40 75A falta e o nomeDimensões clínicas da angústia 
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Reverso

 ISSN 0102-7395

MENDES, Eliana Rodrigues Pereira. A falta que consome. Reverso []. 2018, 40, 75, pp.35-42. ISSN 0102-7395.

Vivemos hoje numa sociedade hedonista, onde o prazer é buscado a qualquer custo. Em decorrência disso, assiste-se a um aumento exacerbado do consumo, como fonte imediata de felicidade. Hoje a moralidade se traduz, para o consumidor, em usufruir o máximo prazer da vida. Em sintonia com a moral do espetáculo, estar feliz não é apenas sentir-se sentimentalmente repleto, mas é preciso se ver semelhante aos ‘vencedores’, aos ‘visíveis’, aos astros midiáticos. A autora usa os exemplos do funk ostentação e do consumo ilegítimo dos políticos corruptos que se utilizam do dinheiro do povo para preencher seu bolso e seu vazio existencial (sua falta). Quando esse espaço fica tomado, vem a angústia. Se ela é obturada, o desejo não aparece, e sem o desejo tem lugar uma repetição interminável de uma mesma cadeia, que o aprisiona e o consome. Os que não mais desejam se acham consumidos ou desaparecidos enquanto sujeitos. Aí se pode falar da falta que consome.

: Falta; Consumismo; Hedonismo; Funk ostentação; Corrupção; Angústia; Gozo; Desejo.

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