPE®, suas características e seu produto final. Descreve os cuidados e faz uma comparação com dados de projeções e das tendências, definindo as ações e os resultados, através de uma conectividade entre diferentes dimensões representada por seus eixos.

 

Referência

Chaves, L. D., & Solae C. A. (2015). Sistematização da Assistência de enfermagem: considerações teóricas e aplicabilidade/ São Paulo: Martinari; 160p.         [ Links ]

 

 

1 Marzelí Pauletti: Enfermeira, Residente Multiprofissional da Universidade Luterana Do Brasil, graduada em enfermagem pela Universidade Luterana do Brasil, Rua Uruguai, nº 634, Canoas, CEP: 92310-120, (51) 980286879.
2 Aline dos Santos Teixeira: Enfermeira, Residente Multiprofissional da Universidade Luterana Do Brasil, graduada em enfermagem pela Universidade Luterana do Brasil, Rua Doutor Murtinho, nº 840, Porto Alegre, CEP: 9142000, (51) 984554949.
3 Solange Machado Guimarães: Enfermeira Doutora em Administração, Tutora e coordenadora da Residência Multiprofissional do Adulto e Idoso – ULBRA/RS, Avenida da Cavalhada, nº4530, apto 702, CEP: 91740000, Porto Alegre, (51) 993351427.

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