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Revista da SPAGESP
versão impressa ISSN 1677-2970
Resumo
NAVES, Mauro Bilharinho. Da criança divina à jornada do herói: a utilização de referências dos símbolos e mitos em psicoterapia analítica de grupo. Rev. SPAGESP [online]. 2005, vol.6, n.1, pp.65-73. ISSN 1677-2970.
O símbolo é um retrato do homem, revela sua incompletude e mostra o esforço permanente para superar esta condição. Desta forma o símbolo/homem procura outros símbolos que, não proporcionam completude, mas possibilitam seu desenvolvimento. As constelações simbólicas vão formando configurações a que chamamos mitos. Cada vez que um símbolo encontra com outro formam-se vínculos, cuja manutenção e elaboração depende de mitos. Algumas das referências simbólicas do ser humano são a criança divina, a jornada do herói, a grande mãe e o divino trapaceiro. A criança divina diz respeito ao eixo central que, tendo uma origem narcísica, permite a coesão do self. Trata-se de uma representação do sopro divino, de uma integração com a natureza, de um saber direto, intuitivo. A criança divina já surge completa, nada lhe falta. O herói por outro lado necessita lutar arduamente para levar a cabo sua missão. Em vinhetas de sessões grupais, poderemos identificar estes produtos do imaginário e seu manejo terapêutico.
Palavras-chave : Símbolo; Psicanálise; Grupo.