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Psic: revista da Vetor Editora
versão impressa ISSN 1676-7314
Psic v.6 n.1 São Paulo jun. 2005
EDITORIAL
É com grande satisfação, mas também conhecendo toda a responsabilidade inerente, que estamos assumindo como Editor da Revista de Psicologia da Vetor Editora Ltda. Psic. A satisfação por saber que se trata de um empreendimento que veio para ficar e contribuir com a produção acadêmica e prática da psicologia brasileira e a responsabilidade pelo compromisso de evidenciá-la como um veículo de peso e alto nível. A produção científica brasileira, especialmente os periódicos, tem oferecido níveis elevados, tanto no que se refere à diversidade de temas, quanto da qualidade dos trabalhos publicados. Nesse sentido, a tarefa da Psic é colaborar com a manutenção da excelência. Para tanto, contamos com a participação de toda a comunidade científica e esperamos que em breve estejamos disponibilizados para o maior número possível de psicólogos e profissionais de áreas afins.
Preocupados com a padronização de instrumentos, Josep Maria Tous Ral, Albert Viadé Sanzano e Rubén Muiños Martinez relatam sua pesquisa em Normalización de los lineogramas del PMK para Barcelona y su comparación con Recife. Compararam as normas da versão digital de Barcelona com as da padronização feita com pretendentes à carteira de habilitação para motoristas. Constataram algumas diferenças significativas entre as medições do grupo feminino, a maior parte delas referentes às diferenças culturais.
Orlete Maria Pompeu de Lima e Ana Paula Porto Noronha expõem dados de sua investigação no artigo Qualidade de Testes Psicológicos, cujo intuito foi avaliar a análise da qualidade de testes feita por psicólogos. Entre seus resultados foram videnciados que os pós-graduandos apresentaram mais acertos que os psicólogos, pouca discrepância entre os juízes, apesar de ter tido alguma dificuldade na execução da tarefa.
O Desenho da Figura Humana e Teste de Apercepção Infantil Animal foram os instrumentos usados por Ana Rita da Fonseca e Cláudio Garcia Capitão, cujo estudo é informado no texto Abuso sexual na infância: um estudo de validade de instrumentos projetivos. Concluíram que esses testes foram sensíveis, pois diferenciaram crianças que sofreram abuso sexual do grupo de crianças que não o sofreram.
Por sua vez, Rossana Lamounier e Fabián Javier Marín Rueda descrevem os dados coletados e apresentados no texto Avaliação psicológica no trânsito: perspectiva dos motoristas. Seus resultados apontaram que os candidatos à obtenção de CNH, em comparação com os sujeitos que estão renovando a habilitação, valorizam mais a avaliação psicológica no contexto do trânsito e sua periodicidade. Ao lado disso, as mulheres acreditam mais do que os homens que essa avaliação ajuda a identificar fatores de risco no trânsito.
No texto Ajustamento social e dificuldade de aprendizagem, Lílian Pacheco e Fermino Fernandes Sisto discutem a problemática da adaptação social e os problemas enfrentados pelas crianças em relação à aquisição da escrita. Seus resultados indicaram que os alunos com dificuldades de aprendizagem também se perceberam como menos adaptados à escola, confirmando a hipótese do estudo. Entretanto, os ajustamentos familiar e pessoal não apresentaram relações com as dificuldades analisadas.
Valendo-se do pressuposto de que o uso da grafia correta é um dos elementos básicos para comunicar-se clara e precisamente por meio da linguagem escrita, Susana Gakyia Caliatto e Selma de Cássia Martinelli divulgam seu estudo no texto Avaliação do reconhecimento de palavras em jovens e adultos. Dentre seus resultados pôde-se observar que as categorias de análise menos comuns, apesar de não muito, foram acréscimo ou omissão de letra e letras parecidas.
O texto seguinte, intitulado Avaliação psicológica de crianças vítimas de violência doméstica por meio do teste das fábulas de Düss, foi produto da pesquisa de Leila Salomão de la Plata Cury Tardivo, Antonio Augusto Pinto Junior e Márcia Regina dos Santos. Os autores concluíram que a técnica foi eficaz para o estudo do funcionamento psíquico de crianças que sofrem algum tipo de violência doméstica.
Jardel Silva Oliveira de Jesus apresenta seu artigo Ficar ou Namorar: um dilema juvenil, discutindo as modificações e inseguranças dos relacionamentos amorosos entre os adolescentes. Seus resultados indicaram que os adolescentes preferem ficar para, posteriormente, concretizar um namoro, que indicaria uma fase de em que o se conhecer seria anterior a um compromisso considerado mais sério.
Finalmente, este número apresenta a resenha de Fabiano Koich Miguel sobre o livro Transtorno de estresse póstraumático: uma neurose de guerra em tempos de paz (São Paulo: Vetor Editora). A partir de sua leitura e seus comentários experientes, ele recomenda essa obra para os profissionais envolvidos em situações potencialmente violentas, sejam eles terapeutas, médicos, gerentes de banco, advogados.
Fermino Fernandes Sisto
Editor