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Cógito
versão impressa ISSN 1519-9479
Cogito vol.12 Salvador 2011
Em ato... Superfície e tempo
Dans la loi... Surface et temps
Aurélio Souza*
Espaço Moebius
RESUMO
O autor articula as noções de tempo lógico e a topologia da cadeia borromeana, em Lacan, para trabalhar a questão do saber produzido na análise “de uma só vez como superfície e tempo” enquanto ato.
Palavras-chave: tempo lógico; topologia; tempo; superfície; ato; saber.
RÉSUMÉ
L'auteur articule les notions de topologie de la chaîne borromenne, en Lacan, et le temps logique de travailler la question du Savoir produit dans l'analyse « à la fois en surface et de temps » tout en loi.
Mots clés: temps logique; topologie; temps; surface; loi; savoir.
O principal benefício que se pode tirar de uma "jornada... é de se instruir ... é de se perceber que não existe senão sua pequena maneira de misturar a salada”.1
Lacan, para construir e sustentar seu ensino, visitou outras áreas do conhecimento. Desde cedo, tendo frequentado o estruturalismo, procurou ler com o Simbólico, o Imaginário dos textos de Freud e, para dar consistência a este fato, não mais parou de interrogar a noção de estrutura na Psicanálise. Nesse primeiro período, fazendo uma intervenção sobre o signo saussuriano, estabeleceu uma topologia do significante para o discurso analítico e, em seguida, definiu o inconsciente “estruturado como uma linguagem”.
Já nessa época fez uma alusão à topologia, no próprio sentido matemático do termo, como uma condição sem a qual não se poderia conceber nem mesmo a estrutura de um sintoma analítico2 . Ainda que tivesse procurado, através do Simbólico, “recolocar a psicanálise nos trilhos”, aos poucos, o Real foi emergindo de sua prática analítica e ganhando espaço na teoria que ia construindo.
A partir daí, essa dimansão3 do Real, que se encontra numa interface entre o discurso analítico e o discurso das ciências, nunca deixou de interrogá-lo. Para manter a diferença do Real no que concerne a estes dois tipos de Saber, o da Psicanálise e o das Ciências, ele não parou de não afirmar sobre os efeitos que o Real passaria a produzir sobre a ex-sistência do Sujeito.
Para a efetuação do Real na prática analítica, Lacan se manteve prudente, utilizando-se de uma “lógica elástica” sobre a topologia que passava a utilizar. De início, através dos objetos de superfície – o toro, a fita de Moebius, a garrafa de Klein e o Cross-Cap – e, no final de seu ensino, introduziu a topologia da cadeia borromeana.
Em consequência desse seu percurso, ele procurou se afastar da ideia tradicional de representar o mundo do humano pela esfera, essa figura ideal do espaço euclidiano que determinava os espaços como dentro e fora. Ele procurou construir um novo espaço para a Psicanálise.
A partir da topologia, concebeu outra dimensão do espaço, subvertendo a noção das quantidades, das formas, dos limites… e passando a fundamentá-lo pela relação de vizinhança entre seus elementos. Além disso, afirmou a presença invariante de um buraco nessa dimensão do espaço e de uma estrutura que vinha dar conta da própria constituição do sujeito. Uma estrutura contemplada também com um buraco que vinha contemplar as diferentes funções da falta: a privação, a frustração e a castração. A esse buraco na estrutura, Lacan o denotou com a letra (a) minúscula e lhe atribuiu a função de objeto, o “objeto pequeno (a)”.
No curso de seu ensino, desenvolveu diversos programas de escritura para o objeto (a), como esquemas, grafos e matemas, até o início dos anos 70, quando apresentou uma estrutura topológica que identificou como um “nó”, um “nó borromeo” para a psicanálise.
Trata-se de uma estrutura formada por três anéis que se tornam representantes do Real, Simbólico e Imaginário, e que se enlaçam de tal forma que, se um deles for cortado, a união dos três se desfaz. Essa estrutura, embora designada de um “nó”, de uma forma rigorosa se trata de uma cadeia borromeana que será concebida, de início, num espaço topológico, num “hiperespaço”. A partir daí, para ser aplicada à Psicanálise, ela deverá passar por um tipo de redução imaginária, saindo desse espaço de três dimensões para ser projetada numa superfície de duas dimensões. Para que essa passagem de três para duas dimensões possa ocorrer, a cadeia borromeana deverá sofrer dois tipos de operação.
Na primeira delas, Lacan se utilizou do significante “mise à plat” para nomeá-la. Não se trata simplesmente de colocar o nó borromeo no plano, como uma tradução possa sugerir, mas, desde que é imaginado no hiperespaço, ele se torna portador de uma “substância”. Desta maneira, o essencial é que lhe seja retirada a espessura, que ele passe por um processo de “desubstantificação” e que se mantenha “afinado”, adquirindo essa forma de anéis e que possa ser projetado sobre alguma superfície, num papel, ou num quadro, como nessa mostração ao lado.
Em seguida, o nó borromeano deverá passar por uma segunda operação, quando terá seus arcos (|—|) e cruzamentos (—| |—) identificados, sofrendo um tipo de convenção para que eles possam ser submetidos a uma ordem que venha estabelecer seu enodamento borromeano: cada um dos anéis deverá passar por cima do que está por cima e por baixo do que está por baixo.
Após essas duas operações terem sido realizadas, a perda da espessura e essa convenção em que os pontos de cruzamento são mostrados através de sinais de interrupção, a cadeia borromeana é retirada da categoria de um desenho, de uma ilustração, de um modelo, para ser convertida num tipo de escritura. Assim, ela passa a se sustentar através de uma consistência do Real, isto é, de uma escritura que faz borda no Real.
A partir dessa ortografia mínima dos três anéis que Lacan procurou preservar, pode-se observar um determinado número de elementos que não se modificam na cadeia borromeana, mesmo que ela sofra transformações. Essas condições vão ser consideradas como invariantes topológicos que determinam pontos constantes da estrutura.
O primeiro desses elementos invariantes que vou considerar, é o número de buracos que ela mostra em sua escritura. Um deles, no Simbólico (S), e Lacan o apresenta como o “verdadeiro buraco”; um fato de estrutura a partir do qual os significantes não mais podem se manter todos juntos, pois existe, de um ponto de vista lógico, pelo “menos um”, ao menos um que cumpre sua função “fora” do conjunto; um significante que se mantém expulso do todo. Talvez se possa ainda equivaler esse buraco no Simbólico a um tipo de “foraclusão primitiva” que venha determinar uma clivagem permanente na relação do Sujeito com o objeto.
O segundo buraco aparece no Imaginário (I) e mantém uma relação com o corpo, com esse “saco do corpo, é desse saco que se encontra figurado o eu (moi)... e que se fecha pela percepção”4. Um buraco que mantém também uma relação com a função de menos phi (-φ) e que Lacan identificou como equivalente à castração imaginária.
Existe, ainda, um terceiro buraco, no Real (R), que reafirma a condição desse enunciado lógico de que “não há proporção sexual” entre o homem e a mulher, como também vai se constituir num lugar em que se inscreve a-vida e a-morte, como condições de gozo.
Por fim, no “coração” da cadeia borromeana, existe ainda um quarto buraco. Lacan vai formalizar esse ponto-buraco como um triplo buraco constituído pela superposição dos três buracos anteriores, passará a ser ocupado pelo objeto (a) e vai-se tornar causa do próprio enodamento borromeana.
Além desses buracos anteriores, ainda se podem identificar outros buracos que produzem seus efeitos sobre o sujeito. Um deles, na interseção entre o Simbólico e o Real, que vai corresponder àquilo que se designa de gozo fálico; um tipo de gozo que Lacan considerou “fora corpo” e que se realiza através das formações do inconsciente, como uma manifestação sempre anômala para o Sujeito. Um segundo buraco, na interseção entre o Imaginário e o Real, onde se localiza um gozo “fora linguagem”; um gozo também nomeado de gozo do Outro, ainda que esse grande Outro nem mesmo exista. Um terceiro buraco, na interseção do Simbólico com o Imaginário, que de início esteve relacionado ao sentido e que, mais tarde, passou a ser designado de “gozo-sentido” (“jouis-sens”).
Lacan passa a considerar a cadeia borromeana com esses diferentes campos de gozo como a própria estrutura do Sujeito, na Psicanálise. A partir dessa condição vai-se revelar uma homotopia do Sujeito com o objeto (a). Ele levanta essa hipótese e enuncia que “a reciprocidade [...] entre o sujeito e o objeto pequeno a é total”5. Assim, o Sujeito passa a ocupar esse “lugar que se chama gozo”6. O sujeito é o objeto.
Colocadas essas questões sobre a estrutura e o Sujeito, vou retomar essa noção do objeto (a) para relacioná-lo com o Tempo, o tema de nossa Jornada. Não vou fazer um recorrido, mas tratar de estabelecer as relações entre o objeto (a) e o Tempo Lógico.
No Seminário XXI, Les non-dupes errent, Lacan se refere à cadeia borromeana como um avanço do Tempo Lógico, à medida que ela permitia realizar na análise, de “uma só vez superfície e tempo”7.
Nessa escritura borromeana onde as consistências do Real, Simbólico e Imaginário vêm-se enodar de uma só vez, como uma forma tripla do objeto (a), constituindo a própria estrutura da Psicanálise, pode-se inferir que o Sujeito quando se realiza em ato, numa análise em intenção, embora se possa considerar que ele é representado pelo significante UM (S1), não se trata mais de uma topologia do significante, que é contemplada por uma dimensão simbólica.
Com efeito, embora esse Significante UM represente o Sujeito no curso de uma análise, ele o faz sob a condição de um enxame (l’essaim), sob uma dimansão do Real que lhe assegura uma unidade de cópula com o saber, mas não lhe garante a identidade de seu ser de sujeito8.
Sua singularidade se manifesta numa equivalência entre a cadeia borromeana e o UM, que permitiu a Lacan enunciar em diferentes momentos: há do Um (“il y a d’l’Un”). Uma série de uns que não faz conjunto, mas transforma a cadeia borromeana numa estrutura que nomeei, em outra ocasião, de uniana9. Uma estrutura que emerge de Lalíngua e que passa a determinar efeitos localizados e pontuais sobre o sujeito.
Dito de outra forma, as diferentes funções do RSI, seus cruzamentos, cortes e suturas determinam efeitos de estrutura produzindo errâncias variadas para o sujeito. À medida que as diferentes funções do UM fazem suporte para a ex-sistência do sujeito, a cadeia borromeana permitiu que se ligasse a noção de superfície à pluralidade do tempo, instituindo uma nova lógica do ato que vem fundar o sujeito e determinar suas diferentes formas de heteridade.
Lacan não só insiste na cadeia borromeana como uma escritura através deste enunciado de realizar de uma só vez superfície e tempo, como vai apresentá-la com um estatuto diferenciado de outras escrituras. Primeiro, por sua autonomia em relação ao significante e, em segundo lugar, pela implicação que a cadeia borromeana vem mostrar com o Corpo.
Não se trata da imagem do corpo como havia sido contemplado no Estádio do Espelho, mas de sua consistência que é dada pelo RSI. Isso coloca o Corpo como mais um dos elementos fundamentais da psicanálise, pois, sem ele, o discurso analítico não caminha, fica letra morta ou se transforma em filosofia, em religião, em magia ou até mesmo em ciência.
Nessa estrutura borromeana para se identificar o que possa fazer função de superfície e que faria também função de tempo, de uma só vez na análise, Lacan recorre à presença do objeto pequeno (a), no “coração” da cadeia borromeana, e passa a considerar a estrutura como “superfície e tempo”.
Desde que introduziu a noção do tempo na psicanálise10 , ele mostrou que não se tratava de uma “propriedade linear”, de um tempo com uma única dimensão. Para isso, procurou pluralizá-lo num Instante de Ver, num Tempo de Compreender e num Momento de Concluir. Mesmo que, numa análise em intenção, se possa levar em conta uma diacronia da flecha do tempo, que possibilita que ela possa ser levada até certo ponto, até seu final, o que se pode considerar a partir desse momento é esta modulação do tempo que vem estabelecer uma sincronia entre o Instante de Ver, o Tempo de Compreender e o Momento de Concluir.
A sincronia mantida por essas três dimensões do tempo vem determinar o valor instantâneo do ato, possibilitando que, nesses “mundos possíveis” da análise, dotados de um caráter de acessibilidade, se possa cada vez identificar, localmente, efeitos de sujeito que se mostram através deste “enigma do UM”, que é a cadeia borromeana onde ele se constitui e habita.
O ato analítico, a partir da inclusão da topologia da cadeia borromeana em sua prática, não mais trata de buscar uma verdade que se sustente de uma ética apofântica revelada a partir de uma interpretação do analista, ou de Freud “que explica tudo”. Ela deve procurar, através de intervenções do analista, que o analisante procure uma variedade (“varité”) da verdade que passa a se realizar em unidades de espaço-tempo e que, desta forma, se torna singular a cada momento na hystória do sujeito.
Com efeito, um pequeno golpe, uma pequena manipulação no discurso do analisante faz soar algo diferente na estrutura, capaz de instituir “uma nova harmonia” para o sujeito. Talvez se possa considerar que o analista deve fazer uma pequena “forçagem” para fazer soar outra coisa do que o sentido que aparece naquilo que o analisante procura dizer, pois o sentido é o que ressoa com a ajuda do significante, mas o que ressoa e faz sentido não vai muito longe. O analista se constitui num rhetificador11 que vai possibilitar ao analisante desenvolver um “saber alegre” contra este inferno que é o Saber no real12 que o afeta de diferentes maneiras.
Por isso mesmo, enquanto o significante ressoa e tampona com o sentido, a Psicanálise, a partir da topologia da cadeia borromeana, usa desses “caroços” do Real que faz nascer o pensamento, convocando o analisante a tocar em algo que acorde o Sujeito; que, na análise, ele possa inventar um saber, a usar de sua arte e de sua poiesis para fibrar no simbólico esses pedaços do real, de onde flui o verdadeiro dizer.
Como um artífice, portanto, o Sujeito deve produzir seu artesanato, inventando um saber à medida que vai dizendo ou fazendo, o que pode vir dar no mesmo, desde quando dizer é fazer. Lacan chegou a afirmar que, se eu posso dizer… isso pode se fazer13.
Diante do Real escrito na cadeia borromeana e que o afeta continuamente, o Sujeito marcado por este estigma de que o real não se liga a nada14 , é impulsionado numa errância singular das variáveis do seu destino que tendem a se repetir com sofrimento e dor. Na análise, é preciso que ele possa inventar, que possa fazer fixções distintas do Real, revelando o traumático de suas diferentes realidades, revelando aquilo que se torna causa de suas repetições.
Dito de outra forma, nos sucessivos encontros faltosos com o saber que existe no Real, o Sujeito é impelido a usar de artifícios para fazer algo que estabeleça limites aos diferentes campos de Gozo mostrados através da cadeia borromeana. Assim, cada vez que o Sujeito, numa análise, vai fazendo seu artesanato, ele inventa um saber que vai fibrar o Real, possibilitando-lhe construir diferentes fixções de sua ex-sistência, “de uma só vez como superfície e tempo”.
O sujeito aprende no curso da análise que, diante desses pedaços do Real que fazem seu inferno, ele deve produzir, inventar diversas leituras, construindo diferentes “ficxões” de um Saber que possa dar conta do sexo, da vida, da morte, dos enigmas de sua ex-sistência, que possa ajudá-lo a se desembaraçar de seu sintoma.
O analisante sob a função sujeito, ao tomar a palavra neste espaço-tempo de base determinado pela cadeia borromeana, passa a ter, sob sua responsabilidade, a condição de fibrar, tecer, fazer malhas, produzir diferentes pontos no simbólico para que possa reescrever a própria estrutura borromeana. Com isso, ele poderá modificar estes efeitos do Real que causam seu sofrimento e desenvolvem sua culpa, dando-lhe possibilidade de reescrever sua hystória para tornar seu sofrimento suportável.
Lacan, no final de seu ensino, ao mostrar a importância dos adornos e das aparências nas realidades do sujeito, conduz a Psicanálise à categoria de uma estética,15 . O sujeito é convocado a construir um saber-fazer (“savoir-faire”) com lalíngua, para que possa conhecer e se desembaraçar (“savoir y faire”) dos efeitos de gozo que seu sintoma contém e que o afetam no pensamento e no corpo que o sustenta.
Dito de outra forma, o sujeito realiza essa tarefa adquirindo na análise um saber-fazer com o objeto (a), podendo servir-se dele para se-fazer-ser por suas obras, por seus adornos, por seus amores, se fazer um estado civil, se fazer um escabelo16; uma condição, na análise, em que seus adereços vão recobri-lo, escrevendo e consolidando seu “ego”, para que possa se ver belo17. Lacan, nessa ocasião, ao se referir ao “ego”, não o equivale à instância do eu (moi), da segunda tópica de Freud, e que ele desenvolve a partir do Estádio do Espelho, mas de um elemento que passa a se inscrever na cadeia borromeana.
Apesar de todo este trabalho, o sujeito se mantém incurável de sua divisão. Na análise, do início ao final, ele se manterá sempre dividido e funcionando num tempo em que o Momento de Concluir interfere no Tempo de Compreender e determina o Instante de Ver.
Vou finalizar, agradecendo mais uma vez ao convite para participar desta Jornada.
Referências
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* Psicanalista, membro do Espaço Moebius.
1 LACAN, J. Les mathèmes de la psychanalyse. In : Lettres de L' École: Bulletin Intérieur de L´École Freudienne de Paris n.21, out. 1977, p.506 [Tradução para este artigo].
2 LACAN, J. La signification du phallus. In: ______. Écrits. Paris: Seuil, 1966. p. 689.
3 Dimansão é uma maneira de transliterar o significante “dit-mention”. Um neologismo inventado por Lacan que joga com a homofonia entre mension e mention (ação de nomear, uma breve nota, indicação de uma apreciação favorável de um júri...) e, ainda, com mansion (cada parte de uma representação figurada, simultânea, sob uma cena de teatro na Idade Média). Para o inglês e o brasileiro, "mansion", que corresponde à "mansão", o que possibilita que se dê a dit-mension uma significação de "mansão do dito". No Sem. XXII (RSI –14/01/75), Lacan vai-se referir a esse significante como uma "mansão do dizer", para conceber a noção do espaço como uma realidade operatória da topologia.
4 LACAN, J. Le Séminare, Livre XXII: RSI: classe de 17/12/1974. Paris: Éditions de l' Association Freudienne Internationale, juil. 2002.
5 LACAN, J. Le Séminaire, Livre XX: Encore: classe de 15/05/1973. Paris: Éditions de l'Association Lacanienne Internationale, janv. 2009. p.208-209.
6 LACAN, J. Subversion du sujet et dialectique du désir. In :______. Écrits. Paris :Seuil, 1966. p. 819.
7 LACAN, J. Le Séminaire, Livre XXI: Les non-dupes errent : classe de 09/04/1974. Paris: Association Freuddienne Internationale, juil.2001 p.208-209.
8 LACAN, J. Le Séminaire, Livre XX, op.cit., p. 130.
9 SOUZA, A. La topologie des états limites dans la psychanalyse. Etats limites ou états sans limites? In: Bulletin Freudien - Revue de l’Association Freudienne de Belgique, n. 29, p.53-64, 1997.
10 LACAN, J. Le temps logique et l’assertion de certitude antecipeé. In :______. Écrits. Paris : Seuil, 1966.
11 LACAN, J. Le moment de conclure: classe de 15/11/1977. Paris: Association Lacanienne Internationale. Publicação não comercial.
12 Id., ibid., aula de 14/04/1978.
13 LACAN, J. Le Séminaire, Livre XXI, op. cit ; aula de 18/12/73.
14 LACAN, J. Le Séminaire, Livre XXIII: Le Sinthome : classe de 16/03/1976. Paris: Association Lacanienne Internationale, août 2010. Publicação não comercial.
15LACAN, J. Le Séminaire, Livre XXII, op. cit., p.136; aula de 8/4/75.
16LACAN, J. Joyce avec Lacan. Paris: Navarin Editeur, 1987. p.31. Na conferência sobre Joyce, Lacan se utiliza da polifonia para jogar com diversos significantes e tratar desta questão.
17LACAN, J. Le Séminaire, Livre XXIII, op. cit., aula de 11/05/1976.