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Arquivos Brasileiros de Psicologia

versão On-line ISSN 1809-5267

Resumo

ZILIO, Diego  e  CARRARA, Kester. B. F. Skinner: teórico da ciência e teórico da moral?. Arq. bras. psicol. [online]. 2009, vol.61, n.2, pp.1-11. ISSN 1809-5267.

Seria a teoria moral de Skinner dependente de sua teoria científica a ponto de se tornar desprovida de sentido se separada dela? A mera sugestão dessa hipótese traz consigo o problema da falácia naturalista, isto é, o problema de se derivar enunciados do tipo ''deve ser'' de enunciados do tipo ''é''. Esse problema serve aqui como um indicativo que aponta o quão problemático pode ser sustentar uma teoria moral e uma teoria científica no mesmo âmbito. O intuito do artigo, nesse contexto, é analisar se esse é o caso do Behaviorismo Radical. Inspirado pelo dilema da falácia naturalista, o primeiro passo é expor as diferenças estruturais e funcionais entre os enunciados do tipo ''deve ser'' e os enunciados do tipo ''é''. A estratégia é apresentar, com apoio da Filosofia da Linguagem, as diferenças entre enunciados factuais e enunciados valorativos. O passo seguinte, por sua vez, consiste em analisar qual a natureza das relações entre a teoria científica e a teoria moral de Skinner, isto é, se elas são necessárias ou contingenciais. Espera-se, com isso, que seja ao menos plausível apresentar uma alternativa de resposta à questão-problema deste artigo.

Palavras-chave : Behaviorismo Radical; Skinner; Teoria científica; Teoria moral; Fatos; Valores.

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