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Psicologia Clínica

versão impressa ISSN 0103-5665versão On-line ISSN 1980-5438

Psicol. clin. v.18 n.2 Rio de Janeiro  2006

 

Editorial

 

Um sumário é uma estranha lista. Tanto pode sumarizar as partes de um todo – como no caso de um livro – quanto remeter a um conjunto heteróclito de autores, como em uma coletânea. O sumário de uma revista, por sua vez, é um ser em espera. Define-se um tema e aguarda-se o resultado da aposta que ele realiza. Seu resultado só poderá ser avaliado quando ela estiver nas mãos do leitor.

A Psicologia Clínica tanto define uma seção temática quanto uma área livre, que associadas às resenhas e à lista de dissertações e teses defendidas, lançam a aposta de nossa revista em sua vocação natural para o múltiplo, direção imprimida pelo programa de pós-graduação que lhe constitui a base.

Desta vez coube à linha de pesquisa em psicanálise garantir a aposta de que é possível, mesmo em um imenso e disperso campo, reunir uma coleção digna deste nome – o de uma reunião de objetos que não fazem Um, mas que iluminam uma prática de modo original.

Neste número, o leitor percorrerá a variedade dessa coleção: a psicanálise aplicada, não como uma forma menor de psicanálise, mas em todo seu rigor aplicando-se à terapêutica; o psicanalista apresentando-se no hospital geral, na observação de bebês, nas situações de violência, de morte e luto em crianças pequenas, na clínica dos estados limite (do já ultrapassado bordeline ao intransponível da neurose atual freudiana). Debruçando-se ainda, de um ângulo mais interno, sobre a própria psicanálise, ao examinar o ódio, a diferença sexual, a distância entre o dito e o dizer e a especificidade da ética da psicanálise no que tange à paternidade e ainda ao judaísmo de Freud. Na área livre e nas resenhas, vemos como temas afins, tais como o abuso sexual e o autismo, articulam-se a partir do campo mais geral da psicologia. Finalmente, a lista de dissertações e teses defendidas no programa completa o panorama. O leitor decidirá o êxito da aposta de nossa editora. Do ponto de vista do colecionador que somos, para quem em uma lista, como diria Gil, deve caber o incabível, "já é".

 

Marcus André Vieira

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