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Temas em Psicologia

versão impressa ISSN 1413-389X

Temas psicol. vol.24 no.1 Ribeirão Preto mar. 2016

https://doi.org/10.9788/TP2016.1-17 

ARTIGOS

 

Habilidades sociais e bullying em adolescentes

 

Social skills and bullying in adolescents

 

Bullying y habilidades sociales en adolescentes

 

 

Lauren Bulcão TerrosoI; Guilherme Welter WendtII; Margareth da Silva OliveiraIII; Irani Iracema de Lima ArgimonIV

IPrograma de Pós-Graduação em Psicologia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
IIGoldsmiths College, University of London, Unit for School and Family Studies, London, England
IIIPrograma de Pós-Graduação em Psicologia da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil
IVDepartamento de Psicologia Clínica da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, RS, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Este estudo teve como objetivo verificar a associação entre o envolvimento em bullying, tanto na forma de vítima quanto como agressor, e o repertório de habilidades sociais (HS). A amostra foi composta por 487 adolescentes selecionados de escolas públicas e privadas de um município do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. A partir dos resultados, pôde-se verificar que os escolares envolvidos em comportamentos de bullying tinham menor repertório de HS na maioria dos aspectos relacionados a este construto. Para cada unidade de acréscimo no percentil total de frequência HS, espera-se diminuição de 4,3% na probabilidade de o adolescente ser praticante de bullying. Da mesma forma, para cada unidade de aumento nos percentis de 'frequência de assertividade' e 'frequência de abordagem' afetiva, há um aumento de, respectivamente, 2,0 e 2,6% na probabilidade do escolar praticar o bullying. Portanto, um baixo repertório de HS encontra-se associado ao envolvimento em bullying, tanto como vítima quanto agressor.

Palavras-chave: Bullying, adolescente, relações interpessoais, habilidades sociais.


ABSTRACT

This study aimed to investigate the association between involvement with bullying, either as a victim or aggressor, and social skills (SS). The sample was composed of 487 adolescents selected from public and private schools from a city in the countryside of Brazil.Results showed that students involved with bullying behaviors had lower repertoire of SS in the most aspects of this construct. For each unit of increase in total percentile of SS frequency, was expected a decline of 4.3% in the probability of an adolescent to a bullying aggressor. Likewise, for each unit increase in the percentiles of 'assertiveness frequency' and 'affective approach frequency', there is an increase of 2.0 and 2.6 in the probability of the student to practice bullying, respectively. However, a low repertoire of SS is associated with involvement in bullying, either as victim or aggressor.

Keywords: Adolescent, bullying, interpersonal relations, social skills.


RESUMEN

Este estudio tuvo como objetivo verificar la asociación entre los comportamientos de bullying, tanto en la forma de víctima como de agresor, y las habilidades sociales (HS). La muestra estuvo conformada por 487 adolescentes de escuelas públicas y privadas de un municipio del interior de Rio Grande del Sur, Brasil. A partir de los resultados se identificó que los estudiantes implicados en comportamientos de bullying presentaban menor repertorio de HS en la mayoría de los aspectos relacionados con este constructo. Por cada unidad que aumentó el percentil total de frecuencia de HS, se encontró disminución de 4,3% en la probabilidad de que el adolescente presentara comportamientos de bullying. Igualmente, por cada unidad que aumentaron los percentiles de "frecuencia de asertividad" y "frecuencia de (abordaje) afectivo", hubo un aumento de 2.0 y 2.6%, respectivamente, en la probabilidad de que el estudiante practicara bullying. Por lo tanto, un bajo repertorio de HS se encuentra asociado a la manifestación de comportamientos de bullying tanto en víctimas, como en agresores.

Palabras clave: Bullying, adolescente, relaciones interpersonales, habilidades sociales.


 

 

O presente estudo tem como objetivo verificar a associação entre o envolvimento em comportamentos de bullying e o repertório de habilidades sociais (HS) de uma amostra de adolescentes. O processo de bullying, por ocorrer em situações de interação entre pares, envolve uma relação na qual o agressor encontra-se em uma situação de desequilíbrio de poder, e o seu ato, que é intencional, visa causar uma gama variada de danos à(s) vítima(s) (Lisboa, Braga, & Ebert, 2009; Olweus, 1993; Rigby & Griffiths, 2011).

Por ser um comportamento agressivo que viola os direitos de alguém, o bullying produz sérios efeitos negativos para as vítimas, com relatos de consequências a longo prazo (Olweus, 2011). O bullying pode ser praticado através de agressões físicas, verbais e relacionais. O agressor também pode utilizar a tecnologia para agredir a vítima: o chamado cyberbullying, no qual a agressão é emitida por meio do uso de ferramentas tecnológicas de informação e comunicação (Boulton, Smith, & Cowie, 2010; Smith et al., 2008; Wendt & Lisboa, 2013). Na literatura internacional, são vários os estudos que apontam que os agressores do processo de bullying possuem características que possibilitam a ocorrência do fenômeno, e, geralmente, são considerados "populares" pelos seus pares, apresentando, assim, alto repertório de HS (Bukowski & Hoza, 1989; Bukowski & Sippola, 2001).

Ao propiciarem relações interpessoais mais gratificantes e maior aptidão para manejar problemas interpessoais, as HS representam, também, um fator de proteção aos jovens, contribuindo para a autoestima e bem-estar desses indivíduos (Silva & Murta, 2009). Um dos aspectos que envolve a influência das HS na adolescência se refere à importância dada nessa etapa à aceitação - ou não - pelos pares (Coronel, Levin, & Mejail, 2011). Esse tipo de relação é de crucial importância para o desenvolvimento sadio dos jovens, exercendo um papel nos âmbitos relacionados ao desenvolvimento social, acadêmico e emocional, favorecendo o aprendizado de habilidades e modelos de relações interpessoais. As HS contribuem para um funcionamento efetivo, permitindo aos adolescentes interagir com os demais, evitando comportamentos não assertivos (Motoca, Williams, & Silverman, 2012).

O déficit de HS na adolescência encontra-se associado a diversos eventos negativos (Jarvinen & Nicholls, 1996; Miers, Blöte, & Westenberg, 2010), assim como o envolvimento em comportamentos de bullying (Boulton et al., 2010; Mounts, 2011; Sutton, Smith, & Swettenham, 1999). Em relação a ser vitimizado no processo de bullying, um fator protetivo apontado pela literatura é possuir um elevado repertório de HS (Mounts, 2011). Essa associação pode ser compreendida uma vez que os adolescentes que possuem um amplo repertório de HS são menos propensos à vitimização, além de possuírem maior aptidão para manejar as agressões, caso ocorram (Boulton et al., 2010; Smith, Talamelli, Cowie, Naylor, & Chauhan, 2004).

Embora ainda não se encontrem investigações empíricas, no Brasil, sobre a relação entre o processo de bullying e HS, o presente estudo hipotetiza que o repertório de HS exerce um fator protetivo no que tange à vitimização no referido fenômeno. Do mesmo modo, esse estudo teve como objetivo estimar as variáveis preditoras de ser vítima e praticante de bullying.

 

Método

Delineamento e Participantes

Trata-se de uma pesquisa observacional, quantitativa e com delineamento transversal. Participaram do estudo adolescentes com idades entre 12 e 18 anos, estudantes do ensino fundamental e médio, provenientes de escolas públicas e particulares de um município do interior do Rio Grande do Sul, Brasil. Foram sorteadas 15 turmas dentro de 5 escolas, selecionadas aleatoriamente do universo de 13 existentes no município. Inicialmente, foram incluídos todos os alunos das turmas selecionadas. Foram excluídos os adolescentes que recusaram participar da pesquisa, os que não estavam durante a aplicação dos instrumentos e os que tinham mais de 18 ou menos de 12 anos, assim como aqueles que não apresentaram o termo de consentimento livre e esclarecido assinado pelos pais/responsáveis.

Para estimar o número de participantes necessários, foi realizado um cálculo amostral, que determinou a necessidade de participação de 385 indivíduos para que o estudo fosse realizado com intervalo de confiança de 95% e margem de erro de 3%. Ademais, considerando a possibilidade de perda amostral, foi acrescentado um percentual de 20%, totalizando 487 adolescentes a serem selecionados para compor a amostra.

Instrumentos

Inventário de Habilidades Sociais para Adolescentes (IHSA; Del Prette & Del Prette, 2009). Esse instrumento teve sua construção baseada em situações relacionadas ao conceito de habilidades sociais, sendo composto por 38 questões a respeito de como o indivíduo age em determinadas situações que requerem habilidades de relacionamento com diferentes interlocutores e em diferentes contextos. Trata-se de uma escala Likert de cinco pontos, na qual o adolescente é requisitado a preencher a frequência em que manifesta determinado comportamento e a dificuldade que tem em realizá-la. Os resultados deste instrumento se dão através de percentis, adequados para o sexo e faixa etária dos respondentes (Bandeira, Costa, Del Prette, Del Prette, & Carneiro, 2000). Esses percentis são obtidos através de um escore total, assim como escores para seis subescalas, sendo estas: empatia; autocontrole; civilidade; assertividade; abordagem afetiva e desenvoltura social. Quanto maior a frequência e menor a dificuldade, melhor o repertório de HS. O valor do alfa de Cronbach foi de 0,75.

Questionário Multimodal de Interação Escolar (CMIE-IV; Caballo, Calderero, Martínez, Salazar, & Muñiz, 2012). A escala avalia a ocorrência do processo de bullying, através de diversos comportamentos escolares de cunho agressivo e/ou persecutório, bem como condutas relativas ao agressor e à vítima. É composta por 38 itens, no formato Likert de 4 pontos variando de nunca (1) a (4) muitas vezes. A referida medida é composta por cinco fatores: agressor, vítima, cyberbullying, observador ativo e observador passivo. No corrente estudo, foram utilizadas duas subescalas da CMIE-IV: agressor e vítima do processo de bullying. O alfa de Cronbach desse instrumento foi de 0,81.

Procedimentos de Coleta de Dados

Os instrumentos foram aplicados de modo coletivo aos participantes do presente estudo. Em todas as ocasiões, duas psicólogas e uma equipe de graduandos em psicologia previamente treinados estiveram presentes. A aplicação foi realizada na própria sala de aula dos adolescentes, ou em ambiente cedido pela direção das escolas.

A presente pesquisa foi avaliada e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (CAAE-10863512.9.0000.5336). Os responsáveis pelos escolares com idade inferior a 18 anos que participaram da pesquisa assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), autorizando os estudantes a participarem da pesquisa, e os que já tinham 18 anos consentiam sua participação mediante assinatura no TCLE. Os jovens com idade menor ou igual a 18 anos, além do TCLE assinado pelos responsáveis, assinavam um termo de assentimento, que foi entregue com a finalidade de assegurar os direitos dos adolescentes em participar do estudo. Também foi solicitado o consentimento verbal de todos os adolescentes envolvidos no estudo mediante o esclarecimento de informações acerca da liberdade em participar da pesquisa, de abandoná-la a qualquer tempo e sobre a confidencialidade das informações em caso de publicações científicas.

Procedimento de Análise dos Dados

Com a finalidade de verificar a diferença entre indivíduos praticantes e não praticantes de bullying, assim como vítimas ou não desses comportamentos, inicialmente foram codificadas duas variáveis dicotômicas, sendo estas: "ser praticante do processo de bullying" (sim ou não), e "ser vítima do processo de bullying" (igualmente codificadas como sim ou não). Para realizar essa codificação, foram calculadas as médias para cada fator de interesse. Foi determinado que os escores acima das respectivas médias representariam "ser praticante do processo de bullying" e "ser vítima do processo de bullying". Essa codificação foi idealizada pelos autores do instrumento, e está presente no artigo de validação (Caballo et al., 2012). Com a finalidade de avaliar a diferença entre indivíduos praticantes ou não, e vítimas ou não de bullying, em relação às habilidades sociais, empregou-se o teste t de student para amostras independentes. Para analisar os preditores do processo de bullying, utilizou-se a regressão logística binária.

 

Resultados

Em relação às características da amostra, 67,1% tinham idades entre 15 e 18 anos, sendo 55,6% do sexo feminino. Quanto à escola, 85,4% estudavam em escolas públicas e 71% cursavam o ensino médio. No que se refere ao envolvimento em comportamentos de bullying, 15% foram classificados como praticantes e 12,7% como vítimas, de acordo com o instrumento utilizado (Tabela 1).

Quando questionados sobre o local mais frequente em que a prática de comportamentos de bullying ocorria, 41,5% adolescentes declararam ser na sala de aula. O segundo local apontado foi o recreio/intervalo (21,5%). Um percentual de 16,7% relatou que o bullying era mais frequente na entrada ou saída da escola; 12,4% consideraram os corredores da instituição como o local onde mais havia este tipo de comportamento, 7,4% a rua e 0,5% os banheiros da escola.

Para verificar as diferenças nas subescalas de HS entre indivíduos praticantes e não praticantes do fenômeno do bullying, foi investigada a significância estatística em relação à diferença de médias de HS nesses dois grupos. Não verificou-se diferença significativa em relação à frequência de comportamentos socialmente habilidosos nas seguintes classes: empatia, assertividade, abordagem afetiva e desenvoltura social. Também não houve diferenças no que concerne à dificuldade de comportamentos nas subescalas assertividade e desenvoltura social. Os indivíduos praticantes de bullying demonstraram maior dificuldade para efetuar comportamentos socialmente hábeis em relação ao escore total de HS; assim como no que se refere a empatia, autocontrole, civilidade e desenvoltura social. Em relação à frequência de manifestação de comportamentos habilidosos, os que praticavam bullying obtiveram menores médias para o escore total, autocontrole e civilidade (Tabela 2).

Foram avaliadas as diferenças entre os adolescentes 'vítimas' e 'não-vítimas' de bullying. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significativas para as frequências do escore total, nem para as subescalas: empatia, autocontrole, assertividade, abordagem afetiva e desenvoltura social. A dificuldade nos fatores assertividade e desenvoltura social também não foi significativa entre os grupos. Os adolescentes que eram vítimas de bullying demonstraram maior dificuldade para manifestar comportamentos socialmente habilidosos, tanto em relação ao escore total, quanto para as classes: empatia, autocontrole, civilidade e abordagem afetiva. As vítimas também apresentaram me-nor frequência de comportamentos relativos à civilidade (Tabela 3).

Para mensurar as variáveis preditoras, foi feito um modelo logístico para cada uma das duas variáveis estudadas ('praticante' e 'não-praticante' e 'vítima' e 'não-vítima' do processo de bullying). O primeiro modelo foi realizado para verificar as variáveis preditoras de ser praticante de bullying. Assim, foi obtido um modelo final, que explicou 10% da variância. Analisando o odds ratio (OR), obtido através do exponencial de B - 1, pode-se verificar que para cada unidade de acréscimo no percentil total de frequência HS, espera-se diminuição de 4,3% na probabilidade de o adolescente ser praticante de bullying. Da mesma forma, para cada unidade de aumento nos percentis de 'frequência de assertividade' e 'frequência de abordagem' afetiva, há um aumento de, respectivamente, 2,0 e 2,6% na probabilidade do escolar praticar o bullying (Tabela 4).

Em relação às variáveis preditoras de ser vítima ou não de bullying, o modelo final explicou 2% da variância e ficou composto pela variável 'percentil de frequência de assertividade'. De acordo com esse modelo, pode-se verificar que para cada unidade de aumento no percentil de frequência de assertividade, há diminuição de 1,1% na probabilidade de ser vítima de bullying (Tabela 5).

 

Discussão

Este estudo descreveu a associação entre aspectos das HS e comportamentos de bullying em adolescentes. De acordo com os resultados encontrados, considera-se que um bom repertório de HS pode ser fator de proteção ao bullying, já que pode minimizar a probabilidade tanto de o jovem ser vítima, quanto agressor. Dessa forma, sugere-se que o treinamento de habilidades sociais, focado nos aspectos em que os indivíduos tenham déficit, possa ser adotado como estratégia de prevenção de comportamentos agressivos entre pares.

A partir dos resultados obtidos, é possível observar que adolescentes que praticam o bullying emitem com menor frequência e maior dificuldade comportamentos relativos tanto às habilidades sociais de forma geral quanto àquelas relacionadas aos itens 'autocontrole' e 'civilidade'. Os praticantes também demonstraram ter significativamente maior dificuldade em estabelecer condutas relacionadas à empatia e à desenvoltura social. Dessa forma, pode-se observar que a maioria das interações significativas aponta para um pior repertório de HS em escolares que praticam o bullying. Nessa direção, estudos constataram que praticantes de bullying são menos empáticos e têm menor capacidade de responder adequadamente às dificuldades que encontram em contextos sociais (Smångs, 2010; Warden & Mackinnon, 2003).

Em contrapartida ao exposto, pode-se verificar que a maior frequência de comportamentos socialmente hábeis em relação às classes assertividade e abordagem afetiva aumentam a probabilidade de o indivíduo ser praticante de bullying. Esse dado pode ser explicado pelo achado dos autores Sutton et al. (1999), que argumentam que mesmo comportamentos agressivos são interações sociais e que a manipulação e assédio moral são condutas que requerem habilidades.

Em relação às vítimas de bullying, pode-se verificar que estas tinham maior dificuldade em expressar comportamentos relativos às HS, tanto para o escore total quanto para as classes: empatia, autocontrole, civilidade e abordagem afetiva. Também foi observado que escores menores na 'frequência de assertividade' aumentavam a probabilidade de o adolescente ser vítima de bullying. Esse achado corrobora o encontrado no estudo de Smith et al. (2004), que constatou que os indivíduos com déficit habilidades sociais tendem a ter mais dificuldade em procurar suporte, o que faz com que sofram agressões por mais tempo. É possível que adolescentes vítimas de bullying possam perder algumas competências necessárias para responder às situações de estresse, o que também colabora para que não manifestem estratégias para suspenderem as agressões (Wolke, Copeland, Angold, & Costello, 2013).

Este estudo possui, todavia, algumas limitações. Cabe ressaltar que o IHSA está validado para indivíduos com idades entre 12 e 17 anos, não compreendendo os sujeitos com 18 anos que participaram desta pesquisa. Outra limitação deste estudo concerne à utilização de medidas de autorrelato, que facilitam que os respondentes omitam informações relevantes (Pepler & Craig, 1998). O delineamento transversal também constitui uma limitação, uma vez que não permite estabelecer uma relação causal entre as variáveis (Creswell, 2013).

Porém, cabe salientar a importância de estudos que retratem o fenômeno do bullying e as variáveis associadas a esses comportamentos, que trazem inúmeras consequências negativas para os envolvidos. Contudo, espera-se que os resultados desta pesquisa colaborem para a elaboração de estratégias efetivas para minimizar a ocorrência do bullying.

Agradecimentos:

À Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior pela bolsa de doutorado no Brasil (primeira autora) e no exterior (segundo autor; processo BEX 893713-X) e ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico pelas bolsas de produtividade em pesquisa (terceira e quarta autoras).

 

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Recebido: 1º/07/2014
1ª revisão: 23/10/2014
2ª revisão: 25/02/2015
Aceite final: 03/03/2015

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