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versão impressa ISSN 0102-7395
Reverso vol.42 no.80 Belo Horizonte jul./dez. 2020
PSICANÁLISE EM TEMPOS DE PANDEMIA
Análise à distância: reflexões sobre alguns (im)passes do analista
Distance analysis: considerations on some (impossibilities for the analyst
Guilherme Freitas HendersonI; Janaina Costa Barros da SilvaII; Ricardo Prado de Souza CoeIII
IPsicanalista. Professor adjunto do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB-DF). Mestre e doutorando em Psicologia Clínica e Cultura (UnB-DF). Membro da Associação Lacaniana de Brasília. E-mail: guilherme.henderson@ceub.edu.br
IIEspecialista em Teoria Psicanalítica (UniCEUB) Aluna do 9.º semestre de graduação do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB-DF). E-mail: janaina.costa@sempreceub.com
IIIAluno do 9.º semestre de graduação do curso de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (UniCEUB-DF). E-mail: ricardo.coe@sempreceub.com
RESUMO
Nosso objetivo é discutir os desafios da clínica psicanalítica à distância, buscando compreender seus limites e possibilidades de (re)invenção para o analista. A psicanálise não se alia aos dispositivos virtuais como forma de adaptar o tratamento analítico à uniformização dos ideais sociais. O uso das tecnologias não deve servir simplesmente para responder às demandas de cuidado de nossa atualidade, mantendo os sujeitos dependentes de um amparo exterior. Deve permitir a operação do desejo do analista, único motor que pode encaminhar as análises online ao horizonte off-line que lhes concerne.
Palavras-chave: Pandemia, Análise à distância, Setting.
ABSTRACT
Our objective is to discuss the challenges of psychoanalytic clinic at a distance, trying to understand its limits and possibilities of (re) invention for the analyst. Psychoanalysis does not ally with virtual devices as a way to adapt analytical treatment to the standardization of social ideals. The use of technologies should not only serve to respond to the demands of care of our times, keeping the subjects dependent on outside protection. It must allow the operation of the analyst's desire, the only engine that can send online analyzes to the horizon offline that concerns them.
Keywords: Pandemic, Remote analysis, Setting.
Diante da declaração da Organização Mundial de Saúde (OMS), em março de 2020, sobre a pandemia de Covid-19, doença causada pelo novo coronavírus, uma questão bastante controversa para a psicanálise, o atendimento psicanalítico à distância, tornou-se um instrumento essencial para lidar com as transformações do cenário atual e possibilitar a atuação dos profissionais nesse período.
Com a regulamentação das medidas para enfrentamento do coronavírus, que trouxe como consequência o distanciamento social (Brasil, 2020), os serviços psicológicos e psicanalíticos passaram a ser prestados obrigatoriamente à distância. Em decorrência do cenário atual e das mudanças que virão, tornam-se fundamentais a investigação e a produção acadêmica sobre essa modalidade de atendimento.
Embora a análise por telefone já venha sendo considerada uma prática standard há algum tempo (Pires, 2015; Fink, 2017; Aryan et al., 2015), acontecia em sua maior parte de forma pontual, no caso de viagens, afastamentos provisórios ou pela falta de outros psicanalistas na região de residência do paciente. Com o advento de novas tecnologias da comunicação e a possibilidade de realizar sessões com recurso de vídeo online, a modalidade à distância sofre uma nova resistência. Parte das críticas se referem a reservas quanto à instauração da transferência sem a presença física do analista; outras levantam receios quanto a um modismo ou um caráter adaptativo desse método opondo-se à essência do trabalho analítico.
No entanto, é preciso lembrar que historicamente a psicanálise se posicionou como movimento de resistência à massificação e à adequação social sem se reservar de forma conservadora. E agora está sendo convocada a se posicionar mediante as transformações da vida e do novo cotidiano para operar com alguma eficácia (Barbosa et al., 2013).
Assim, parece-nos pertinente levantar as seguintes questões:
Quais são os impasses da clínica psicanalítica à distância?
Como se configuram suas especificidades no contexto da pandemia e do distanciamento social?
Erik Porge chama a atenção dos analistas nesse período para aquilo que se anuncia no artigo Nos confins do confinamento, o sujeito (2020). Na clínica em tempos de confinamento, é possível que a divisão do sujeito decline e seja denegada segundo algumas modalidades: a presença de uma adequação ao senso comum, na qual os analisandos passam a se desimplicar do espaço analítico e utilizá-lo como um lugar para depositar suas dúvidas sobre as circunstâncias pandêmicas.
É possível observar ainda um efeito de censura, vergonha em falar das contradições singulares vivenciadas nesse período, de seu gozo íntimo no horror e na dor. Os efeitos desse silenciamento é um recrudescimento das experiências de angústia, afetos depressivos e passagens ao ato (Porge, 2020).
Outro silenciamento diz respeito à resistência na mudança de dispositivo, quando os pontos de referência aos quais estavam habituados os analistas são deslocados e esmaecem frente ao novo cenário (Mattuella, 2020), gerando um possível impedimento que merece ser interpretado através da máxima lacaniana "[...] as resistências são sempre resistências do analista" (Rosa, 2010), e seu dever ético é enfrentá-las.
O objetivo deste artigo é discutir os desafios da clínica psicanalítica à distância, buscando compreender se as diferenças desse dispositivo se configuram em limites ou possibilidades de criação para o analista.
Nesse sentido, o trabalho se estruturou a partir dos seguintes temas específicos: (a) discutir as críticas ao que se convencionou chamar setting analítico; (b) questionar a configuração da interpretação da "linguagem corporal" na clínica psicanalítica; (c) evidenciar a importância de situar as posições do sujeito diante das falhas da comunicação.
O setting analítico mais além do conforto do consultório
Uma psicanálise acontece entre analista e analisando, e decorre de aspectos singulares dessa relação para que o analisando consiga simbolizar seus processos subjetivos inconscientes dentro de um setting terapêutico.
Antes da pandemia a virtualização da vida cotidiana já havia alcançado o consultório e invadido as sessões de análise, seja com os dispositivos móveis que eram inseridos pelos pacientes, seja pelas demandas por e-mails, mensagens instantâneas ou solicitações de amizade em redes sociais. O fato é que o setting psicanalítico já se encontrava em parte virtualizado (Barbosa et al, 2013).
As condições relacionadas ao manejo do setting e ao contrato terapêutico, que deveriam ser estabelecidas para que ocorresse a neurose transferencial, foram sugeridas primeiramente por Freud ([1913] 1996) em seus Artigos sobre técnica.
Os psicanalistas pós-freudianos, como critica Lacan ([1953-1954] 1986), levaram suas recomendações como dogmas e estabeleceram o que ficou conhecido como o enquadre psicanalítico clássico ou setting, baseando-se nas várias indicações de Freud entre horário, honorário, duração de sessão, utilização do divã, entre outras. No entanto, Freud ressalta em seus textos que essas eram recomendações que ele fazia a partir de seus achados clínicos e que não deveriam servir para engessar o tratamento, mas para dar lugar a limites que autorizem o analisando e possibilitem a realização da associação livre (Landi; Chatelard, 2015).
Logo, se o setting está a serviço de fazer com que o sujeito consiga falar e associar para sustentar seu desejo, é preciso que esse enquadre seja pensado caso a caso, a partir das singularidades do sujeito que demanda análise, pois um enquadre rígido está a serviço da normatização e da adequação. As mudanças no setting, decorrentes da análise à distância e do encontro com o real da pandemia, convocam os analistas a um ato criativo, que produz vias de continuidade do trabalho analítico (Landi; Chatelard, 2015). O encontro com esse acontecimento disruptivo da pandemia convoca os analistas a ter que olhar para os seus próprios preconceitos, seus medos, suas inibições e outras dificuldades para que possam sustentar o seu desejo de que haja análise.
Para Dunker (2017), os acontecimentos que antecipam o início da sessão analítica, que inclui o deslocamento, a espera, a tensão do ambiente e outros detalhes, embora muitas vezes não recebam a importância devida, podem ser bastante reveladores, pois é um momento em que muitos elementos inconscientes se estruturam, inclusive em termos lógicos.
Nesse sentido, uma vinheta clínica nos auxiliará a ilustrar essa questão. Uma analisanda relata que, no horário marcado para a primeira análise online, ela estava ansiosa e perdida, pois, apesar de estar disponível para o começo da sessão, não sabia como avisar à analista que havia "chegado" uma vez que a campainha da sala de espera não estava mais ali.
Em vez de se sentir em um ambiente aconchegante e íntimo (Nóbrega, 2015, p. 147), ela se depara com uma sensação de estranhamento, constrangimento, "como se fosse a primeira vez que estivesse entrando em um ambiente analítico".
Esta última frase parece nos indicar o sentido da verdade que pode estar em jogo na reinvenção da psicanálise nesses novos contextos. Quando a analisanda conclui com essa metáfora encantadora "como se fosse a primeira vez que estivesse entrando em um ambiente analítico" ela faz a própria crítica do standard que se tornou o setting analítico.
O ambiente da análise, em nome do "aconchego e do conforto" inseriu uma política de amparo e de care, que exclui aquilo que lhe é indispensável: que o sujeito possa entrar em contato e atravessar esse "sentimento de estranhamento", sua angústia diante do desamparo (Safatle, 2019). Como se a analisanda, nessa situação, realizasse: eis esse sentimento de estranha familiaridade que ao mesmo tempo que me desconcerta, me é indispensável para que eu possa (re)entrar em análise.
A análise à distância, em um primeiro momento, pode parecer um ambiente que prejudica o trabalho analítico, ora por inserir ali uma ansiedade onde não havia, como na vinheta acima, ora por facilitar demais o encontro com o analista, ao prescindir de todo o 'custo' do trabalho de deslocamento espacial.
No entanto, os acontecimentos que antecederam o início da sessão na vinheta acima não nos aponta que a ansiedade vivenciada já não faz parte do trabalho? Semelhante àquela da preparação do analisando ao ir ao consultório do psicanalista?
A nosso ver, a questão da preparação não é sobre inserir barreiras reais, dificuldades de acesso, para que assim o analisando possa se implicar no trabalho analítico. O engajamento a esse trabalho é reflexo do desejo do analista em sustentar a análise independentemente de onde esse encontro ocorra. A ansiedade vivenciada seja minutos antes de estar online, seja ao vivo, é aquela diante do desejo do analista.
Devemos estar atentos, no entanto, para outro motivo fundamental que pode fomentar alguns níveis de angústia: quando a possibilidade do sigilo estiver em questão. Diante do momento em que vivemos, no qual a instrução é que todos permaneçam recolhidos em casa, há o inconveniente de não se estar sozinho em casa. É desconfortável imaginar que alguém possa ouvir a conversa com a analista, assim como é desagradável supor que do outro lado da linha mais alguém possa escutar.
Assim, os primeiros minutos das sessões devem ser usados, tal como a verdade da analisanda na vinheta clínica aponta, para retomar os primeiros compromissos de uma psicanálise, como se estivéssemos diante de uma primeira sessão, esclarecendo a importância do sigilo, de construir um espaço em que se possa ser espontâneo, para que se exponha sem restrição tudo aquilo que venha à cabeça.
Eis aqui o maior entrave dos atendimentos online de nossos tempos, além da resistência dos analistas em atender nesse dispositivo, é claro: conquistar um ambiente sigiloso para que se possa dar continuidade à análise.
A interpretação da linguagem corporal: o corpo não fala por si mesmo
Superado esse primeiro momento, transcorrendo a análise normalmente, poderíamos nos deparar com outro impasse: sem a presença do analista para captar através dos seus órgãos de sentido a "linguagem corporal" do analisando, como seria interpretado "o balançar das pernas", "o esfregar das mãos", "a cabeça virada constantemente para a porta"?
Nada disso poderia ser interpretado?
Como o analista terá acesso, nos atendimentos à distância, às expressões corporais que podem contribuir para compreender o "estado" do paciente?
Podemos prever que os analistas que privilegiam essa dimensão da interpretação pela linguagem corporal certamente se frustrarão nessa nova modalidade.
Nesse sentido, é importante pensar na colocação de Fink (2017) que aponta para a importância de perguntar ao paciente o que os seus gestos poderiam significar, uma vez que a linguagem do corpo não diz nada por si só.
A capacidade de observar as expressões corporais é importante na medida em que as observações sejam trazidas na fala, pois só assim produzirão algum efeito terapêutico (Fink, 2017).
Um fator positivo da ausência do contato visual (que o dispositivo do divã conserva) é a impossibilidade do analista de tirar conclusões precipitadas acerca da linguagem corporal do paciente. Isto é, aquilo que se configuraria impasse para o analista pode se tornar uma boa oportunidade de dar um passo (ou retomá-lo) na análise que empreende: a queda do privilégio do olhar e a abertura da escuta.
Fink (2017) atenta para os cuidados especiais que se deve ter na análise por telefone, sobretudo em relação à atenção flutuante e à interpretação. O autor ressalta que o analista deve sempre estar atento às nuances da comunicação, como uma mudança de respiração, sons inabituais, suspiros e bocejos ou tons diferentes na expressão do analisando, e não acreditar que sabe o que é. É preciso que o analista confirme o que ouviu, ou pensa que ouviu, pois um comentário que poderia ser interpretado como sarcástico através da expressão facial ou da gesticulação do paciente pode se perder na comunicação por telefone.
Da mesma forma, o analista deve tomar precauções ao estabelecer esse novo tipo de contrato, especificando que a comunicação, por sua parte, não será interrompida de forma abrupta, além de ter muita cautela com seu tom de voz, sua presença e sua ausência nas horas de se fazer presente na chamada.
Sendo assim, Fink (2017) conclui que, embora a questão do olhar seja um ponto relevante, especialmente para alguns analisandos, tudo que ficaria de fora dessa relação acaba por retornar e se manifestar de outra forma possível na relação com o analista.
Nas falhas da comunicação à distância: a resistência do analista
Dos possíveis impasses do atendimento online, outro ponto que devemos destacar, e que não está sob controle do analista ou do analisando, é a questão da tecnologia em si: o funcionamento da internet ou da linha telefônica.
Para Fink (2017), o não funcionamento do telefone, por exemplo, pode significar, assim como ocorre no atendimento presencial, o surgimento da resistência. Contudo, o trabalho sobre como o sujeito enfrenta as contingências da vida, seu encontro com as falhas da comunicação, fazem parte do trabalho analítico.
Nesse sentido, a resistência, mesmo diante dos ruídos da comunicação, deve sempre ser colocada em perspectiva, se ela não está novamente, como nos alerta Lacan, do lado do analista. Outra vinheta clínica nos ajudará a discutir esse aspecto.
Em um determinado momento, a analisanda está escutando a analista, que lhe fala algo, porém a ligação falha justamente em uma palavra específica, no exato instante em que a analista fazia uma interpretação sobre uma escolha muito importante que a analisanda pretendia fazer.
A analisanda, então, ignora e continua ouvindo, fazendo "ouvido de paisagem" (em analogia com a expressão "fazendo cara de paisagem"), e a análise segue. No entanto, ao término da sessão, curiosamente, a analisanda se dá conta do quanto "aquela palavra fazia toda a diferença" naquela intervenção.
Podemos pensar que a "falha na ligação" foi apenas um obstáculo que se impôs no desenrolar da análise, uma espécie de acréscimo da resistência ocasionado pelos problemas tecnológicos.
Contudo, onde está verdadeiramente a resistência na vinheta acima?
Está na empresa telefônica?
Na posição da analisanda em fazer "ouvido de paisagem" frente à falha do telefone?
Ou está, como no princípio, do lado da própria analista?
Ao nos atentarmos, no instante da falha a analista fazia "uma interpretação sobre uma escolha muito importante que a analisanda pretendia fazer".
Diante disso, podemos tomar o "ouvido para não ouvir" da analisanda como uma resposta frente à suposta interpretação, um acting out em seu processo analítico, transmitindo através dele a possível mensagem "cabe ao analista interpretar essa minha escolha?
Onde fica então a minha liberdade de escolher?
Pois lhe mostro... escolho não te escutar".
E de fato se analisanda conclui que "aquela palavra [que não escutou da analista] fazia toda a diferença naquela intervenção", é porque sente nessa ausência uma certa presença, que apenas o seu saber inconsciente é capaz de fazer ouvir. Nesse caso, cabe ao analista permitir o deciframento ou se silenciar.
Conclusão
A imposição do distanciamento social devido à pandemia do Covid-19 destacou o atendimento à distância e fez urgente sua fundamentação teórica e prática com pesquisas e publicações acadêmicas acerca do tema. Ainda que esteja longe de ser exaurido, ou de haver um consenso, não é mais passível que essa prática seja ignorada pelos psicanalistas.
Se antes muitos não o haviam utilizado, atualmente é seguro dizer que esse novo dispositivo é uma ferramenta necessária para compreender as novas formas de ser e estar no mundo.
Tendo em vista as mudanças que tornaram pauta a análise remota e que convocam a psicanálise a se posicionar, concordamos com Figueiredo (2007 apud Barbosa et al., 2013, p. 60) sobre a importância de tal posicionamento:
Não se pratica psicanálise no vácuo cultural e histórico e muito menos contra as forças da história. A psicanálise não é uma seita e, menos ainda, uma seita conservadora e reformista. É preciso apoiar-se nos fenômenos e processos da vida - da vida cotidiana - para operar com alguma eficácia.
Sendo assim, a análise à distância, como avanço tecnológico, nos permite mudanças no enquadre clássico e deve ser considerada um instrumento de possibilidades do alcance do desejo do analista, desejo que busca não simplesmente fornecer uma escuta "terapêutica" que conforte e apazigue os sujeitos que vivenciam as dificuldades do período de distanciamento social, e sim manter a continuidade da análise com sua potência disruptiva, com seus sentimentos de estranheza, seus movimentos de atravessamento de angústia e encontro com o desamparo.
A psicanálise não se alia aos dispositivos virtuais como forma de adaptação do tratamento analítico à uniformização dos ideais sociais. Não faz concessão à massificação da virtualização da vida cotidiana ou dos sentimentos de onipotência do analista e do analisando (Pires, 2015; Barbosa et al, 2013).
É preciso que, diante das novas formas de subjetivação, em que os sintomas se produzem a partir das antinomias dos ideais sociais, que a análise por telefone seja uma estratégia terapêutica que não apenas responde às demandas de cuidado de nossa atualidade, que muitas vezes mantém os sujeitos dependentes de um amparo exterior, mas também que através da escuta o analista possa encaminhar suas análises online ao horizonte off-line que lhes concerne.φ
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Recebido em: 01/06/2020
Aprovado em: 18/09/2020