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Revista Psicologia Política

versão impressa ISSN 1519-549X

Rev. psicol. polít. vol.14 no.31 São Paulo dez. 2014

 

MENSAGEM DA ABPP

 

Mensagem da ABPP

 

Message of ABPP

 

Mensaje de la ABPP

 

Message de la ABPP

 

 

Diretoria da ABPP (Biênio 2015/2016)

Em 17 de outubro de 2014, durante a Assembleia Ordinária da Associação Brasileira de Psicologia Política realizada durante o VIII Simpósio Brasileiro de Psicologia Política, sediado em Goiânia na Universidade Federal de Goiás, foi eleita a diretoria para o biênio 2015/2016.

Nesta eleição houve renovação de quase todos os membros da diretoria: Fernando Lacerda Jr. da Universidade Federal de Goiás na presidência; Aline Reis Calvo Hernandez da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul na secretaria geral; Frederico Viana Machado da Universidade Federal do Rio Grande do Sul na vice-presidência da Regional Sul; Márcia Prezotti Palassi da Universidade Federal do Espírito Santo na vice-presidência da Regional Sudeste; Jáder Ferreira Leite da Universidade Federal do Rio Grande do Norte na vicepresidência da Regional Nordeste; Enock da Silva Pessoa da Universidade Federal do Acre na vice-presidência da Regional Norte; Daniele Nunes Henrique Silva da Universidade de Brasília na vice-presidência da Regional Centro-Oeste. O Conselho Fiscal é composto por três membros titulares: Alan Christi Vieira Rocha da Universidade Severino Sombra e Subsecretário de Prevenção à Dependência Química da Prefeitura Municipal de Maricá; Jacqueline Gomes de Jesus, Pós-Doutora pela Escola Superior de Ciências Sociais da Fundação Getúlio Vargas do Rio de Janeiro; e Semíramis Costa Chicareli, pesquisadora do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia Política, Políticas Públicas e Multiculturalismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo. Os suplentes são Babel Hajar pesquisador do Grupo de Estudos e Pesquisa em Psicologia Política, Políticas Públicas e Multiculturalismo da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo; e Leandro Amorim Rosa, professor da Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Catanduva em São Paulo.

A ABPP foi fundada em 2001 e, desde então, surgiram novos grupos de pesquisa em Psicologia Política, reflexo da formação de uma nova geração de doutores e pesquisadores que diversificam o campo ao mesmo tempo em que interiorizam e levam para outros estados perspectivas psicopolíticas para pensarmos os problemas sociais e políticos atuais. Desde a fundação da ABPP, foi mantida a publicação da Revista Psicologia Política que, apesar de inúmeras dificuldades, se mantém como principal periódico do campo no Brasil e foram realizados oito simpósios que, além de diversidade regional, demonstraram a pluralidade teórica e temática que caracteriza a Psicologia Política no Brasil.

A realização do VIII Simpósio em Goiânia foi importante por deslocar os eventos das regiões Sul e Sudeste para o Centro-Oeste, o que demonstrou o interesse de pessoas pesquisando, trabalhando e estudando no campo da Psicologia Política em quase todo o país. Durante o VIII SBPPP, quase quatrocentos participantes de todas as regiões do país (não houve a participação apenas de três Unidades da Federação) e de outros oito países (Argentina, Chile, Espanha, Estados Unidos, México, Moçambique, Peru e Uruguai). Diferentemente dos outros simpósios, em que pesquisadores do sudeste eram a grande maioria, neste tivemos intensa participação de pesquisadores do Nordeste. Houve a aprovação de quase duzentos trabalhos em nove dos dez eixos propostos, sendo grande parte de alunos de pós-graduação (doutorado e mestrado). Ressalta-se o fato curioso de não ter havido a inscrição de trabalhos no eixo "Comportamento Eleitoral e Marketing Político", um eixo tradicional nos estudos da Psicologia Política, principalmente norte-americana. O evento recebeu apoio da CAPES, do CNPq e da FAPEG.

Os temas discutidos no Simpósio demonstraram não apenas temas tradicionais no campo da Psicologia Política, mas preocupações específicas de pessoas engajadas com a superação de processos opressivos e desigualdades sociais: ações coletivas, movimentos sociais e participação política; raça/etnia, relações de classe, gênero e orientação sexual; consciência política e cultura política; educação, políticas públicas e inclusão social; memória, violência política e direitos humanos; mídia, religião e política; comunidade e intervenção social; crítica da psicologia e psicologia crítica; trabalho, saúde do trabalhador e cooperativismo.

Nos últimos eventos e nas publicações da Psicologia Política não se identifica apenas uma diversidade temática, mas importante pluralidade teórica que, não obstante a inexistência de acordos teóricos, é acompanhada pela existência de preocupações ético-políticas comuns: a crítica da organização societária atual, questionamento de práticas e saberes de dominação heteronormativa, sexista e/ou racista, a defesa de lutas insurgentes contra a ordem existente, análise das possibilidades e dificuldades de atuação dos movimentos sociais e/ou instituições sociais. Assim, da mesma forma que a Psicologia Política brasileira, a nova diretoria é composta por um grupo que é caracterizado pela multiplicidade de vozes e perspectivas. O que não significa inexistência de preocupações comuns.

A diretoria definiu em seu plano de atividades: priorizar a reorganização formal da ABPP; contribuir para a divulgação da Psicologia Política por meio do fortalecimento da Revista Psicologia Política, da construção de uma página da ABPP e apoiando a organização do IX Simpósio Brasileiro de Psicologia Política (que será sediado em Natal/RN em outubro de 2016); retomar o contato da ABPP com outras associações e outros fóruns importantes da Psicologia brasileira e internacional. Além disto, como marcado na programação do VIII Simpósio, trabalharemos para internacionalizar as produções do campo e as parcerias de pesquisa, sobretudo, com pesquisadores dos demais países da América do Sul.

Por fim, buscaremos apresentar posicionamentos da ABPP sobre acontecimentos importantes em nossa sociedade, pois compreendemos que a construção da Psicologia Política no Brasil não se caracteriza pela busca de um espaço isolado dos conflitos sociais. A unidade na diversidade que marca a Psicologia Política se expressará na preocupação da atual diretoria em canalizar seus esforços para construir a Psicologia Política como um espaço que aglutina e promove esforços de pessoas que - estudando, atuando profissionalmente e/ou pesquisando - buscam enfrentar a criminalização da pobreza e dos movimentos sociais, denunciar velhos e novos golpismos, analisar criticamente o desajuste social realizado em nome de um suposto ajuste fiscal e fortalecer processos de insurgência micropolítica e macropolítica contra processos de exploração e opressão que assolam a sociedade brasileira ao longo do violento processo de modernização que marca sua história.

A Psicologia Política brasileira é um fértil espaço para a difusão de saberes e práticas que, inspirados pelas lutas e disputas para mudar nossa sociedade, rompem com fronteiras disciplinares tradicionais. A Revista Psicologia Política é uma rica expressão dessa fertilidade. Assim, fazemos um convite para todas as pessoas que estão em contato, lendo ou publicando textos, com esse importante periódico brasileiro: participem da história da Psicologia Política no Brasil e na América Latina se associando à Associação Brasileira de Psicologia Política.

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