EDITORIAL

Esta edição, apesar de mais curta, representa a linha editorial que adotamos desde o início da revista, quando ainda era impressa, pautada no diálogo entre as disciplinas que se propõem à produção de conhecimento teórico e empírico no campo das humanidades, educação e saúde.

É um desafio constante que se coloca na contramão de forças político-acadêmico burocráticas que nem sempre corroboram equitativamente para o avanço quanti e qualitativo da produção científica nos cenários local, regional e nacional, o que, às vezes, se traduz na intermitência dos veículos de publicação.

Neste número, o esforço coletivo é a marca da intenção de nosso propósito para a continuidade.

Assim, Denise Gutierrez, Ewerton Castro e Karine Pontes sob uma perspectiva psicanalítica, nos brindam com um estudo teórico acerca do vínculo mãe-filho e desenvolvem o exame conceitual sobre maternidade, ou melhor, "maternidades", enquanto fenômeno psicossocial.

Arleth Guimarães, Helena Neves, Lucilene Costa e Mislene Silva, trazem o relato de uma experiência em uma defensoria pública em Belém do Pará, que tem como missão garantir o atendimento especializado jurídico-social a mulheres em situação de violência doméstica e familiar por meio de equipe multidisciplinar.

Oriundo de sua dissertação de Mestrado, Carlos Ponte nos apresenta o artigo "indivíduo" e "pessoa": semelhanças e diferenças entre Kierkegaard e Rogers onde questiona a dita influência da filosofia de Sören Kierkegaard na constituição da Psicologia centrada na pessoa de Carl Rogers confrontando o conceito de "Indivíduo" de Kierkegaard e o conceito de "Pessoa" em Rogers, estabelecendo suas semelhanças e diferenças.

Saulo de Freitas Araújo Lucivaldo Araújo, Tayana Sabino e Themis Patrício apresentam os resultados de uma pesquisa sobre a prática da Terapia Ocupacional no Sistema Único de Assistência Social (SUAS) em Belém.

Renata Lucisano, Luzia Iara Pfeifer, Maria Paula Panuncio-Pinto, Patrícia Anhão e Jair Santos trazem a público os resultados de uma pesquisa acerca da interação social de crianças pré-escolares com Síndrome Down no processo de interação na rede regular de educação infantil de um município no interior do estado de São Paulo.

Por fim, Elisa Souza trata sobre a violência urbana e cultura escolar através do relato de um estudo sobre as percepções dos atores sociais em uma escola pública em Ananindeua – Pa.

Boa Leitura.

Lucivaldo Araújo
Editor Adjunto