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Desidades

versão On-line ISSN 2318-9282

Desidades  no.25 Rio de Janeiro out./dez. 2019

 

TEMAS EM DESTAQUE

 

As crianças no processo migratório: Uma realidade que continua vigente

 

Children in the migratory process: a current reality

 

Las niñas y niños en el proceso migratorio: Una realidad que continúa vigente

 

 

Karina Benavides T.I; Daniel Llanos ErazoII

I Instituto Nacional de Evaluación Educativa de Ecuador.

II Universidad Politécnica Salesiana del Ecuador.

 

 


RESUMO

O processo migratório tem sido uma atividade constante para o ser humano desde o início, em nível global, e as razões pelas quais se toma a decisão de migrar respondem às necessidades de sobrevivência ao longo da história. No caso latino-americano e, particularmente, no do território equatoriano, a crise econômica e a instabilidade política levaram ao crescimento do desemprego e à instabilidade social. A referida migração foi realizada em condições de ilegalidade e por meio de grandes dívidas com pessoas ou entidades ilegais, que impunham juros elevados e, portanto, tais dívidas deveriam ser pagas o mais rápido possível. Para isso, aqueles que migravam tinham de enfrentar condições de vida quase sub-humanas, com o objetivo de economizar e poder enviar as remessas necessárias para o pagamento dos seus bens. Tal situação colocou quem migrava em posição heróica dentro do círculo familiar e da sociedade como um todo, porque, devido às remessas que chegavam ao país, e à dolarização, a economia conseguiu se estabilizar em nível nacional, aumentando a circulação do dinheiro e, com isso, o acesso a bens e serviços que anos antes não estavam ao alcance da população em geral, devido aos altos custos de aquisição. Neste contexto, a ausência de pais e/ou mães estava justificada dentro do entorno familiar, recebendo carta branca em benefício de maiores acessos econômicos e práticas sociais diferentes das práticas dos progenitores.

Palavras-chave: migração, jovens, família, crianças.


ABSTRACT

The migratory process has been a constant activity for human beings since its dawn, at a global scale, and the reasons for the decision to migrate are related to survival needs throughout history. In the case of Latin America, and particularly in the equatorian territory, the economic crisis and the political instability led to the growth of unemployment and social instability. This migration occurs in ilegal conditions and through great debts to ilegal individuals or entities, who impose elevated interest rates, meaning that such debts must be paid off as soon as possible. In order to do so, those who migrate have to face nearly subhuman standards of living, with the intent of saving up and sending off the necessary transfers for the payments of their assets. This situation put those who migrate at a heroic position within their own families, and within society as a whole, because the money transfers that came into the country and dollarization caused the economy to stabilize at a national level, increasing the circulation of money and with it the access to goods and services that years before weren't at the reach of the general population due to its high costs. In this context, the absence of parents was justified within the family, receiving a carte blanche in the face of benefits such as a wider economic access and different social practices than the previous generation.

Keywords: migration, young people, family, children.


RESUMEN

El proceso migratorio ha sido una actividad constante para el ser humano desde sus albores a nivel global y las razones por las que ha decidido hacerlo responden a las necesidades de supervivencia a lo largo de la historia, en el caso latinoamericano y particularmente a nivel del territorio ecuatoriano, la crisis económica y la inestabilidad política empujaron al crecimiento del desempleo e inestabilidad social. La referida migración se la realizó en condiciones de ilegalidad y con grandes deudas a personas o entidades ilegales,  que imponían intereses económicos elevados, por lo tanto, dichas deudas debían pagarse lo antes posible y para lograrlo, quienes migraban debían afrontar condiciones de vida casi infrahumanas, con el fin de ahorrar y poder enviar las remesas necesarias para el pago de sus haberes. Dicha situación colocó a quien migraba en posición heroica dentro del círculo familiar y a nivel de toda la sociedad, porque debido a las remesas que ingresaban al país, y la dolarización, la economía a nivel nacional se logró estabilizar, aumentando el circulante monetario y con ello el acceso a bienes y servicios que años antes no habían estado al alcance de la población en general, debido a los altos costos que representaba adquirirlos. En este contexto, la ausencia de padres y/o madres estaba justificado dentro del entorno familiar, otorgando patente de corso en beneficio de mayores accesos económicos y prácticas sociales diferentes a las de los progenitores.

Palabras-clave: migración, jóvenes, familia, niñas y niños.


 

 

Introdução

O presente artigo se inicia com uma breve e resumida contextualização histórica dos episódios que marcaram as diásporas no contexto latino-americano e, continuando, são expostos os principais acontecimentos políticos e econômicos que catapultaram a mobilidade humana na sociedade equatoriana durante os últimos 70 anos. Tais acontecimentos tiveram efeitos nas estruturas e nas configurações familiares, principalmente daqueles que optaram por migrar.

Por outro lado, são recuperados vários dados empíricos de duas pesquisas realizadas anos atrás. Mais precisamente, os estudos remontam a 2008 e 2009, isto é, a nove e dez anos depois da pior crise financeira e social que o Equador enfrentou. O primeiro estudo foi realizado no âmbito de um trabalho cooperativo com a Universidad Complutense de Madri e com a Universidad Politécnica Salesiana del Ecuador1 . O interesse compartilhado pelas duas instituições de educação superior em saber que o maior fluxo de migrantes equatorianos realizou uma diáspora para terras ibéricas não foi por acaso. O grupo central com o qual se trabalhou foi de crianças que tinham pais e/ou mães migrantes.

O segundo trabalho que serve de base para o presente artigo foi realizado durante o ano de 2009. Neste caso, os adolescentes, jovens estudantes de colégios da cidade de Quito, colaboraram no estudo com as suas vozes e experiências vividas diante da migração dos seus familiares. A “imagem” da partida dos pais ainda se encontrava presente na retina de vários desses jovens. As promessas de um breve retorno continuavam alimentando a esperança de um reencontro familiar, que em mais de um caso nunca aconteceu.

Nos dois estudos, o dispositivo metodológico utilizado foi de tradição qualitativa, privilegiando as narrativas, as experiências e os discursos das crianças e dos jovens ante o fenômeno migratório. Em múltiplas partes do trabalho de campo, recorreu-se ao uso de entrevistas grupais; esta técnica permitiu um exercício de autorreconhecimento e de solidariedade entre as crianças e os jovens, presuposição que não estava prevista no trabalho de campo, mas que, no entanto, foi ativada entre os entrevistados no momento de compartilharem as suas experiências e anedotas.

 

O fenómeno migratório: uma constante na prática humana

A emigração é uma das atividades mais antigas que o ser humano já praticou na sua existência e refere-se ao fenômeno socioeconômico e político que consiste no abandono voluntário de um indivíduo do seu território para se estabelecer em outro Estado (Espinosa, 2004). Esta prática tem sido constante e repetitiva por várias razões, entre as quais assegurar a existência da espécie, satisfazendo as suas necessidades primordiais.

Esse constante traslado de habitantes de um lugar para outro ganhou força na América Latina a partir dos anos 60, quando um massivo conglomerado de pessoas iniciou a sua diáspora, especialmente rumo aos países do norte do continente. Este novo acontecimento histórico denominado a era da migração massiva2 , se enquadrava num processo internacional globalizado no qual as fontes e oportunidades de trabalho aumentam principalmente em países industrializados. Sob essa lógica e esses imaginários, a população de países “terceiromundistas” iniciou uma peregrinação a nações que ofereciam um “futuro estável” e com oportunidades de desenvolvimento econômico.

Esse discurso de ilusões e de oportunidades contrasta-se com um fato social de abandono e de ausência que sofrem os familiares e especialmente os filhos e as filhas das novas forças de trabalho, que se encontram desarticulados e desvinculados da palavra que os progenitores podem oferecer a eles. Essa ruptura da palavra3 e a ausência de pai e/ou mãe e, em alguns casos, de ambos originou um conjunto de problemáticas sem precedentes no sistema social equatoriano. Um dos principais problemas que surgiu foi a transformação das estruturas familiares e dos papéis de cuidado e de educação que os familiares dos migrantes tiveram de assumir com os filhos que permaneceram no lugar de origem.

Apesar de a emigração ser uma alternativa que contribui para a “melhoria”4 da situação familiar, naquele momento, nos deparamos com um acontecimento sem precedentes na história equatoriana, isto é, que as condições materiais dos migrantes tinham sim uma mudança substancial e, claro, uma melhoria, mas o aspecto emocional das crianças e dos jovens que ficaram no país mostrava a crise que eles tinham que viver.

 

Breve história da migração equatoriana

O antecedente que alavancou uma primeira onda de migração equatoriana de diversas comunidades em Azuay e Cañar para cidades norte-americanas, como Chicago e Nova Iorque, é a crise da exportação dos Panama Hat, produzida em 1950 (Ramírez, F.; Ramírez, J., 2005). Esta situação de conflito econômico fez com que os produtores e comerciantes dos Chapéus Panamá se vissem obrigados a lançar mão dos contatos já estabelecidos no país do norte. Este vínculo comercial inicial se transforma posteriormente no elo de ligação e de assentamento dos novos povoadores das cidades do norte do continente.

Uma vez estabelecida uma ponte, gera-se um êxodo massivo de equatorianos, que se converterão nos compatriotas de referência dos próximos grupos migratórios das décadas posteriores. Isto é, estabelece-se uma rede de contatos que facilita a ida de equatorianos para os Estados Unidos.

Quando inicia a década de 60 do século passado, o país sofre uma série de reformas, principalmente na participação que o Estado começa a ter com o setor industrial nascente.

Este acordo produzido entre a classe política do país, o setor empresarial e a classe trabalhadora abriu caminho para novas reformas políticas que permitiram desenhar um novo modelo estatal, que para muitos autores seria o início do Estado equatoriano moderno, mas que, no fim das contas, não era mais do que um Estado capitalista incipiente que começava a tecer redes e acordos com setores industriais que emergiram naquela época.

O começo dos anos 70 marca um período especial da história equatoriana. Por um lado, obtemos uma substancial entrada de recursos econômicos, originários da exploração e da comercialização do petróleo e, por outro, se suscita um fenômeno político único e sem precedentes na América Latina: nos referimos ao começo de governos comandados por militares. Estes governos na região foram caracterizados por implementar políticas desenvolvimentistas que tentavam conceder à população uma certa melhoria das condições de vida, mas, apesar disso, a situação não melhorava e, pelo contrário, a crise econômica equatoriana se acentuou. Chega ao fim a década de 70 e com ela finaliza a participação da classe castrense na direção do país. Este ponto culminante de governos militares deixa sequelas de pobreza e de endividamento para o povo equatoriano.

Com a chegada dos anos 80, o Equador voltou a ter um regime “democrático”, mas a situação socioeconômica não melhorou e, pelo contrário, a crise econômica se acentuou para determinados setores da população, tudo isso acompanhado de políticas monetárias encaminhadas para a desvalorização do Sucre, que naquela época era a moeda nacional. O início do governo do empresário guaiaquilenho León Febres Cordero estabeleceu as bases de uma mudança nas políticas públicas do país, pois foi ele quem abriu as portas para o Equador entrar na ordem mundial do mercado, implementando políticas de corte neoliberal. Esta mudança na ação política do país contribuiu para o início da implementação do receituário do FMI, que iniciou com recomendações de processos de mini desvalorização e macro desvalorização, medidas econômicas que refletiram na cesta básica familiar. A década de 80 concluiu com um fluxo migratório similar ao da década anterior5, apesar das fortes medidas econômicas implementadas pelos governos vigentes.

A década de noventa, principalmente no início, foi um período que, em nível mundial, trouxe consigo uma série de mudanças no que se refere à situação política e, portanto, essas mudanças modificaram o modus operandi econômico das nações. A queda do sistema socialista e a difusão de políticas de mercado contribuíram e estimularam uma maior participação da população mundial em atividades comerciais e de intercâmbio de produtos, que antes se encontravam distantes para habitantes de outras latitudes do planeta.

O início deste processo de globalização marcou também a abertura de um fenômeno de exportação de mão de obra em todos os países considerados terceiromundistas. Os trabalhadores se deslocaram principalmente para os países da Europa. O Equador não ficou alheio a essa realidade internacional e entrou na dinâmica de país abastecedor de mão de obra “barata”. Esse acontecimento internacional, somado à crise financeira produzida no fim da década de 90, configurou um microcosmo de equatorianos que se viram obrigados a abandonar a sua pátria, as sua famílias, com o firme propósito de melhorar o seu nível de vida e as condições de trabalho.

 

Algumas narrativas acerca da migração

A partir dos trabalhos de campo realizados nos dois estudos inicialmente mencionados, devo indicar que existem elementos comuns nos relatos deixados pelos entrevistados. É muito provável, e talvez certo, que os testemunhos dos jovens se encontrem influenciados pelas retóricas familiares. No entanto, isso não diminui a importância do que foi expresso pelos jovens e, pelo contrário, nos mostra as estratégias empregadas pelos familiares para conter ou ao menos justificar as ausências de seres queridos.

A) Superação econômica. É recorrente escutar que uma das principais razões pelas quais os adultos migram é a superação econômica. Considera-se que a diversificação da oferta de trabalho nos países de destino é maior do que no país de origem. Por isso, os equatorianos veem a migração como um instrumento que facilita a chegada a um horizonte no qual podem alcançar tudo o que desejam e concebem. Esta possibilidade de alcançar o progresso se encontra em estreita relação com a superação econômica familiar e a aquisição de bens materiais aos quais antes não tinham acesso: “…desde que o meu pai saiu do país, nós temos mais coisas, por exemplo, antes eu não tinha computador e agora já tenho… eu posso fazer as tarefas escolares e inclusive posso comprar materiais solicitados pelo colégio” (Adolescente, mulher, 14 anos).

É constante encontrar nos testemunhos dos jovens relatos que consideram que o “sacrifício de migrar” por parte dos pais permitiu satisfazer necessidades de todo o tipo, no entanto, o relato proporcionado enfatiza os benefícios escolares que as remessas feitas pelos pais migrantes propiciam. É possível que, no espaço privado das famílias e dos familiares pelos quais são responsáveis, sejam reforçadas afirmações como: “… o teu pai se foi pra te dar uma vida melhor e você deve aproveitar estudando, ele manda dinheiro para os estudos e você deve aproveitar” (Adolescente, homem, 14 anos).

B) A fuga dos conflitos conjugais. Considera-se que a migração é um fenômeno que provoca a ruptura familiar e a separação do casal, mas esta afirmação cai por terra quando, no campo dos fatos, encontramos que a ruptura do casal tem origem antes de tomar a decisão de migrar, e que esta iniciativa é a “cortina de fumaça” que se usa para explicar para os filho/as a saída da casa de um dos pais:

Na minha casa, o meu pai sempre brigava com a minha mãe, mas desde que o meu pai foi para os Estados Unidos está tudo bem e eu já não escuto gritos todos os dias e a minha vida é mais tranquila, eu até posso conversar com a minha mãe” (Adolescente, mulher, 16 anos).

As fugas dos pais é um tema recorrente nos testemunhos das e dos adolescentes, geralmente, a fuga materna se deve à fuga dos maus-tratos dos quais são vítimas por parte do seu companheiro, assim se oculta a verdadeira intenção de pôr fim a uma relação nociva e violenta, relação que em mais de uma ocasião é escondida das crianças e dos adolescentes.

C) Estabilidade familiar. Chama a atenção o discurso que utilizam os pais e os familiares diante dos filhos e filhas deixados no país de origem: “a minha mãe está na Espanha faz 7 anos, a vovó diz que ela já vai voltar, que ela teve que viajar pra me dar estabilidade e para eu ter um futuro melhor” (menina, 9 anos).

Chama especialmente a atenção o fato de os adultos tentarem garantir o futuro de uma criança ou de um adolescente sem oferecer o suporte afetivo-presencial necessário no presente. É importante recordar que a família é um produto sócio-cultural e, portanto, é quem está encarregada de transmitir às novas gerações os traços mais importantes da vida social e, claro, os valores.

Apesar de, na maioria dos casos, os filhos e as filhas de migrantes ficarem sob o cuidado de familiares próximos, que assumem a responsabilidade delegada pelos progenitores e são os encarregados de velar pelo bem-estar das crianças e dos adolescentes, eles reclamam a presença e o cuidado dos progenitores. A ausência materna e/ou paterna não é substituída por nenhuma outra figura filial:

Se a minha mãe estivesse comigo e com a minha irmã, nós seríamos felizes, é verdade que a nossa avó cuida da gente e ama a gente, mas nós sentimos muito a falta dela e procuramos sempre conversar com ela, mas ela trabalha muito e só pode conversar com a gente no domingo (Adolescente, homem, 14 anos).

Em suma, a história das migrações no Equador é um tema que remonta a décadas do século XX. No entanto, a última debandada de migrantes, produzida no fim dos anos 90, constituiu a ruptura familiar de maior relevância, ou seja, as transformações familiares produzidas durante esses anos se mantêm e as crianças e os adolescentes daquela época agora são adultos, adultos que cresceram sem consolidar o ansiado retorno dos pais.

 

Reflexões finais

Como uma primeira reflexão, podemos afirmar que a migração é um fenômeno que permanece vigente nos lares equatorianos, por razões econômicas ou filiais, já que, desde a última diáspora migratória, aquelas crianças, filhos de pais migrantes, atualmente alcançaram a idade adulta e em muitos casos já se converteram em pais, reproduzindo a lógica do bem-estar aprendida, com prioridade no aspecto econômico. Portanto, agora, existem pais que, ainda que vivam no país, dedicam a maior parte do tempo ao trabalho, provocando um desamparo simbólico nos lares atuais; porque apesar de eles se encontrarem próximos dos filhos, na maioria dos casos os filhos se encontram sob os cuidados de centros educativos. Tal situação gera novas rupturas familiares que, embora sejam diferentes das produzidas pela migração, no balanço final provocam consequências similares.

Produto da migração e do desamparo social, existem altos níveis de violência intra-escolar, assim como problemas de aprendizagem e de estabilidade emocional tanto em crianças quanto em adolescentes, devido a uma frágil figura adulta de referência que lhes dedique atenção, tempo e segurança emocional.

Os espaços de escolaridade são os que servem de referente social para as crianças e os adolescentes. Portanto, surgem novas necessidades escolares a partir das demandas dos pais de família, que exigem atividades extracurriculares e oficinas educativas para guiar e “mitigar” de algum modo as solidões que as crianças e os adolescentes vivem, assim como o tempo livre nas tardes e nos fins de semana em que os pais estão ausentes física ou simbolicamente.

A migração permitiu que os padrões econômicos de bem-estar aumentassem nos lares equatorianos e que se priorizasse objetos e atividades que a globalização demanda, como o uso de smartphones, tanto para os adultos, quanto para os adolescentes, e os tablets para os mais pequenos e, com isso, o uso de dados móveis, o que produziu novas lógicas de socialização na sociedade.

 

 

Referências

CASTLES, S.; MILLER, M. The age of migration. International Population Movements in the Modern World. New York: Guilford Publications, 1993.         [ Links ]

ESPINOSA, R. “Paradojas y complejidades de la emigração en el Ecuador”. Globalización, migração y derechos humanos. Quito: Ed. Programa Andino de Derechos Humanos, UASB-PADH, Unión Europea, COSUDE, Editorial Abya-Yala, 2004.

HERRERA, G. La migração vista desde el lugar de origen. Revista Iconos, v. 15, n. 1, p. 1–10, 2002.

GAITÁN, L. et al. Los niños como actores en los procesos migratórios.  Implicaciones para los Proyectos de Cooperación. Quito: Editorial Abya Yala, 2008.         [ Links ]

RAMÍREZ G.; RAMIREZ, P. La Estampida Migratoria Equatoriana. Crise, redes transnacionales y repertorios de acción migratoria. Quito: Editorial Abya-Yala, 2005.         [ Links ]

VYGOTSKY, L. Pensamiento y Lenguaje. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2009.         [ Links ]

 

 

Data de recebimento: 27/09/2019
Data de aceite: 05/12/2019

 

 

1 Ver: GAITÁN, L. et al. Los niños como actores en los procesos migratorios. Implicaciones para los Proyectos de Cooperación. Quito: Editorial Universitaria Abya Yala, 2008.

2 Ver em: CASTLES, S.; MILLER, M. The age of migration. International Population Movements in the Modern World. New York: Guilford Publications, 1993.

3 A palavra, na psicologia, cumpre a função de um mecanismo duplo que contribui nos processos de socialização dos seres humanos, adicionalmente, facilita a introjeção dos aprendizados recebidos e coopera na transmissão do pensamento gerado. Ampliar em: VIGOTSKY, L. Pensamiento y Lenguaje. Buenos Aires: Editorial Paidós, 2009.

4 Os adolescentes entrevistados comentam que as receitas familiares aumentaram graças à emigração dos seus familiares.

5 Para ampliar informação, ver: HERRERA, G. La migração vista desde el lugar de origen. Revista Iconos, v. 15, n. 1, p. 1–10, 2002.

 

 

I Karina Benavides T.: Mestre em Antropologia e Cultura pela Universidad Politécnica Salesiana del Ecuador. Especialista em Ciências Sociais com Menção em Psicanálise e Práticas Socioeducativas pela Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales de Argentina. Pedagoga pela Universidad Politécnica Salesiana. É pesquisadora especialista em Avaliação de Educação Inicial no Instituto Nacional de Evaluación Educativa de Ecuador. E-mail: karinavb@gmail.com

II Daniel Llanos Erazo: Doutor em Ciências Sociais pela  Universidad Nacional del Cuyo, Argentina; Mestre em Políticas Sociais de Infância e Adolescência pela Universidad Politécnica Salesiana del Ecuador. Pedagogo. É pesquisador do Centro de Investigaciones de la Niñez, Adolescencia y Juventud e membro do Grupo de Pesquisa: Educación e Interculturalidad de la Universidad Politécnica Salesiana del Ecuador. Docente em cursos de graduação e programas de Pós-graduação da mesma instituição e professor convidado em Universidades da América Latina. É pesquisador do GT "Juventudes, Infancias: Políticas, Culturas e Instituciones Sociales” da CLACSO. E-mail: dllanos@ups.edu.ec

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