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Revista da Abordagem Gestáltica

versão impressa ISSN 1809-6867

Rev. abordagem gestalt. vol.27 no.2 Goiânia maio/ago. 2021

 

EDITORIAL

 

Editorial

 

 

Paulo Coelho Castelo Branco; Adriano Holanda

Editores

 

 

O segundo número de 2021 apresenta discussões em torno de vários temas relacionados a reflexões em torno dos campos humanistas, fenomenológicos e existenciais em suas interfaces os com a arte e a psicoterapia. Em especial, este número conta com diversos artigos relacionados à Abordagem Centrada na Pessoa (ACP). Oriundo de uma parceria da Revista da Abordagem Gestáltica - Phenomenological Studies com o XIII Fórum Brasileiro da ACP, ocorrido em 2019, em Porto de Galinhas, Pernambuco. Com mediação da comissão organizadora e científica do envento, recebemos um conjunto de trabalhos, dos quais foram aprovados e aqui arrolados, os seguintes trabalhos: Carl Rogers e Emmanuel Lévinas: Caminhos éticos na Abordagem Centrada na Pessoa, de Alice dos Santos Vasconcelos e Sandra Souza; Produção de Conhecimento em Abordagem Centrada na Pessoa: Um Percurso Teórico-Metodológico Gadameriano, de Edson do Nascimento Bezerra e Almir Ferreira da Silva Junior; Experiências de Estudantes de Psicologia ao Conduzir Grupos com outros Universitários, de Shirley Macêdo, Melina Pinheiro Gomes de Souza e Ana Lícia Pessoa Nunes; Uma Formação Pedagógico-Reflexiva em Psicologia: Análise de Diários de Aprendizagem, de Juliana Crespo Lopes, Francielly de Oliveira Müller Lima, Sandra Ferraz de Castillo Dourado Freire e Lúcia Helena Cavasin Zabotto Pulino. Em comum, esse trabalhos aprofundam o legado de Carl Rogers, de modo a refletí-lo e usá-lo como fonte para discussões de teorias e experiências compreendidas a partir de estudos empíricos.

Dando seguimento, trazemos mais estudos relacionados à ACP, a partir de outros textos que nos chegaram no esteio do processo editorial corrente. No artigo Da Ludoterapia Não-Diretiva à Ludoterapia Centrada na Criança -Desenvolvimento Histórico Rosa Angela Cortez de Brito, José Célio Freire, Lucas Guimarães Bloc e Virginia de Saboia Moreira Cavalcanti, em uma revisão narrativa amparada pelos aportes hermenêuticos de Gadamer e pelas fases do pensamento rogeriano, discutem as propostas seminais de Rogers e Axline sobre o trabalho ludoterapêutico com crianças e ponderam as propostas comtemporâneas. No estudo O Poder Transformador dos Encontros: Uma Análise da Animação Destino, Elizabeth Fátima Teodoro e Reinaldo da Silva Júnior utilizam as lentes rogerianas para tecer uma leitura da mencionada animação de Salvador Dalí e Walter Disney, e pensar a questão da relação amorosa.

Saindo da seara dos estudos relacionados à ACP, porém ainda em inteface com a Fenomenologia, o relato de pesquisa Micro-Fenomenología de la Subjetividad del Psicoterapeuta Sistémico, de Ángela Hernández Córdoba e Ángel Villamil Pineda, apresenta um estudo empírico a partir de uma provocação sobre o acesso da experiência subjetiva do terapeuta com base em uma pesquisa em primeira pessoa que considere as suas emoções. Na pesquisa A Pessoa com Deficiência Intelectual e a Compreensão de sua Existência Wallisten Passos Garcia e Ana Paula Almeida de Pereira, conforme uma perspectiva existencial sartriana e o emprego do método fenomenologico empírico, investigam as experiências de pessoas com deficiência intelectual em relação às suas capacidades para atribuir significados a sua existência, trazendo importantes apontamentos para os serviços, profissionais e familiares que lidam com esse público. O artigo teórico Uma Reflexão sobre a Fenomenologia da Experiência Estética: O Caso do Teatro, de Jenifer Cortes Demeterco Geromini, aborda interdisciplinarmente uma interface proficua entre a Arte e a Fenomenologia para refletir o oficio artistico teatral a partir da obra Phénoménologie de l'experience esthétique de Mikel Dufrenne.

Finalmente, o artigo La Teoría del Sueño de F. S. Perls: Evolución, Problemas Teóricos y Prácticos, de David Ceballos, apresenta um aprofundamento sobre o argumento de que a teoria dos sonhos estabelecida por Perls pode ser tratada como uma projeção ou uma mensagem existencial do criador da Gestalt-Terapia. Para tanto, reexamina tal teoria segundo três fases do seu desenvolvimento, acenando para as suas distinções próprias e funcionalidades psicológicas e psicoterapeuticas.

Boa leitura!

 

 

(Este número foi finalizado em 25 de junho de 2021)

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