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Psicologia Hospitalar
versão On-line ISSN 2175-3547
Psicol. hosp. (São Paulo) vol.12 no.1 São Paulo jan. 2014
EDITORIAL
Neste volume da Revista Psicologia Hospitalar, os três primeiros artigos publicados irão levar o leitor a refletir sobre diversas situações ligadas à identidade feminina e as demandas inerentes à condição da mulher, tais como as exigências advindas do papel social, o adoecimento neste contexto, os sintomas que repercutem na autoimagem e imagem corporal, as perdas reais e simbólicas e a complexidade frente à necessidade de tomar decisões e arcar com as consequências das decisões tomadas. Aliado a isso se insere a perspectiva da intervenção psicológica hospitalar na ressignificação destes diversos momentos, acontecimentos e repercussões emocionais.
No primeiro artigo, Gomes e cols. apresentam um estudo de caso que retrata a importância da intervenção psicológica no contexto hospitalar a uma paciente que vivenciou inúmeras perdas decorrentes da hospitalização, da descoberta de uma doença autoimune (Lúpus Eritematoso Sistêmico) e da saída do filho de casa para trabalhar. Tais situações são vivenciadas como perdas e repercutem emocionalmente de maneira negativa à paciente que, além de tudo, encontra-se na menopausa, o que representa mais uma perda associada às outras.
No segundo artigo, Santos e cols. discorrem sobre o arrependimento da realização da esterilização tubária em casos de gestação de alto risco. O estudo descreve diversas variáveis envolvidas no processo de decisão pela esterilização e possíveis causas de arrependimento.
Britto e cols. apresentam, no terceiro artigo, um caso clínico de uma paciente com os diagnósticos de fibromialgia e dor crônica e demonstra, por meio da descrição da intervenção psicológica realizada, como um evento de vida traumático de abuso sexual na infância pode implicar uma repetição de situações dolorosas, podendo estar associado à formação de sintomas corporais.
Os dois artigos subsequentes referem-se à neuropsicologia e articulam resultados de pesquisas referentes à velocidade de processamento das informações. Hajj e cols. compararam o desempenho de crianças com hipótese diagnóstica de TDAH ao de crianças saudáveis nos testes de velocidade de processamento da Escala de Inteligência Wechsler para crianças. Utsumi e cols., também com foco na avaliação neuropsicológica de crianças, investigaram a correlação entre a velocidade de processamento e a atenção alternada em crianças saudáveis.
Boa leitura!