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Psicologia Hospitalar
versão On-line ISSN 2175-3547
Psicol. hosp. (São Paulo) v.3 n.1 São Paulo jul. 2005
EM FOCO
III Congresso Interamericano de Psicologia da Saúde: território e percursos do psicólogo hospitalar
O III Congresso Interamericano de Psicologia da Saúde, realizado entre 9 e 11 de junho de 2005, tendo como presidente a Dra. Ana Clara Duarte Gavião e, como presidente de honra, a Dra Angelita Habr-Gama, teve primorosa organização. O excelente nível dos palestrantes e a alta freqüência aos cinco cursos transcongresso, às quatro conferências, aos quatro simpósios, às dez mesas-redondas, às duas oficinas, aos dois debates abertos, a um workshop, com apresentação de quarenta e dois temas-livres, cinquenta e seis pôsteres e dois painéis permanentes, garantiram intensa troca de experiências e reflexões, além de contatos com renomados psicólogos, médicos de diferentes especialidades e profissionais da saúde de diferentes Estados do Brasil
Com a evolução tecnológica e o aprimoramento das técnicas interventivas, os tratamentos surpreendem por seu ritmo veloz, com amplos alcances terapêuticos. Mas, como lembra a metáfora utilizada no Congresso, o “mapa não é o território”. Deste modo, o Congresso procurou enfocar a importância da subjetividade do inconsciente envolvida nos tratamentos realizados nos hospitais.
Enfocando aspectos da especificidade do trabalho do psicólogo com doentes e familiares, debatendo os avanços da neurociência, os desafios atuais em saúde pública, a influência cultural na obesidade, na depressão e em diversas outras patologias, pode-se refletir sobre as diretrizes brasileiras para a psicoterapia.
Foi uma ótima oportunidade para se repensar as possibilidades de trabalho do psicólogo em temas específicos, tais como: doentes com HIV, urgência de trabalhos no pronto-socorro, infertilidade, reprodução assistida e gestação, levando a uma reflexão sobre a intervenção do psicólogo em situações de crise.
O tema da equipe multiprofissional também foi abordado com precisão. Discussão acerca das possibilidades de intervenção junto à equipes que lidam diretamente com o insucesso, a fatalidade ou a perda; o encontro e o desencontro dos profissionais; as possibilidades de atuação e o enriquecimento do atendimento, propiciaram reflexão sobre os trabalhos desenvolvidos.
Como membro da comissão executiva, posso garantir que foi um trabalho intenso, mas muito gratificante.
Que este momento tão próspero para troca de experiências e questionamentos se repita em 2007.
Até lá!