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Pesquisas e Práticas Psicossociais
versão On-line ISSN 1809-8908
Resumo
LEMOS, Flávia Cristina Silveira; GALINDO, Dolores e RODRIGUES, Renata Vilela. Interrogando o dispositivo de segurança na judicialização da vida: notas biopolíticas. Pesqui. prát. psicossociais [online]. 2020, vol.15, n.1, pp.1-11. ISSN 1809-8908.
O presente artigo objetiva analisar práticas de judicialização da saúde na atualidade como um dos efeitos da biopolítica contemporânea. A gestão de riscos e perigos é colocada no centro das encomendas pelo direito à saúde e dispara uma inflação judicial como pedido de segurança. Problematizar essa racionalidade produtora de biocidadanias por uma bioletigimidade é uma preocupação neste ensaio teórico. O Estado Democrático de Direito nasce com a emergência de uma sociedade de direitos e a extensão da Medicina Social como balizas da política da vida, pautada no governo da saúde, em prol do aumento de capacidades e desempenhos. Assim, a biopolítica passa a ser modulada pela produção da autonomia e do ativismo dos sujeitos biológicos. Esses biocidadãos seriam demandantes do acesso à saúde, ao exercício de capacidades e à possibilidade de escolher formas de viver.
Palavras-chave : Saúde; Biopolítica; Judicialização; Subjetividade; Capacidade.