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Revista da Abordagem Gestáltica
versão impressa ISSN 1809-6867
Rev. abordagem gestalt. vol.21 no.2 Goiânia dez. 2015
TEXTOS CLÁSSICOS
Sobre o artigo de Beck: "a última fase da fenomenologia de Husserl"1,2
Dorion Cairns; Maximilian Beck
Discussão
Beck delimita uma acusação forçada. Se todas essas acusações pudessem ser comprovadas, o objetivo de Husserl seria inalcançável, suas problematizações fundamentais seriam falsas, seus métodos incongruentes, suas principais teorias seriam falsas e a sua própria coempreensão uma autoilusão. Para evidências detalhadas e presumidamente comprobatórias, nos referimos às publicações prévias de Beck, as quais não tive como consultar. Por si só, este artigo aborda a oposição de Beck frente a inúmeras teorias que, em sua opinião, foram mantidas por Edmund Husserl. A propósito, algumas delas foram contestadas por Husserl. De fato, muitas afirmações feitas por Beck, acreditando que estaria contradizendo Husserl são, na verdade, afirmações sobre seu ponto de vista. Já outras teorias contestadas são do próprio Husserl, mas nada do que consta neste artigo deve suscitar dúvidas quanto a sua validação. As outras teorias contestadas são realmente de Husserl, mas nada no presente artigo deve pôr em causa a sua validade.
As questões levantadas são tão diversas quanto numerosas. Além disso, uma defesa apropriada de Husserl envolveria a exposição de grande parte de suas análises. No espaço do qual disponho posso responder com convicção a apenas uma parcela dessas acusações. Para tanto, escolhi uma que está no topo da lista, visto que parece também ser refutável dentro dessa orientação, relativamente restrita.
(1) É verdade que o método de Husserl "requer o exercício do julgamento." Entretanto, é falso que "pretenda ser (...) mera descrição" sem um julgamento. Para Husserl, descrever é julgar. É também um equívoco afirmar que o método de Husserl não pretende tecer conclusões e, basta uma breve citação para mostrar a falha dessa crítica:
[nas investigações transcendentais] é possível conceber conceitos, formar julgamentos derivados de experiências transcendentais (...); é possível esvaziar e preencher julgamentos; lutar pela verdade e alcançá-la através de adequação; fazer inferências e até proceder de maneira indutiva.3
Isso significa que o método de Husserl "presume as regras da lógica?". Como disse o próprio Husserl4, isso significa que os julgamentos descritivos mais simples, alcançados pelo seu método, devem se enquadrar nas normas da lógica em algum momento. Porém, o senso geral da única lógica concebível, antes de influenciar a redução fenomenológica transcendental, é agrupada separadamente por essa redução5. Assim, o método de investigação fenomenológica transcendental exclui a premissa explícita ou tácita da lógica de um possível 'ser' em um mundo possível; a verdade possível sobre tal 'ser' é também a lógica da objetividade transcendental e da verdade fenomenológica transcendental. Tendo adquirido um acesso experiencial para sua própria subjetividade transcendental, através da redução fenomenológica transcendental, o fenomenólogo passa a aceitar ingenuamente aquilo que vê e buscar, ingenuamente, evidências para explicar e determinar formal e categoricamente suas informações. As estruturas típicas de sua consciência transcendental são também comumente vivenciadas enquanto as observa e descreve e, também, quando verifica descrições já alcançadas. Ao aceitar esta evidência de identidade, o fenomenólogo tece pressuposições ainda que, qua fenomenólogo transcendental, se abstenha de pressupor o status similar de sua consciência como algo no mundo e que esta identidade é uma identidade no mundo. Ao tecer julgamentos evidentes fundamentados na experiência e tirar conclusões evidentes a partir deles, é possível afirmar que pressupõe a "lógica" do ser transcendental e da verdade. Mesmo assim, não se pode dizer que pressupõe uma teórica lógica ou mesmo lógicas primitivas como leis da identidade. Antes que pudesse pressupor tal teoria, o fenomenólogo teria que produzir e isolar não só as estruturas formais e lógicas, ilustradas por seus julgamentos acerca da subjetividade transcendental, como também estruturas análogas através de situações correspondentes.
O próprio Husserl enfatizou a inevitabilidade de começar, mesmo na atitude fenomenológica transcendental, por aceitar qualquer evidência e, nesse sentido, tecer pressuposições que, eventualmente, devem ser suspensas e submetidas a uma análise fenomenológica em um sentido mais profundo6. Em todos os níveis da investigação, o fenomenólogo tece "pressuposições do ser" (Seinsvoraussetzungen7), se não do ser transcendental presente, ao menos de um possível ser transcendental. Mas, assim como a pressuposição ingênua do ser mundano é suspensa pela redução fenomenológica transcendental (ou pelo que acaba sendo somente seu primeiro estágio), a implicatura ingênua na experiência fenomenológica e a teoria do primeiro nível transcendental é superada por uma posterior redução fenomenológica.
As investigações adquirem uma dolorosa e inevitável relatividade, uma provisoriedade ao invés de um estado definitivo, pelo que se está lutando. Nesse nível, cada investigação supera um pouco da inocência; porém, cada uma traz consigo a inocência correspondente ao nível que, por sua vez, deve ser vencido através de uma investigação mais profunda8.
O que resta então da reivindicação pela total ausência de pressuposições, tão frequentemente atribuída à fenomenologia? Por razões já mencionadas, fica claro que Husserl não sustenta o fato de que a fenomenologia ocorre sem pressuposições, seja qual for o sentido dessa palavra. Husserl defende que na investigação fenomenológica é "o radicalismo que vê em qualquer objeto pré-concebido como existente, um indicador para um sistema de conquistas constitutivas9". A declaração do conhecimento na mais absoluta falta de pressuposições é denominada como "ideal"10 e não como fato concluído.
Antes de considerar a última parte da crítica de Beck, deve-se estar relativamente ciente do tipo de pressuposições necessárias em qualquer nível da investigação fenomenológica. Estas não são conceitos teóricos presumíveis, arbitrários ou plausíveis, mas sim dados pré-teóricos, pressupostos somente no sentido de serem aceitos pelo investigador, quando este as vivencia da maneira como são ofertadas11. É nesse sentido que o fenomenólogo transcendental "pressupõe" seu ego transcendental. Ele observa atos espontâneos como realmente imanentes no seu fluxo de consciência; estes atos são caracterizados como provenientes do ego e direcionados para objetos12. Assim, o datum, no primeiro estágio da observação fenomenológica transcendental possui três aspectos: ego, cogito e cogitatum. Essa naturalidade vivenciada do ego transcendental é comentada por Husserl em muitos trechos:
Através da evidência da experiência, recorro continuamente por e para mim como "eu mesmo". Esta é uma verdade do ego transcendental, assim como do "ego" em todos os sentidos13.
O ego existe por si mesmo em evidência contínua; em si mesmo o ego é continuamente evidente (...). O ego compreende a si próprio não apenas como fluxo de vida, mas também como o "Eu" que vive através disso e daquilo - o "Eu" que vive através deste e daquele ato de pensar (cogito)14.
Talvez Dr. Beck acredite que o ego transcendental é, por assim dizer, "aceito somente como premissa necessária de qualquer pensamento". Certamente, este não é o status do ego transcendental na teoria de Husserl, conforme compreendida pelo próprio Husserl. Outra questão, antes de encerrar esta primeira crítica: o ego da "consciência purificada transcendentalmente" é denominado por Husserl como ego "geral". Husserl discute a essência geral ilustrada pelo ego da consciência transcendental, porém concebe esse mesmo ego como o ego relativamente pessoal individual (não generalizado) do próprio fenomenólogo.
Este "Eu" centralizado não é um polo de identidade vazio, não mais do que qualquer objeto seja. Em vez disso... a cada ação irradiada do Eu, como uma novidade objetiva, este "Eu" adquire nova propriedade permanente.... assim, através de sua gênese ativa, o ego se constitui como subtrato idêntico de suas propriedades duradouras, ou seja, como um Eu único "permanente e duradouro15".
Através disso [do "por entre parênteses" de todo mundo objetivo], estou ciente do meu ego como um ego transcendental que, em sua vida constitutiva, constitui tudo o que é objetivo para mim16.
Por questões de espaço, meus comentários sobre as demais críticas serão mais fragmentados e menos fundamentados.
(2) No pensamento recente de Husserl, a divindade foi concebida como questão transcendental constitutiva, não como hiper transcendência, para além do mundo transcendente... Para a raça humana, a fonte da racionalidade "nasce" desse telos, tendência da subjetividade transcendental para constituir um mundo genuinamente real e bom. O propósito é compreensível somente nos atos e produtos dos sujeitos e é somente nesse sentido que o mundo é tido como produto da subjetividade, que a objetividade teológica é compreendida.
(3) Assim como outras pessoas, o fenomenólogo gosta de evidências apodíticas e assertóricas, evidências da necessidade e da existência... As palavras "razão" e "racional", segundo Husserl, se referem primeiramente a ações e atitudes posicionais evidentes e também aos objetos evidentemente posicionais. A razão, neste sentido, não se restringe ao domínio da evidência apodítica, do julgamento explícito ou mesmo da crença no seu sentido mais geral. Desejar o melhor fim através dos melhores meios é um ato da razão não menos do que o julgamento da lei do meio excluso... Husserl negou que o pensamento possa ser absolutamente infalível. O pensamento é autonormativo, no sentido de que as normas do pensar possam ser fornecidas somente por um pensamento evidente, um pensamento que é intrinsecamente uma camada de sustentação dos próprios objetivos pretendidos.
(4) Para nós, os universais são objetos porque podemos compreendê-los e identificá-los. A compreensão dos universais pressupõe a compreensão dos indivíduos que, por sua vez, pressupõe que as "excepcionalidades" pré-objetivas são passiva e intencionalmente constituídas como "tais", para que o ego os compreenda. Os sujeitos devem ser, portanto, constituídos como objetos pelo ego - em outras palavras, devem ser objetivados - antes que suas semelhanças e diferenças mútuas, ou que os universais ilustrados por eles, sejam objetivadas. Um mundo constituído de indivíduos objetivos e sem universais objetivos é concebível, mas universais objetivos sem indivíduos objetivos não. Falar de quaisquer tipos de objetos que não sejam objetos para os sujeitos é absurdo do ponto de vista da fenomenologia transcendental... As primeiras aproximações no reino das formas sensíveis existem para melhorar tais formas. Na prática, objetiva-se produzir não planos e círculos ideais, mas superfícies reais e empiricamente planas e formas circulares. Só então é possível compreender e objetivar (não imaginar) planos e círculos geometricamente exatos, como limites ideais, algo que superfícies sensivelmente planas ou formatos circulares apenas aproximam, mas não alcançam. Obviamente, é possível imaginar e ter como objetivo uma superfície plana ou um ponto mais afiado antes de compreender a ideia de um plano ou ponto geometricamente exato.
(5) Husserl, a exemplo de Beck, sustenta que as formas quase cúbicas das salas e retangulares das mesas são em si mesmas vistas como unitárias e idênticas, através de suas perspectivas. Tais formatos aproximados, porém, não são as figuras exatas.
(6) As considerações tecidas aqui contra "Husserl" coincidem com os resultados do próprio Husserl, ou seja, não são análises rechaçadas.
(7) Seria absurdo afirmar que as determinações de coisas puramente materiais são psíquicas ou vice versa. Husserl nunca fez tal afirmação e nenhuma de suas teorias implica essa proposição. Sua doutrina de que todas as coisas materiais são subjetivamente constituídas não implica tal afirmação. Uma possível fonte de equívoco é a ambiguidade da palavra "constituir" em seu uso comum. A subjetividade transcendental é o constituinte eficaz, não o constituinte do mundo objetivo.
(8) De certa forma, processos subjetivos são constituídos na base de "adumbramentos". Para o presente consciente, cada fase temporal da consciência é idêntica no que diz respeito a um continuum crescente e continuamente modificado de "retenções". Nas Ideen, este nível de análise foi ignorado; o fluxo de consciência já constituído e, temporalmente evidente, foi aceito como sendo o datum fenomenológico transcendental. A afirmação de que "processo subjetivos não são adumbrados" significa que, ao compreender certa percepção sensível, não se tem um fluxo de conteúdos imanentes, no sentido de que a reflexão é uma percepção sensível intencional, uma unidade transcendente; isto é característico dos objetos de determinados ações não reflexivas.... O que Beck afirma sobre o sujeito psíquico, que se manifesta em seus atos, é reminiscente de algumas análises de Husserl, consistente com todas as suas perspectivas.
(9 e 10) A teoria de que o mundo é constituído de forma subjetiva é compatível com o fato de acharmos esse mundo como sendo genuinamente pré-determinado. O mundo é passivamente pré-constituído antes de ser ativamente "encontrado" pelo ego. Segundo Husserl, a subjetividade é ativamente constitutiva apenas nos níveis mais altos. Ainda assim, a liberdade transcendental do sujeito é limitada pela própria essência de sua natureza... Husserl iria ainda mais longe e diria que o próprio conceito de mundo produzido pela subjetividade é, em si mesmo, contraditório... Ele sustenta que, ao constituir o mundo, o sujeito transcendental constitui, necessariamente, a si mesmo como sujeito "animal", com mente e corpo. A conexão da mente com o corpo não é acidental... As unidades pré-objetivas que eventualmente funcionam como aspectos de perspectivas são prioritárias aos objetos vistos "através" delas. É possível ter objetos simplesmente por ter (não compreender) objetos parciais que, ao serem apreendidos, tornam-se perspectivas desses objetos.
(11) A "prova" do idealismo fenomenológico transcendental reside na evidência da análise de vários objetos inquestionáveis... Essas excepcionalidades da objetividade parcial são fornecidas antes de ser plenamente objetivadas, fato e necessidade. Essa pré-determinação, no entanto, não transgride a doutrina do idealismo fenomenológico transcendental. O que é pré-determinado na experiência acaba sendo o correlato intencional ideal de níveis "sedimentados" mais inferiores da constituição subjetiva.
(12) A consciência transcendental, isto é, o próprio fluxo de processos subjetivos transcendentais não é, de fato, uma essência. Mas como fato individual, tem suas determinações essencialmente necessárias; é uma essencialmente possível, bem como um atual, exemplificação de essências. E as essências ilustradas por possíveis fluxos de consciência subjetivos podem ser evidenciadas, apenas quando um único de facto fluxo de consciência possa ser... Dr. Beck aparentemente prefere o uso da palavra "razão" num sentido relativamente restrito. Há precedentes para esse uso, e igualmente para Husserl. Se eu compreender os termos "ideias" e "razão" no mesmo sentido que os entende, não há conflitos com a perspectiva de Husserl.
Em razão de Beck construir de forma equivocada, em seus últimos anos de vida, tantos conceitos e teses fundamentais para o posicionamento de Husserl, é inevitável que algumas vezes construa, erroneamente, o sentido da última publicação de Husserl. Não é surpresa o fato de que alguém que tenha cometido tantos erros obscureça e distorça, em certa medida, o conteúdo peculiar daquele ensaio fragmentado. O relato de Beck falha ao conceber o que, na perspectiva de Husserl, é mais importante no ensaio "A Crise das Ciências Europeias", ou seja, o senso que a tornou uma "abertura" adequada para sua chef d'oeuvre. O relato também é equivocado no que diz respeito a perspectivas com relação às análises de Husserl sobre a geometria e mensuração pré-teorética e também quanto a sua concepção sobre a relação entre o mundo do físico e o mundo cotidiano. Não vou elaborar nem tentar justificar estas opiniões agora, pois já utilizei todo o espaço que me foi permitido. Em todo o caso, seria incompatível engessar uma exposição desse grande ensaio de Husserl em um molde acidental de controvérsia.
Dorion Cairns
Rockford College
Em resposta às observações críticas de Cairns
O professor Cairns afirma que "inúmeras afirmações feitas por Beck, na crença de que contradiz Husserl, condizem com a perspectiva do próprio Husserl". Todas as minhas afirmações são feitas sobre esse suposto "absurdo" o qual, de acordo com o próprio Cairns (p. 487) contradiz a perspectiva fenomenológica transcendental de Husserl. Falo sobre objetos que não são objetos somente para um sujeito reconhecido, mas que existem independentemente dele. Já foi demonstrado inúmeras vezes que os esforços de Schelling e Schopenhauer para provar uma correlação essencial entre sujeito e objeto são, na verdade, truques dialéticos, confundindo a relação do reconhecimento com a existência: a evidência de que nada pode ser reconhecido, a menos que seja reconhecido por um sujeito, é confundida com a suposta impossibilidade da existência, exceto no caso de um sujeito já reconhecido.
Sei que o principal objetivo de Husserl era substituir o significado realista de muitos termos por outros transcendentais, provando que eram significados reais. Eu, entretanto, emprego muitos termos apenas neste senso "absurdo" do realismo que contradiz o significado transcendental. Somente se o significado quase realista de Husserl for silenciosamente substituído por minhas afirmações, é possível dizer que muitas delas, feitas com base na crença de que contradizem Husserl, são afirmações do próprio Husserl. Isso sim acabaria distorcendo as minhas próprias afirmações. Além do mais, deve-se pressupor que, o que deve ser investigado constitui razão principal da minha crítica.
Maximilian Beck
Nota Biográfica
Dorion Cairns (1901, Contoocook, New Hampshire-1973, New York), estudou em Harvard, onde se doutorou. Em duas ocasiões - entre 1924 e 1926, e entre 1931 e 1932 - esteve em estreito contato com Husserl. Lecionou no Departamento de Filosofia e Psicologia do Rockford College e no New School of Social Research (New York). Foi responsável pelas traduções das Cartesian Meditations. An Introduction of Phenomenology e Formal and Transcendental Logic. Publicou ainda, Guide for Translating Husserl (Phaenomenologica 55), 1973 e Conversations with Husserl and Fink (Phaenomenologica, 66), 1976.
Tradução: Profa. Dra. Silvana Ayub Polchlopek (Universidade Tecnológica Federal do Paraná)
Revisão Técnica: Adriano Furtado Holanda (Universidade Federal do Paraná)
Dorion Cairns (1941)
1 Título original: "Concerning Beck's 'The Last Phase of Husserl's Phenomenology'". Publicado no Philosophy and Phenomenological Research, Vol. 1, No. 4 (Jun., 1941), p. 492-498, sob responsabilidade da International Phenomenological Society. Disponível em http://www.jstor.org/stable/2103150. [ Links ]
2 Refere-se a: Beck, Maximilian. (2013). A última fase da fenomenologia de Husserl: exposição e crítica (1941). Revista da Abordagem Gestáltica, 19 (1), 119-125. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci-arttext&pid=S1809-68672013000100015&lng=pt&tlng=pt (Nota do Editor). [ Links ]
3 Traduzido de Edmund Husserl, Formale und Transzendentale Logik, p. 238. [ Links ]
4 Loc. cit.
5 Op. cit., p. 203.
6 Op. cit., p. 238.
7 Op. cit., p. 239.
8 Loc. cit.
9 Op. cit., p. 244.
10 Loc. cit.
11 Cf. Marvin Farber, "The Ideal of a Presuppositionless Philosophy." Philosophical Essays in Memory of Edmund Husserl, p. 44-64. [ Links ]
12 Cf. Edmund Husserl, Méditations Cartésiennes, § 31. [ Links ]
13 Op. cit., § 33. Aqui, bem como em citações subsdequetes, traduzo diretamente do texto em alemão deste trabalho, não publicado.
14 Op. cit., § 31.
15 Op. cit., § 32.
16 Op. cit., § 45; ênfase do autor.