7 2Psicanálise e⁄como filosofia?: O significado antropológico da patologia nos Três ensaios sobre a sexualidade, de Freud, na tradição psicanalítica 
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Natureza humana

 ISSN 1517-2430

LOPARIC, Zeljko. Elementos da teoria winnicottiana da sexualidade. Nat. hum. []. 2005, 7, 2, pp.311-358. ISSN 1517-2430.

Após resumir as diferenças entre os paradigmas freudiano e winnicottiano da psicanálise (seção 1), o presente trabalho passa a apresentar as idéias centrais da teoria winnicottiana da sexualidade. As principais teses defendidas são as seguintes: 1) Winnicott redescreveu a sexualidade a partir de duas raízes: a raiz instintual (os instintos entendidos como impulsos biológicos) e a raiz identitária (as inter-relações humanas acontecendo à parte dos impulsos instintuais, como identificações de diferentes tipos), 2) ele reescreveu o essencial da teoria psicanalítica tradicional desse fenômeno, e 3) ao fazer tudo isso, ele acrescentou elementos essenciais ao seu novo paradigma da psicanálise (seção 2). Depois de apresentar de maneira esquemática da concepção winnicottiana da raiz instintual e da raiz identitária da sexualidade, bem como algumas das sua implicações (seção 10), (seções 6-9), especificarei os conflitos sexuais correspondentes bem como os distúrbios que deles resultam (mostrarei, em particular, que a raiz instintual pode dar origem a neuroses e a identitária, a dissociações com complicações psicóticas). Na ultima parte do artigo (seções 11-12), analisarei uma tese adicional de Winnicott, a de que ambas as raízes da sexualidade humana são fincadas no chão comum do processo de amadurecimento e que todos os conflitos do tipo sexual são relacionados ao conflito mais profundo entre o ser e o fazer, concebido como problema universal dos seres humanos inerente nesse processo.

: Sexualidade; Amadurecimento; Instinto; Identificação; Ser; Fazer.

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