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Cógito
versão impressa ISSN 1519-9479
Resumo
MONTEIRO, Dalva de Andrade. [Passa]tempo - metáfora da existência. Cogito [online]. 2011, vol.12, pp.14-20. ISSN 1519-9479.
A relação do ser humano com o tempo tem sido marcada tanto por aspectos utilitários como reflexivos. A operacionalização dessa ferramenta - ponderável enquanto construto humano e inapreensível enquanto possibilidade do infinito inalcançável - mobiliza questionamentos e afetos de toda ordem e para todos os fins. Seja para a vida vivida no mundo do cotidiano ou para a vida refletida no mundo das ideias, o tempo é um marco, uma baliza, uma referência para o existir e para as construções humanas. No que concerne ao campo das ideias e dos saberes em História, Filosofia, Astronomia, Teologia, Saúde Coletiva, Física Quântica e Psicanálise, entre outras, o tempo do Chronos é a medida, o controle, a linearidade previsível e mensurável. Dialeticamente, esses mesmos saberes acenam com outros tempos do tempo. Desses, constata-se que eles escapam do utilitarismo ditatorial do time is money, subvertem a ordem do controlável, extrapolam a dimensão única, rompem com o aqui e agora do imediatismo e do consumismo. Nessas outras formas de se delinear o tempo, o tudo e o todo, mais que quantificados, demandam ser qualificados. A partir dessas provocações, talvez seja possível se cogitar que o existir é mais do que um mero passatempo.
Palavras-chave : tempo; psicanálise; qualidade de vida; consumismo; depressão; imediatismo.