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Revista da SBPH

versão impressa ISSN 1516-0858

Rev. SBPH v.12 n.2 Rio de Janeiro dez. 2009

 

ARTIGOS

 

Estudos e pesquisas em Psico-Oncologia: levantamento realizado no Portal PePSIC1

 

Studies and research in Psycho-Oncology: a survey conducted at the PEPSIC

 

 

Pamela Staliano2; Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araújo2

Universidade de Brasília – UnB

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

Propõe-se um levantamento das publicações sobre Psico-Oncologia, veiculadas no portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC), no intuito de fornecer um panorama da área. A busca foi realizada a partir da combinação dos descritores: psicologia (AND) oncologia (OR) câncer. Os 80 artigos identificados foram categorizados de acordo com: a) delineamento do estudo, com destaque para os relatos de pesquisa (53%); b) tipo de instrumento, 47% utilizaram entrevistas; c) foco de estudo, 45% enfatizaram aspectos psicossociais; d) tipo de câncer, os mais evidentes foram câncer de mama (30%) e câncer infantil (34%); e) modalidade de intervenção, 53% envolveram atendimento grupal. Sugere-se a realização de mais estudos de caráter desenvolvimental, uma vez que favorecem a compreensão da experiência oncológica ao longo do ciclo de vida.

Palavras-chave: Psico-Oncologia; Periódicos Eletrônicos em Psicologia; PePSIC.


ABSTRACT

This paper proposes a review of the articles published in Psycho-Oncology related to the portal on scientific journals in psychology (PePSIC), in order to provide a brief overview of the scientific production on this subject. Thus, a search was made by combining the descriptors: psychology (AND) oncology (OR) cancer. Thereafter the 80 resulting articles were classified into the following previously identified areas: a) elaboration of the study, with emphasis on the research reports (53%); b) type of instrument, 47% used interviews; c) focus of study, 45% emphasized the psychosocial aspects of patients; d) type of cancer, the most evident were: breast cancer (30%) and child cancer (34%); e) type of intervention, 53% developed group works of therapeutic nature. It is suggested that studies on developmental aspects gain better exploration, seeing that they promote the understanding of the behavior of a given variable over a period of time.

Keywords: Psycho-Oncology; Electronic Journals in Psychology; PePSIC.


 

 

Introdução

No âmbito internacional, alguns autores definem a Psico-Oncologia como uma subespecialidade da Oncologia interessada pelo: a) impacto do câncer no funcionamento emocional do paciente, familiares e profissionais de saúde envolvidos no tratamento e b) papel das variáveis psicológicas e comportamentais sobre a incidência e a sobrevivência à doença (Burón e cols., 2008; Holland & Murillo, 2006). Já no Brasil, a Psico-Oncologia surgiu a partir da atuação de psicólogos em instituições de saúde, sendo delimitada como uma subárea da Psicologia da Saúde, que se desenvolve de modo interdisciplinar (Gimenes, 1994; Gimenes, 2000).

Dessa maneira, os conhecimentos teóricos e técnicos gerados na interface da Psicologia e da Oncologia voltam-se para:

- prevenção primária: detecção e intervenção sobre fatores de risco relacionados ao desencadeamento do câncer, como por exemplo: consumo de álcool; ausência de atividade física; exposição a raios ultravioletas; estresse;

- prevenção secundária: orientada para a educação visa a detecção precoce da doença;

- prevenção terciária: intervenções realizadas ao longo das diferentes fases da doença, visando a adesão ao tratamento, o enfrentamento das adversidades e o treinamento da equipe oncológica; e

- investigação: condução de mais pesquisas em prol do aprimoramento da área (Búron e cols., 2008; Gimenes, 2000).

Em Psico-Oncologia, distinguem-se algumas vertentes temáticas principais: a experiência subjetiva da doença; o meio sócio-familiar e cultural do paciente e as variáveis relacionadas com o tratamento, tais como, adesão e relação paciente-profissional (Búron e cols., 2008). Segundo Franco e Kovács (2008), determinados tópicos de pesquisa têm suscitado grande interesse: prevenção do câncer; diagnóstico precoce e questões genéticas; comunicação diagnóstica; dor e sofrimento; avanços terapêuticos; qualidade de vida; personalidade e aspectos psicossociais; cuidados paliativos. Também se destacam preocupações com as condições institucionais e organizacionais na esfera assistencial, além da produção de material de apoio específico para as intervenções terapêuticas (filmes, manuais e folhetos educativos).

Em um levantamento dos trabalhos apresentados em encontros científicos da área de 1996 a 1998, identificou-se uma concentração temática em atendimento psicológico de crianças, pacientes com câncer de mama e pacientes terminais. Relatos de experiência sobre atendimento clínico individual preponderaram, apesar do incremento dos atendimentos grupais (Costa Júnior, 2001).

Em síntese, considerando-se a relevância do campo da Psico-Oncologia, sua significativa expansão nas últimas décadas e as peculiaridades de seu desenvolvimento no contexto brasileiro, foi realizada uma breve revisão das publicações no portal de Periódicos Eletrônicos em Psicologia (PePSIC). Cabe explicitar que o PePSIC, até setembro de 2009, reúne uma coleção de 79 revistas científicas, tendo sido criado com a finalidade de oferecer amplo acesso à produção científica em Psicologia e áreas correlatas, por meio da publicação de periódicos e sua disponibilização em formato eletrônico.

 

Método

A busca foi feita em http://scielo.bvs-psi.org.br/scielo.php a partir da combinação dos descritores: psicologia (AND) oncologia (OR) câncer. Em seguida, os trabalhos publicados foram lidos na íntegra e categorizados de acordo com:

1) Delineamento do estudo: a) pesquisa teórica, a qual abrange revisão de literatura ou reflexões teóricas; b) pesquisa empírica, que se subdivide em descritiva (sem demonstração da influência de uma variável sobre outra) e desenvolvimental (estudos longitudinais ou transversais ao longo do desenvolvimento); c) relato de experiência (comunicação partindo de uma experiência na esfera institucional ou particular); d) metodológico (trabalhos sobre elaboração ou validação de instrumentos).

2) Instrumento empregado, como escala, inventário, questionário e roteiro de entrevista.

3) Foco do estudo, nesta categoria foram agrupadas as temáticas associadas ao câncer que foram enfatizadas nos estudos: qualidade de vida, sobrevivência, resiliência, enfrentamento, dentre outras, com comentário para quem o estudo estava voltado, ou seja, se ao próprio paciente, aos familiares ou aos profissionais.

4) Tipo de câncer: pediátrico, de mama, de próstata e outros.

5) Modalidade de intervenção: por exemplo, atendimento individual ou grupal, estimulação e recreação.

Este sistema de categorias foi elaborado com base no Manual de Publicação da American Psychological Association (2001) e no estudo de Salkind (2000).

 

Resultados e Discussão

Entre 1990 e 2009, identificaram-se 80 artigos, cuja distribuição está ilustrada na figura 1. Vale comentar o aumento do número de publicações desde 2003, sendo que em 2005 (n=10), 2006 (n=21) e 2007 (n=15), foram divulgados 57% dos artigos. Tal dado reafirma o crescente interesse dos pesquisadores pelo campo da Psico-Oncologia apontado pela literatura especializada (Carvalho & Kovács, 1998).

 

 

Também é importante mencionar que 62 (77%) artigos são nacionais e 18 (23%) internacionais. Em sua maioria, os últimos foram redigidos em espanhol e eram provenientes da Argentina, Cuba, Colômbia, México e Espanha. A análise desse material confirmou que, em muitos países, a Psico-Oncologia é considerada uma subespecialidade da Oncologia, o que reflete a concepção de Jimmy Holland ao propor o termo em 1992. Já nos artigos nacionais, nota-se a tendência em conceber a Psico-Oncologia como subárea da Psicologia da Saúde, o que retrata a especificidade da atuação dos profissionais brasileiros (Carvalho, 2002).

 

Delineamento do estudo

Conforme mostra a figura 2, um pouco mais da metade dos artigos 53% (n=43) foi classificada como relato de pesquisa. Estes trabalhos foram desenvolvidos por pesquisadores vinculados a Instituições de Ensino Superior, em Programas de Pós-graduação stricto sensu ou lato sensu. A segunda categoria mais evidente de delineamento do estudo foi a que reuniu pesquisas teóricas, 29% (n=23). Destas, apenas sete eram revisão de literatura: um artigo sobre questões teórico-conceituais, no qual se discute definições, objetivos e níveis de intervenção profissional (Burón e cols., 2008) e outros seis artigos sobre temas específicos, por exemplo sobrevivência, depressão, sofrimento psicológico de profissionais e qualidade de vida (Araujo & Arrais, 1998; Cerchiari, 2000; González Hernández, 2006; Silva, 2009; Vasconcelos & Giglio, 2007; Vinaccia & Orozo, 2005).

Relatos de experiência perfizeram um total de 12 artigos (15%) (Araujo, 2006; Camacho, 2006; Juan, 2004; Silva, 2005; Labate & Barros, 2006; Mileo, 2006; Oliveira, Rosa, Bonatto & Oliveira, 2006; Sá, 2002; Santos, 2003; Sardinha e cols., 2005; Scorsolini-Comin, Vilela e Souza, Santos, 2008; Szpiczkowski & Henriques, 2007). Estas publicações, basicamente, abordaram a experiência em serviços oncológicos especializados frente a variados tipos câncer, com ênfase no atendimento em grupos terapêuticos. Este dado se contrapõe ao levantamento realizado por Costa Jr. (2001), que evidenciou o relato de experiência basicamente de caráter individual psicoterapêutico.

Somente dois estudos metodológicos (2%) foram encontrados: um trabalho de elaboração de instrumento de avaliação das estratégias de enfrentamento da hospitalização e outro sobre validação fatorial do inventário de depressão de Beck em um grupo de mulheres mastectomizadas (Gandini, Martins, Ribeiro & Santos, 2007; Motta & Enumo, 2004).

 

 

De acordo com a figura 3, a grande maioria (93%) dos artigos empíricos (relatos de pesquisa) teve delineamento descritivo (n=40) (Almeida, 2005; Barbosa e cols., 2004; Campos, Bach & Álvares, 2003; Capitão & Zampronha, 2004; Cárdenas & Herrera, 2006; Pérez Cárdenas, 2005; Coutinho & Trindade, 2006; Pelaez Dóro e cols., 2004; Elias, 2003; Ferrand, 2006; Filgueiras e cols., 2007; Gambatto e cols., 2006; Gaviria e cols., 2007; Gómez e cols., 2005; González Gutiérrez, Fonseca & Jordán, 2006; Hamasaki & Kerbauy, 2001; Lefèvre e cols., 2006; Leite & Tanaka, 2007; Lopes, Santos & Lopes, 2008; Marino, 2006; Marques, 2004; Müller e cols., 2005; Mussa & Maberbi, 2008; Peres & Santos, 2006; Pinto & Gióia-Martins, 2006; Quintana, 2007; Ramos & Lustosa, 2009; Rey, 2006; Roca Perara, 1995; Roca Perara 1996; Rossi & Santos, 2003; Silva, Cabral & Christoffel, 2008; Silva, Aquino & Santos, 2008; Silva e cols., 2004; Silva, Gallego & Teixeira, 2006; Steffen & Castoldi, 2006; Tofani & Vaz, 2004; Vasconcelos, Costa & Barbosa, 2008; Vinaccia e cols., 2006; Volpato & Santos, 2007). Apenas três artigos encontrados eram desenvolvimentais, sendo dois transversais (Brandão e cols., 2004; Lobo, Santos, Dourado & Lucia, 2006) e um longitudinal (Llull, Zanier & Garcia, 2003).

 

 

Certamente pesquisas descritivas são fundamentais para consolidação e ampliação de determinada área do conhecimento. Contudo, considerando que houve um aumento progressivo nas taxas de cura e sobrevida de pacientes que apresentam quaisquer tipos de câncer, o número de pesquisas de cunho desenvolvimental não acompanhou as conquistas terapêuticas em Oncologia. É preciso, portanto, insistir na necessidade de trabalhos voltados para as diferentes etapas da experiência oncológica ao longo do ciclo vital (Araujo & Arraes, 1998).

 

Instrumento empregado

Na figura 4, verifica-se que a entrevista estruturada ou semiestruturada foi informada em 26 publicações (47%), seja como único instrumento utilizado (n=16), seja associada a outros instrumentos (n=10), como por exemplo, escalas, inventários e questionários. A categoria “outros” representa diversos tipos de instrumentos: complemento de frases e registros de sessões psicoterapêuticas, arteterapia, relaxamento, visualização de imagens mentais, interações verbais e dinâmica em grupo.

Nos artigos mais recentes, constata-se mais detalhamento sobre a construção e aplicação de instrumentos, em especial, das entrevistas, o que favorece a compreensão dos trabalhos realizados, caracterizando maior confiabilidade aos dados obtidos.

 

 

Foco do Estudo

A figura 5 apresenta a distribuição dos focos de estudo, em que se destacam as categorias: Aspectos Psicossociais do Paciente, que representa 45% (n=37) das publicações, seguida pela Esfera Familiar, 11% (n=9).

 

 

Vários foram os conceitos identificados e discutidos nas publicações. Todos considerados pertinentes ao campo da Psico-Oncologia. Assim, na categoria Aspectos Psicossociais do Paciente, os principais aspectos investigados foram: questões emocionais, estresse, enfrentamento e qualidade de vida. Na categoria referente à Esfera Familiar, sobressaíram-se questões voltadas para a repercussão familiar após o diagnóstico de câncer, como por exemplo, o enfrentamento familiar. Já na categoria Intervenção, foram classificados os estudos sobre o tratamento/atendimento psicológico ofertado a esses pacientes. Outra categoria refere-se à Esfera Profissional, cujos trabalhos abordavam enfrentamento profissional, estresse e qualidade de vida.

De acordo com Burón e cols., (2008), os temas mais frequentemente citados na literatura especializada giram em torno do paciente, seguidos daqueles destinados a conhecer melhor seu meio social. Os resultados da presente pesquisa corroboram tal constatação, pois ao se agrupar os temas associados ao paciente e à família, atinge-se um pouco mais da metade dos trabalhos 65% (n=52) assim categorizados.

 

Tipo de Câncer

Nos artigos em que se informou algum tipo específico de neoplasia, 30% (n=16) citaram câncer de mama, 34% (n=18) câncer infantil e 14% (n=6) câncer hematológico. Outros tipos de câncer, mesmo que em número menor, também são contemplados nos estudos: câncer de ovário/útero; próstata; colorretal; pulmonar; laringe; pele e pênis. Esses dados confirmam levantamento anteriormente realizado em que se alertava sobre as limitações da Psico-Oncologia em gerar conhecimentos sobre cânceres com significativos indicadores epidemiológicos no Brasil (Costa Jr, 2001).

Se considerarmos a estimativa divulgada pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) para os anos de 2008 e 2009, constata-se que o câncer de pele do tipo não melanoma é apontado como a primeira ocorrência, com 115 mil novos casos, seguido pelos tumores de próstata e mama feminina, ambos com uma possível ocorrência de 49 mil novos casos. (Brasil - Instituto Nacional do Câncer, 2007). Contudo, o câncer de pele foi contemplado em apenas uma publicação. Ou seja, as manifestações psicológicas possivelmente associadas a esse tipo de câncer merecem mais atenção.

 

Modalidade de Intervenção

Quinze artigos comunicaram alguma intervenção terapêutica: individual (n=7) ou grupal (n=8), com duração de no mínimo cinco encontros. Dos estudos que desenvolveram intervenção em grupo, dois eram voltados para aspectos de prevenção ao câncer, ambos baseados na teoria cognitivo-comportamental. O primeiro desses estudos orientou-se para a redução e o abandono do uso da nicotina, bem como, para o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento diante de situações de risco que propiciam o ato de fumar. Já o segundo trabalho visou incrementar comportamentos de proteção e diminuição à exposição solar. Os outros seis estudos caracterizaram-se como programas de grupo de apoio tanto para pacientes portadores de quaisquer tipos de câncer, quanto para familiares e profissionais que lidam diretamente com esses pacientes.

A organização de grupos de apoio psicológico aos pacientes, familiares e profissionais é recomendada pela literatura especializada tanto para enfrentamento das adversidades do adoecimento, quanto para favorecer sua qualidade de vida e bem-estar (Holland & Murillo, 2006).

 

Conclusões

O presente levantamento sugere algumas tendências das publicações sobre Psico-Oncologia, tais como, concentração de estudos empíricos descritivos e enfoque sobre determinados tipos de câncer (como o infantil e o câncer de mama). Quanto às temáticas predominam trabalhos sobre enfrentamento, sobrevivência, estresse e depressão, empreendidos sob o prisma do próprio paciente, de seus familiares ou dos profissionais envolvidos no acompanhamento. Sugere-se a realização de mais estudos de caráter desenvolvimental, uma vez que favorecem a compreensão da experiência oncológica ao longo do ciclo de vida. Tomando por base as crescentes taxas atuais de sobrevivência ao câncer, essa modalidade investigativa é essencial para fundamentar estratégias preventivas e terapêuticas mais adequadas e eficazes.

 

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Endereço para correspondência
Pamela Staliano
E-mail: pamelastaliano@hotmail.com
Tereza Cristina Cavalcanti Ferreira de Araújo
E-mail: araujotc@unb.br

 

 

1 Estudo realizado na Universidade de Brasília – UnB.
2 Universidade de Brasília – UnB. E-MAIL: pamelastaliano@hotmail.com, E-MAIL: araujotc@unb.br

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