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PsicoUSF
versão impressa ISSN 1413-8271
PsicoUSF v.14 n.1 Itatiba abr. 2009
EDITORIAL
Neste ano a revista Psico-USF aumenta sua periodicidade, passando de semestral para quadrimestral, o que permitirá atender melhor à demanda de publicação que nos tem chegado. Com o processo de indexação à Scielo em andamento, também estamos nos preparando para um fluxo maior de trabalhos editados, o que beneficiará os autores e a divulgação da produção em Psicologia de um modo geral.
Este primeiro número de 2009 traz 11 artigos de colegas brasileiros e estrangeiros. Os primeiros tratam de questões implicados na escolarização. O primeiro, de Katerina Lukasova, Anna Carolina Cassiano Barbosa e Elizeu Coutinho Macedo, apresenta uma investigação sobre a discriminação fonológica entre crianças com dislexia e bons leitores, que demonstrou pior desempenho em crianças disléxicas.
O segundo trabalho é de Márcia da Mota, Daniela Cristina Belchior Mota, Junia Cota, Stella Mansur, Simone Lima, Átila Calzavara, Natália Cunha e Eliane Banhato, e demonstra o quanto, no contexto de escolarização, o ambiente cultural influencia o desenvolvimento da consciência sintática. No terceiro estudo, os autores Cristiano Mauro Assis Gomes e Oto Neri Borges analisam as propriedades psicométricas de um conjunto de testes de habilidade visuoespacial em alunos do ensino médio.
No quarto artigo, Nancy Noemi Terroni, da Universidade de Mar del Plata apresentam os resultados de um estudo no qual compara comunicação e assertividade nas interações de alunos universitários em situação presencial e por computador, discutindo as diferenças encontradas em relação ao uso dos meios eletrônicos. O quinto estudo foi realizado por Thaís Santiago Barros, Ana Raquel Rosas Torres e Cícero Pereira, também no contexto de estudantes universitários, com o intuito de verificar as relações entre o autoritarismo e a adesão a sistemas de valores, e propiciou uma importante discussão, numa perspectiva psicossocial, sobre os valores contextuais e suas relações com a adesão ao autoritarismo ou à democracia.
Em "O direito de brincar", as autoras Indira Caldas Cunha de Oliveira e Rosângela Francischini apresentam os resultados de sua investigação em uma comunidade que utiliza o trabalho infantil, problematizando as consequências na restrição da atividade de brincar das crianças.
O trabalho de Adriana da Matta, Lisiane Bizarro e Caroline Tozzi Reppold constitui uma investigação que buscou verificar as correlações entre crenças irracionais, ajustamento emocional e satisfação de vida, concluindo que as crenças irracionais se correlacionam positivamente com vulnerabilidae e ansiedade e negativamente com satisfação de vida.
O oitavo artigo foi elaborado por Maria Cristina Rodrigues Azevedo Joly, Anelise Silva Dias e Janete Aparecida da Silva Marini tendo como objetivo discutir os resultados de uma escala de agressividade na família e na escola, aplicada em alunos do ensino fundamental. Marucia Patta Bardagi e Cláudio Simon Hutz realizaram entrevistas com alunos universitários evadidos para verificar as razões do abandono do curso de graduação e concluíram que, dentre as razões mais frequentes, encontram-se a fragilidade das escolhas iniciais, pouca atividade exploratória e expectativas irreais quanto à carreira, argumentando sobre a necessidade de serviços de apoio aos estudantes nos cursos de graduação.
Os autores Elaine Custódio Rodrigues e João Carlos Alchieri investigaram a manifestação da afetividade em indivíduos com síndrome de Down e as reações de pais e educadores diante das mesmas. Finalizando esse número, encontra-se o trabalho de Antonio Teulberto Mesquita Aragão, Elizabete Milagres e Neliana Buzi Figlie, que mediu a qualidade de vida e desesperança em mulheres que convivem com dependentes químicos e constataram que o grupo que apresentou piores resultados necessita de maiores cuidados, principalmente quando se verifica a associação com transtornos psiquiátricos importantes.
Anna Elisa de Villemor-Amaral, Editora
Abril de 2009