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Estilos da Clinica
versão impressa ISSN 1415-7128versão On-line ISSN 1981-1624
Estilos clin. v.11 n.20 São Paulo jun. 2006
ARTIGO
Inibição intelectual: manejos clínicos
Intellectual inhibition: clinical handlingson
Inhibición intelectual: manejos clínicos
Monica de Barros Cunha NezanI
Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida
RESUMO
O trabalho discute o conceito de inibição intelectual para a Psicanálise, articulando-o ao relato de um caso clínico. A discussão parte do conceito freudiano de inibição, o qual situa a problemática da inibição intelectual.
Palavras-chave: Inibição, Clínica psicanalítica, Investigação intelectual.
ABSTRACT
This work discusses the concept of intellectual inhibition for psychoanalysis, based on the presentation of a clinical case. It starts from the Freudian concept of inhibition to analyze the questions raised by intellectual inhibition.
Keywords: Inhibition, Psychoanalytical clinic, Intellectual investigation.
RESUMEN
Este trabajo discute el concepto de inhibición intelectual para el Psicoanálisis, articulándolo con un caso clínico. La discusión parte del concepto freudiano de inhibición, desde el cual se sitúa la problemática de la inhibición intelectual.
Palabras clave: Inhibición, Clínica psicoanalítica, Investigación intelectual.
O que é a inibição intelectual para a clínica psicanalítica? No Manuscrito A (1892), Freud escreveu a Fliess, situando a inibição como um modo de defesa do aparelho psíquico. Seguindo seu pensamento, a inibição é uma defesa essencial para que o sujeito possa livrar-se dos excessos de sexualidade que vão gerar desprazer.
O termo inibição vai servir a Freud para “nomear um mecanismo de parada, bloqueio ou freada, que interrompe o funcionamento normal no terreno do pensamento” (Santiago, 2000, p. 172). O termo adquire uma conotação inédita: a de um aspecto ativo no processo de inibição, que é o fato de que o próprio sujeito que sofre as conseqüências de uma inibição é ele mesmo agente da ação inibitória.
Em 1926, em seu texto “Inibição, sintoma e ansiedade”, Freud sustenta que podemos encontrar patologias em que há a presença de inibições, mas não de sintomas. A inibição teria uma relação especial com a função, chamando a nossa atenção para as várias funções do eu, como uma tentativa para descobrir as diferentes afecções neuróticas. Freud afirma claramente que a inibição é “expressão de uma restrição de uma função do eu” (1926, p. 109), ou seja, uma verdadeira renúncia à função. O eu, assim, renuncia às suas funções (sexual, nutrição, locomoção, inibição ao trabalho) como uma tentativa de evitar um conflito com o isso ou com o supereu.
Essas restrições das funções do eu são impostas como medida de precaução. Sendo assim, podemos entender a inibição como um processo que ocorre dentro do eu. Freud vai afirmar, em relação ao caso Hans: “que o seu inexplicável medo de sair às ruas consistia em um sintoma, enquanto que a incapacidade de sair à rua era uma inibição, uma restrição imposta pelo eu do menino, para não despertar a angústia” (1926, p. 123).
Quanto às inibições generalizadas do eu, Freud afirma: quando o ego se vê envolvido em uma tarefa psíquica particularmente difícil, como ocorre no luto, ou quando se verifica uma tremendo supressão de afeto, ou quando um fluxo contínuo de fantasias sexuais tem de ser mantido sob controle, ele perde uma quantidade tão grande de energia à sua disposição, que tem de reduzir o dispêndio da mesma em muitos pontos ao mesmo tempo. Ficou na posição de um especulador cujo dinheiro ficou retido em suas várias empresas (1926, p. 110).
Assim, as inibições restringem o eu, como resultado de medidas que foram impostas ou medidas de precaução, ou acarretadas por um empobrecimento de energia. Dessa forma, nesse momento da obra de Freud, a inibição vai estar acompanhada de uma nova concepção do sintoma. A inibição e o sintoma são considerados processos distintos, o que não impede que se possam pensar outras inibições como sintomas. O próprio Freud, em suas análises clínicas, relaciona certas inibições intelectuais a um modo de satisfação pulsional específica, que caracteriza a estrutura do sintoma.
A inibição pode ser definida como uma renúncia, ou seja, se o eu precisa encontrar resposta para o isso e para o supereu por medida de precaução, uma das possibilidades encontradas é renunciar. No exemplo dado em seu estudo a respeito de Fiodor Dostoievski, Freud (1925) analisa a forma como o artista relaciona seu trabalho de escritor a uma satisfação autopunitiva, ou seja, negando seu trabalho por sua própria culpabilidade; assim, sua inibição opera da seguinte maneira: o escritor só consegue trabalhar, produzir algo, como forma de apaziguar sua culpa, mas não pode gozar do produto final de seu trabalho. Inventando uma nova forma de direito ao trabalho, após perder todos seus bens no jogo de roleta, Dostoievski escreve “Humilhados e ofendidos”.
Enquanto a inibição define-se como uma renúncia, o sintoma é uma formação de compromisso entre as três instâncias: o eu – o isso – e o supereu. Um sintoma, diz Freud (1926, p. 112): é um sinal e um substituto de uma satisfação instintual que permaneceu em estado jacente; é uma conseqüência do processo de repressão (recalque). A repressão (recalque) se processa a partir do ego quando este – pode ser por ordem do superego – se recusa a associar-se com uma catexia instintual que foi provocada no id.
Freud diz também que a “inibição está relacionada à angústia” e, voltando ao caso do pequeno Hans e a seu medo “inexplicável” de sair à rua, ele acrescenta que a “inibição é uma limitação que o ego se impõe para não despertar a angústia”, ou seja, é um dispositivo do eu do sujeito frente a uma situação de perigo desconhecida. O que causa angústia é o perigo sinalizado pelo eu, que é produzido pela ameaça de uma perda que o levaria ao estado de desamparo; perigo da exigência pulsional em que está envolvido um conflito entre o isso e o supereu, uma vez que a satisfação seria ameaçadora para o eu.
A inibição, como lembra Cordié (1996, p. 150), “é um véu negro que se abate sobre o espírito no momento de passar à ação ou de responder a alguma pergunta embaraçosa”. É um fenômeno de suspensão que pode se manifestar de maneiras diversas, como a inibição da função alimentar (anorexia), da função motora (paralisia), da função sexual (determinadas impotências) e da função intelectual. Todas essas manifestações têm como causas evitar o conflito com o isso, a autopunição e a patologia do luto.
Cordié (1996, p. 151) assinala, ainda, que há na inibição um não em que o sujeito revela alguma coisa de sua verdade, “através de um não que é um não de recusa”. Se a inibição se produz como limitação, é uma limitação no ato, e o sujeito inibido é aquele que não pode realizar o ato. O ato não é uma ação, já que, segundo Cordié (1996), a ação está relacionada à vontade, enquanto o ato não; o ato está relacionado ao inconsciente.
De que forma, então, a inibição intelectual é abordada na obra freudiana? Em seu texto “Sobre as teorias sexuais das crianças”, Freud (1908) afirma que a pesquisa sexual faz com que a criança coloque a sua investigação a partir do desejo de saber sobre a sexualidade. As teorias sexuais das crianças serão construídas por elas próprias e depois abandonadas, esquecidas, recalcadas ou fixadas no inconsciente. Sobre esse desejo de saber, a criança vai se deparar com o primeiro e grande problema da vida e vai se colocar a questão: “De onde vêm os bebês?”
Tomando como base essa questão, Freud afirma: “quando a criança não foi demasiadamente intimidada, mais cedo ou mais tarde recorre ao método direto de exigir uma resposta dos pais ou dos que cuidam dela, que representam a seus olhos a fonte de todo o conhecimento; esse método, entretanto falha”. (Freud, 1908, p. 216)
Em 1910, em seu texto sobre Leonardo da Vinci, Freud indica um forte laço libidinal à mãe que pode fixar no inconsciente uma teoria sexual infantil. O mestre vienense vai ler em um dos escritos de Da Vinci o testemunho de uma crença infantil na existência do pênis materno, o que é entendido como a base da homossexualidade platônica do célebre artista.
Há três destinos para a investigação sobre a sexualidade. O primeiro é a inibição neurótica. O destino da sexualidade vai ser o mesmo da investigação, e o desejo de saber vai permanecer inibido, limitando a atividade da inteligência. Freud afirma que a curiosidade permanecerá inibida, a liberdade da atividade intelectual será limitada durante o decorrer da vida e a influência da educação vai inibir intensamente o pensamento.
O segundo destino é a compulsão ao saber. A atividade intelectual escapa ao recalcamento, mas permanece condenada a repetir o insucesso da investigação sexual. Qualquer pesquisa pode se perder em ruminações infinitas, acompanhadas do sentimento de que a solução buscada está cada vez mais distante. Freud (1908?) afirma que, após o fim das pesquisas sexuais infantis, as atividades sexuais de pesquisa emergem do inconsciente como atividade pesquisadora compulsiva, de forma distorcida e não-livre, sexualizando o pensamento e colorindo as operações intelectuais. A pesquisa tornar-se-á uma atividade sexual e a satisfação da sexualidade será substituída pela intelectualização e explicação das coisas.
O terceiro caso é a sublimação, em que a libido escapa ao recalque e surge como avidez de saber. Nesse caso, a pulsão sexual que escapou ao recalcamento desliga-se dos complexos originais da pesquisa sexual infantil e a pulsão fica a serviço do interesse intelectual.
Voltando a Leonardo da Vinci, Freud (1910, p.74) refere-se a sua “poderosa pulsão de pesquisa e a atrofia de sua vida sexual restrita ao que poderíamos chamar de homossexualismo ideal – sublimada”, que advém do fato de que, após sua curiosidade ativada na infância a serviço dos interesses sexuais, Leonardo vai sublimar grande parte da libido em desejo pela pesquisa. A busca do saber é, com Freud, marcada pelo recalque sexual. Na inibição, a proibição recai sobre a pesquisa intelectual. Na compulsão ao pensar, sobre o fim da atividade de pesquisa e na sublimação, sobre o objeto. O saber sexual, que foi objeto da investigação infantil, permanece proibido.
A inibição intelectual apresenta-se na história clínica de Tobias1, trazido pela mãe para a análise, com a queixa de que ele repetira várias vezes na escola. A mãe fala que ele sempre teve dificuldades escolares e que, já aos sete anos, começou com a repetência escolar. Tobias foi levado a uma psicóloga pela mãe em 2002, e com ela permaneceu por seis meses, aproximadamente. A queixa era recorrente; havia uma demanda da mãe de que a psicóloga o “ajudasse” no processo da escolarização. Segundo a fala da própria mãe, Tobias fora reprovado novamente (não fazia supletivo, ainda) no final do ano, e a psicóloga havia dito que “nada podia fazer por ele”.
A mãe é a esposa do segundo casamento do pai de Tobias, que faleceu quando ele tinha sete anos. É filho único desse casamento e suas repetições na escola começaram aos 7 anos, logo após a morte do pai. Teve que faltar muito à escola, porque precisou fazer companhia para a mãe. Segundo a fala da mãe, Tobias não chorou com a morte do pai. Ela só o viu chorar um ano depois, quando morreu seu cachorro.
Muitas dificuldades financeiras fizeram com que Tobias e a mãe, após a morte do pai, tivessem que sair do apartamento onde moravam e mudar-se para um lugar menor. Nesse apartamento de um só quarto, a mãe dorme no quarto e ele, na sala. Ele pediu, então, à mãe, que colocasse uma divisória na sala, o que ela demorou a fazer. Há pouco tempo, ela colocou essa divisória na sala onde ele dorme.
Tobias não sai de casa, não tem amigos, comprometendo seu laço com o outro. O pouco contato que eles têm é com uma tia paterna. A mãe também perdeu o contato com os outros depois da morte do marido. Eles só saem juntos; a mãe o leva ao cinema ou à casa de uma amiga que ela tem.
Nas sessões, Tobias “não tem nada a dizer”: não se importa com o fato de não ter mais contato com as “irmãs” paternas. Quanto ao tratamento, para ele “tanto faz” vir ou não. Quando se pergunta sobre seu pai – lembranças da época em que era vivo – também traz um “nada a dizer” (não se lembra). Também esse “nada” aparece no fazer, ou seja, “não faz nada”. Segundo a mãe, recebeu queixa da escola dizendo que ele falta e não avisa. Nas sessões, isso se repetiu também, falta sem avisar e reaparece do “nada”; quando se pergunta o que aconteceu, a resposta é um “nada a dizer”.
Tobias parece fracassar no ato. Não pode aprender. Não faz nada, não quer nada. Na inibição escolar, vê-se que o trabalho intelectual fica interrompido. Ele tem muita dificuldade em aprender matemática. O seu pai era contador, um homem que lidava com números, que sabia contar.
Segundo Ana Lydia Santiago (2000, p. 35), para o menino, portanto, para quem “ter o falo” é a resposta privilegiada ao fato fundamental da castração, a quantidade torna-se uma ferramenta preciosa para operar com as unidades, determinar conjunto de coisas, considerá-las equivalentes e susceptíveis de aumento ou diminuição. A quantidade serve de instrumento, no plano psíquico, para calcular o valor de cada objeto na sua dimensão fálica.
Tobias testemunha com a sua inibição a dificuldade para sustentar o falo, para lidar com a castração. Ele precisa posicionar-se como aquele que tem o falo, como ser sexuado masculino. Ana Lydia Santiago (2000) nos lembra que, para Lacan, o complexo de castração tem função de nó na estruturação dinâmica dos sintomas e na regulação que permite que se instale no sujeito uma posição inconsciente que lhe permita identificar-se ao tipo ideal de seu sexo. O ser sexuado masculino é aquele que tem o falo, e o ser feminino aquele a quem falta o falo. Assim, como no menino há o privilégio da significação fálica, eles aprendem com mais facilidade os números, e as meninas podem aprender primeiro as letras.
Para saber lidar com os números, é preciso saber contar até quatro, incluindo no trio edipiano o quarto elemento, que é o falo. Para Tobias, quem tem o falo é a mãe e não ele. Ele é o falo da mãe, que vive só para ele. O pai, ao morrer, leva consigo a possibilidade de fazer anteparo à falta da mãe, ao desejo materno, à bocarra escancarada do crocodilo que pode se fechar sobre o sujeito. A mãe de Tobias nada pode desejar, além dele, após a morte do marido, a não ser fazer par com o filho, em um apartamento de um quarto só, sem divisória. Ele precisa solicitar à mãe que construa uma divisória, entre ele e ela, pois essa proximidade com a mãe parece ser para ele muito ameaçadora.
Tobias tem que responder às questões fundamentais do sujeito, sobre a origem e a morte. O que eu sou para o desejo do Outro? De onde eu vim? Para onde eu vou? Ele se vê confrontado à morte do pai, que ele não pode chorar, talvez porque essa morte lhe dê um ganho: ter a mãe só para si. Juntos, mãe e filho “se satisfazem”, como se não precisassem de mais ninguém. Ele se vê frente a frente com o desejo avassalador da mãe (Outro materno), que o coloca como o objeto fálico que poderia fazê-la suportar a dor de tanta perda: do marido, dos bens, do bem.
Freud vai apontar a inibição como algo que se situa entre o eu e o supereu. No texto de 1916, denominado “Alguns tipos de caráter tais como se deduzem do trabalho psicanalítico”, aponta que algumas pessoas ganham com o fracasso. O fracasso do filho servindo para punir os pais, não respondendo aos ideais em relação à vida intelectual. Ele fica, então, entre a culpa que obtém como autopunição e o desespero dos seus pais.
Tobias, ao fracassar na escola, culpa-se por não aprender, faz um anteparo ao desejo ameaçador da mãe e pode puni-la, pois não responde ao seu ideal. Mantém a mãe junto a ele, preocupada com o seu fracasso e sem poder desejar nada além dele, já que a mãe não faz outra coisa a não ser ocupar-se dele, sair com ele, sofrer por ele.
Por outro lado, é difícil para ele saber sobre essas questões que dizem respeito ao desejo do Outro. Assim, ele produz uma inibição em relação ao saber. Pode-se então questionar: O que Tobias não pode saber? Freud, no “Esboço de Psicanálise” (1938, p. 220), vai dizer: a ignorância do
Édipo constitui representação legítima do estado inconsciente em que para os adultos, toda a experiência caiu, e a força coercitiva do oráculo se torna ou deveria tornar inocente o herói, é um reconhecimento da inevitabilidade do destino que condenou todo filho a passar pelo complexo de Édipo.
Para Lacan, citado por Arlete Garcia (1999), o ser humano, aquele que fala, tem olhos para não ver e não precisa cegar-se como o Édipo. O sujeito inibido é aquele que não pode saber sobre o desconhecimento, o não-saber original que marca a condição humana. O sujeito inibido faz um não-saber sobre o não-saber. Ele não quer saber nada disso.
Tobias, assim como Hamlet, fica inibido em seu ato. Em Hamlet, há um impasse com o desejo que leva o sujeito a interrogar-se sobre o que quer, ficando paralisado entre o saber e o ato. Hamlet nega, recusa a castração do Outro e produz a questão sobre o “to be or not to be”, que gira em torno da assunção da castração.
É com o desejo da mãe que Tobias se vê às voltas. Ele tem em seus ombros o peso da morte do pai e a ameaça da proximidade com a mãe. Há um pai morto, uma mãe ameaçadora, e Tobias tem de encontrar a sua própria vontade; o que, segundo Zelma Galesi (2003, p. 60), “é a coisa mais problemática, o de saber o que se deseja verdadeiramente, já que o desejo toma a forma de uma questão, de um “Che voui? O que quer você? Já que é como Outro que o sujeito deseja”.
Tobias tem que responder às questões da morte e do amor. José Eduardo M. de Barros (1999) faz ressoar a homofonia entre L’amour e le mur; em português, o amor e o muro. O muro seria o lugar da castração. Pode-se pensar que, com a sua inibição, Tobias quer construir, muito mais que uma divisória, um muro entre ele e a mãe.
Entre o homem e o amor,
Existe uma mulher.
Entre o homem e a mulher,
Existe um mundo.
Entre o homem e o mundo,
Existe um muro.
(Antoine Tudal, in Paris en l´an, 2000)2
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Endereço para correspondência
Monica Nezan
R. Pamplona, 724 – cj. 77
Jardim Paulista. São Paulo, SP
tel.: (11) 3263-0205
nezan@terra.com.br
Recebido em novembro/2005
Aceito em fevereiro/2006
NOTAS
1 O nome foi alterado para garantir o anonimato desse caso clínico. “TO BI AS” foi escolhido porque, assim como Hamlet de Shakespeare, Tobias não se interroga sobre o que quer, ficando paralisado diante da questão “to be or not to be”.
2 Citação tirada de Jacques Lacan. (1953, p. 290)
I Psicanalista, membro da Pré-Escola Terapêutica Lugar de Vida.