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versão impressa ISSN 0102-7395

Reverso v.26 n.51 Belo Horizonte dez. 2004

 

ARTIGOS

Uma possível articulação entre neurose traumática e atuações pedofílicas

 

 

José Del-Fraro Filho

Círculo Psicanalítico de Minas Gerais

 

 


RESUMO

O autor aborda conexões existentes entre atendimento psicanalítico de um caso clínico, no qual há atuações pedofílicas, e o estudo teórico das perversões e sua articulação com a neurose traumática. Abre caminho para novos estudos clínicos enfatizando a interface entre traumas reais debilitadores do ego e perversões ou outras patologias, sintomas e atuações. Essa correlação interfere diretamente no manejo clínico habitual transferência contra-transferência, já que o mecanismo do recalque não vigora nessas situações.

Palavras-Chave: Pedofilia, Perversão, Neurose traumática


ABSTRACT

The author describes the relation between psychoanalytic treatment of a case with paedophilic acts and a theoretical study on perversions and their relations with traumatic neurosis. Suggestions for new clinical research are made, emphasizing the relation between real traumas a debilitated ego and perversions or the other pathologies, symptoms, acting-outs. Such correlation will directly influence the clinical management of habitual transference - counter- transference since the repression mechanism does not work in these situations.

Keywords: Paedophilia, Perversion, Traumatic neurosis


 

 

1. Primeira parte

Recebi um homem de cinqüenta anos, solteiro, que chamarei B, bem aparentado, extremamente formal, indumentária impecável, linguagem rebuscada e praticamente isenta de erros gramaticais e de afetos. Não se mostrava angustiado ou em conflito. Era alertado por sua idosa e presente mãe sobre as "loucuras" que vinha cometendo ao se envolver com meninas cada vez mais jovens (12 - 8 anos).

Mas nada disso era "maldade ou desatino", pois nunca fora "violento ou maldoso" com esses "bichinhos pouco lapidados e encantadores", pelos quais chegou a se "apaixonar de verdade" por duas vezes. Os meninos nunca interessaram a B. O intrigante em seus relatos era perceber a transformação afetiva que o ultrapassava: de puritano, moralista, rígido e dogmático, ao falar de sua paixão, em um menino sem crítica, fascinado por suas artimanhas.

 

1.1 Alguns dados de sua história

B é o filho mais velho. Tem uma irmã dois anos mais nova. Sua mãe é dona de casa e o pai militar. Ambos eram muito rígidos com os filhos. Família pobre, B passou por muitas humilhações em casa e fora dela. Ele e sua irmã não podiam sair de casa, exceto para a escola e igreja. B viveu a infância mergulhado na cultura machista. Trancados no quintal, entre as correadas e pauladas do pai, só restava a B exercer sua sexualidade e sadismo às ocultas com a irmã mais nova, então na faixa dos 6 a 9 anos. A humilhação de ser deixado nu no quintal pela mãe, zombado pelos vizinhos, após flagrá-lo se masturbando, aconteceu por três vezes.

Obedecer cegamente ao meio social e familiar e transgredir na privacidade com uma menina mais nova passou a ser sua tônica e sua estratégia de sobrevivência.

Aos 14 anos, B apaixonou-se por uma adolescente de 13. A moça criticava seu jeito de ser e terminou o namoro. Ao alistar-se no Exército - como o pai militar - sentiu a carreira militar como a grande vocação de sua vida, dedican-do-se com uma obstinação incomum. E "como um trator" executava as ordens dos superiores. Não fazia amigos e tratava todos com arrogância.

 

1.2 Os primeiros sinais de suas tendências pedofílicas

"Reprimi muito minha sexualidade no início da vida adulta a ponto de não mais me masturbar, até que um dia me flagrei olhando, com atenção diferente, para uma menina de 7 anos, andando em um velocípede. Seus cabelos lisos, sua pele, seu frescor. Achei meu olhar muito estranho... mas somente aos 32 anos comecei o namoro com uma menina de 10 anos, chamada A. "Fiquei apaixonado. Sua mãe tinha confiança em mim. Fomos tendo intimidades. Chegamos à pratica de sexo oral. Não avancei mais por respeito à virgindade de uma criança." B aborda o pai de A sobre um possível namoro, e este, furioso, ameaça-o de morte. Até que A, com 12 anos, se apaixona por um adolescente. B, arrasado, acentua muito seu comportamento pedofílico. Engendra planos para bolinações em meninas. Nunca usa de violência física, até se apaixonar pela segunda vez. Passa a viver em função do "namoro". Agora com uma criança de 7 anos, que chamarei de C.

 

2. Aspectos teóricos e clínicos

Formulo a hipótese de que se trata de um caso de grave cisão psíquica, com prejuízo no recalcamento. A recusa, associada à angústia de castração quanto à diferença dos sexos, parece não ser utilizada pelo ego, que lida à maneira neurótica do recalque neste ponto. Ele não nega a diferença sexual, mas nega a diferença de gerações nas quais a relação sexual passa a poder ocorrer entre elas. Seu caso não se enquadra perfeitamente nas típicas perversões, mas tampouco nas psicoses ou nas neuroses. Sua psico-patologia teria que se ligar com algo mais e é por isto que tentarei articulá-la com os autores que tratam do tema da perversão e os que estudam a neurose traumática.

Calligaris nos diz: "A pedofilia é uma fantasia de poder sobre a inocência. O gozo sexual confunde-se com o prazer de dominar o outro graças à sua inocência"1. Em B, fica claro seu desejo de ser o guardião da pureza e inocência delas em relação à "maldade", sexualidade dos adultos. Assim, em sua fantasia, elas só poderiam "inaugurar" a sexualidade exclusivamente com ele. Quando B, ainda criança expressou sua sexualidade infantil foi severamente punido. Quando adulto, desperta as meninas, as "acolhe" e se apaixona pela sexualidade descoberta nelas, como gostaria que tivesse acontecido consigo e sua mãe. Chega a me falar: "sou quase maternal com elas". B ficava horas, na mais tenra idade, em um "chiqueirinho", sem contato materno, descuidado. Em sua pedofilia ocupa o lugar da mãe e as meninas passam a representar o que gostaria de ter recebido da mãe. Os meninos são como ele: "cascas-grossas" e não o interessam (o que vai ao encontro do eu-pele das personalidades narcísicas, descritas por Didier Anzieu). Massud Khan chama de técnica de intimidade essa fusão essen-cialmente corporal com o objeto para compensar a insuficiência de cuidados maternos e uma falha na transicionali-dade. As meninas têm para B o valor de um objeto transicional, quando então podem ser manipuladas, submetidas, descartadas ou tratadas com ternura, antes que haja tempo de o objeto fortalecer sua alteridade: daí sua escolha inconsciente por crianças. Afetos como os de angústia, vergonha, inferioridade e culpa pelas atuações aparecem, esporadicamente, com o avanço da análise.

Para Stoller, a perversão é uma "forma erótica do ódio"2. A hostilidade como vingança ao objeto. A hostilidade e a angústia advindas da história do sujeito e sua dinâmica familiar se encarregariam do comportamento pervertido. A realidade do trauma infantil (passivo), o perverso tenta transformar em triunfo adulto pelo ato (ativo).

"A perversão, assim é a revivescência de um trauma sexual - e não de um outro tipo qualquer - ocorrido quer sobre a área sexual (anatômica), quer sobre a identidade de gênero3" (grifos do autor).

No caso de B, os traumas ou violências não ficavam restritos às áreas genitais ou identidade de gênero. Os espancamentos e o abandono eram vividos em submissão. Assim, a formação de sua pedofilia ultrapassa o trauma como concebido por Stoller e se estende aos domínios da vingança cindida a todas as figuras de autoridade. Haveria uma vingança maior, usando a roupagem erótica, contra seus pais e a sociedade adulta que profanar o corpo e a alma de crianças? O ódio de B em relação à sua irmã, que passou a não aceitar mais suas imposições sexuais, parece ser imenso, porém longe de ser consciente. Ela foi "tábua de salvação" para sua imensa solidão infantil.

Há uma precariedade de limites psíquicos intra e inter-relacionais. Um sujeito na posição de extremo desamparo, "cria um existir mimético disposto a tomar a forma de quem o contenha"4. Assim B, camaleonicamente, se moldava às figuras de autoridade, revestidas de um rigor cego e mortífero, e depois tentava se fundir à irmã/meninas: "Não sobrevivo sem ela, é uma extensão de mim, até minha linguagem e jeito se tornam de criança, assim me sinto vivo de novo, leve como uma criança". B somente se sentia vivo se estivesse na pele de uma menina.

Não estaria, neste ponto, encenando sua identificação feminina primária? Para Stoller, a posição identificatória com a mãe é fundamental em ambos os sexos. A ressignificação, a posteriori, no Édipo dessa sexualidade sofrerá efeitos de recalcamento.

O pai de B, por encarnar a lei, funcionou mais como elemento traumático, não desfazendo a simbiose mãe-filho. Por sua vez, a mãe real de B - na sua função paterna - entrou em alguns momentos como outro algoz, levando a criança a se refugiar na simbiose irmão-irmã. Nas simbioses, os elementos que compõem a díade especular são intercambiáveis, e ora B ocupa um lugar (ele quando menino), ora ocupa o outro (como menina). No lugar de menina, entram em cena as fantasias de uma feminilidade arcaica: B se deixa invadir e ser destruído por adultos sádicos, como foram seus pais.

Por outro viés, na infância observava o autoritarismo de seu pai em relação à sua mãe. Por muito tempo B foi o único filho homem dessa mãe, e o d esejo inconsciente materno de que esse filho fosse o seu parceiro, no lugar do marido, provavelmente auxiliou na negação da diferença entre as gerações. Para Janine Smirgel, "se o pênis do menino é qualitativamente superior ao do pai, ... então a diferença entre a criança e o adulto também se desfaz"5. A mesma autora aprofunda essa destruição de uma realidade feita de diferenças, dizendo que para isto é necessário o perverso dessacralizar os objetos.

 

A questão da perversão articulada com a neurose traumática para o avanço do estudo clínico

Como diz Uchitel, "nas origens do psíquico, antes de qualquer organização ou defesa, encontra-se o trauma. A qualidade, a intensidade, o momento da estruturação psíquica em que ele ocorre determinam a gravidade e as conseqüências. Todo arranjo psíquico é uma resposta contra o impacto do trauma. A severidade com que um conteúdo se expulsa ou simplesmente não se integra vai do recalcamento à forclusão"6.

Ferenczi estende a noção de trauma para além do sexual e engloba em construção o castigo físico e a hipocrisia dos adultos sobre uma criança. O impacto de uma violência física seria irrepresentável, deixando um buraco, uma carência de simbólico, no qual o ego, para se defender, cinde-se em partes antagônicas e incomunicáveis, como inocente e como culpado. Essa culpa à custa de uma outra defesa, que é a identificação com o agressor, visaria manter o adulto do qual ele depende com uma boa imagem dentro de si. Assim, esses mecanismos seriam tentativas de negar esse corpo estranho não metabolizado pelo princípio do prazer, representação, conflito entre tópicas, recalque, sintoma neurótico.

A identificação com o agressor permite, a posteriori, que o sujeito - ao atuar - saia dessa condição dolorosa e passiva e vingue-se de quem o traumatizou. Porém, apesar da tentativa de ligálo e dominá-lo, não há elaboração e a compulsão precisa se repetir indefinidamente, via sonhos traumáticos ou atuações. No caso de B, atuações pedofílicas.

Sua mãe sempre lhe dizia, como um desmentido ferencziano em relação aos maus-tratos: "Um dia você vai chorar não pelas surras e correadas que levou, mas pelas que acertaram no chão". Das relações traumáticas com as figuras de autoridade na infância vieram relações submissas e fortalecedoras dos traumatismos e cisões, na vida adulta. Um longo e doloroso percurso foi feito por seu psiquismo até que B chegasse às atuações pedofílicas. A solidão, a falta de estima, de amigos, sua rigidez afetiva foram, sem dúvida, os desencadeantes. Porém, somente uma estruturação psíquica peculiar o encaminharia, inconscientemente, para as situações acima descritas.

Para Ferenczi, um psiquismo traumatizado fica composto apenas de id e superego, "deixando fora de combate o ego e sua função de síntese. Ora uma presença mais dominante do id, em que apareceriam manifestações com traços mais perversos, ora a dominância superegóica, com manifestações mais próximas dos obsessivos e melancólicos. Esse ego debilitado, falido em alguma de suas funções (como a integração, a expressão dos afetos, a rigidez nas defesas), com as insistentes passagens ao ato e com um funcionamento hábil e lúcido para outras funções, como o pensamento lógico, seria incapaz de enfrentar o Édipo com as mesmas defesas que o sujeito neurótico comum"7. Essa situação favoreceria a negação da existência de papéis distintos na triangulação edípica.

Portanto, dizer que o mecanismo básico nas perversões é a recusa diante da castração e a conseqüente clivagem (spaltung) seria apontar, no caso de B, para as conseqüências de um ego que chegou ao Édipo debilitado, sem levar em conta a desestruturação traumática pela qual esse mesmo ego passou e que no Édipo precisou se confrontar com ela.

No caso de B, a diferença sexual parece ter sido simbolizada e recalcada, porém a diferença de gerações recusada e clivada. No caso dos pedófilos de escolha exclusivamente heterossexual, os mesmos mecanismos podem ser considerados, e nos casos de pedofilia homossexual, o mecanismo de defesa da recusa ante a angústia de castração da diferença sexual seria acrescentado, além de outros mecanismos inerentes à escolha homossexual, como o desejo inconsciente dos pais, as identificações e a escolha de objeto. Em relação a outros tipos de perversão, os traumas reais debilitadores do ego devem ser levados em conta, mas outros mecanismos devem ser considerados. Novos casos precisam confirmar essas conjecturas: "Freud fala da neurose traumática, mas deixa em aberto se outras patologias sobrevêm por efeito do trauma, como psicose ou perversão traumática"8.

 

4. Manejo transferencial

Até o momento, meu trabalho como analista foi acolher a história de B, numa tentativa primeira de ganhar sua confiança e estabelecer uma relação na qual não repita ou reforce seus traumatismos e suas atuações. Assim consegui num primeiro tempo, quase a saca-rolhas, que ele dissecasse suas atuações ligadas à parte egóica, que chamarei de ego-id, partilhando-as com um outro, o analista. Ao mesmo tempo, seu ego-superego se manifestava na submissão, que percebi na transferência, e ao me falar da sua obediência cega às autoridades. Nesse momento, o ego disponível a uma análise padrão era praticamente inexistente. É como se sobrasse pouco ego e recalque para tal. A partir do ponto em que estavam descortinadas as duas partes totalmente cindidas, começo a trabalhar com B como estas duas facetas se articulam. B começou a perceber que quando uma parte crescia demais a outra sentia-se esmagada e dava sinais de vida e invadia seu ego. Assim, após períodos de grande submissão, os sintomas pedofílicos entravam em cena com toda a sua fúria. O "santo" e o "diabo" se nutriam, sem saber que um era o alimento do outro.

Alicerçado neste solo egóico mínimo, tentarei, neste segundo momento, ampliar seu ego, através das construções em análise e manejo da transferência, que em casos como este opera em grande parte pela via da identificação e contra-identificação projetivas e não pela via comum da transferência e contratransferência.

Uchitel cita: "Para Freud, a compulsão à repetição, presente no trauma, segue o movimento da pulsão de morte, do não-prazeroso, do não-sexual"9. Há análises que se localizam na ordem da repetição tranferencial devido ao recalque que impede a rememoração, enquanto outras se dão principalmente pela compulsão à repetição, pois não há um deslocamento do recalcado ao outro, mas projeções de partes não recalcadas, porém cindidas, na figura do analista: "Este sente e diz o que esta parte do sujeito sente e pensa, mas não pode dizê-lo. Não há evocação, mas encenação. O trauma não se representa, mas se apresenta"10, na alma-carne do analista.

Os traumas como os de B, apesar de terem causado marcas no psiquismo, não receberam operação de sentido, "visto não se encontrarem inseridos no espaço mental de circulação de significados e assim não estarem inseridos em um código de linguagem"11.

No caso de B, penso que ao se apaixonar por A e C, criando um vínculo assimétrico, abusivo e sem crítica, as tentativas de uma ligação dos aspectos traumáticos já se encenavam. O sintoma pedofílico não deixa de ser, por este ângulo, uma tentativa de ligar e inscrever o excesso de energia pulsional advindo dos traumatismos infantis. Porém, como o ego está atomizado, fraturado, estabelece ligações altamente deletérias com o objeto, alvo não de trocas ou deslocamentos, mas de identificação projetiva.

As perversões, nesse sentido, seriam um dramático arranjo com o outro no sentido de uma tentativa de o sujeito dominar a compulsão à repetição, uma busca de ligação e ordenação no universo representacional. Do obstáculo quase que total à emergência da palavra, B engendra atuações perversas que, ao serem colocadas em cena, tentam ser inscritas e, assim, ditas.

Cabe a mim, como analista de B, ser o alvo projetivo, no lugar das crianças, dessas partes cindidas, quase mortas, embora ruidosas12, para operacionalizar essas marcas não inscritas, anteriores à atuação pedofílica, isentas de uma simbolização primária. Ajudar B a descongelar sentimentos que acarretariam ainda muito mais angústia, ligando-os ao princípio do prazerdesprazer, inscrevendo, criando, representando as lacunas sobre sua traumática infância.

Obs: O tratamento desse paciente teve início em outubro de 2002 e se estende até os dias de hoje, março de 2004, duas vezes por semana. Durante um ano, ele tinha sessões cinco vezes por semana. B nunca falta às sessões e parece não atuar, porém só continua o tratamento porque sua mãe e eu o incentivamos a prosseguir. Pensa não precisar mais dele, pois já conseguiria sozinho "renunciar a sua tendência".

 

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1 CALLIGARIS, C. A fantasia do pedófilo. Folha de S. Paulo, 25-04-2002.
2 FERRAZ, F.C. Perversão. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2000, p. 57.
3 idem, p. 59.
4 UCHITEL, M. Neurose traumática. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2001, p. 133.
5 FERRAZ, F.C. idem, p. 78.
6 UCHITEL, M. Neurose traumática. São Paulo, Casa do Psicólogo, 2001, p. 74.
7 UCHITEL, M. idem, p. 83 e 135.
8 UCHITEL, M. idem, p. 116.
9 UCHITEL, M. Ibid.
10 Ibid. p. 148
11 BIRMAN, J. Freud e a interpretação psicanalítica. Rio de Janeiro: Relume-Dumará, 1991, p. 235.
12 Conferir Bollas in: Perversão. São Paulo. Casa do Psicólogo, p. 107.

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