33Homofobias psicanalíticas na psicologização do ÉdipoSujeito do inconsciente e sujeito de direito: ponto de conjunção ou de disjunção na interlocução da psicanálise com a saúde mental? 
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Stylus (Rio de Janeiro)

 ISSN 1676-157X

PACHECO FILHO, Raul Albino. Ditadura e homossexualidades: discurso e sintoma. Stylus (Rio J.) []. 2016, 33, pp.201-214. ISSN 1676-157X.

O tema "Ditadura e homossexualidades" convoca a um diálogo entre diferentes campos do saber. E a psicanálise tem sua contribuição a oferecer, já que, nela, desde a sua origem, o sexual, o social e o político mostram-se articulados. Observe-se que totalitarismo político e moralismo conservador caminham juntos. O modus operandi das ditaduras é a dominação dos gozos por meio da padronização de valores e condutas, tentando suprimir as singularidades dos sujeitos. Em contraste com isto, a psicanálise é uma práxis que sustenta a relevância dessa singularidade, da escuta dos conflitos e dos sintomas. O sintoma é o que vem do real, em subversão ao discurso do amo. A sexualidade é da ordem de uma ética que considera o desejo, o inconsciente e o real do gozo, implicando uma tarefa de construção permanente, na vida (um devir), a partir de uma "escolha", no sentido freudiano do termo. Decorre daí a inconciliabilidade da concepção psicanalítica da sexualidade tanto com a propugnada pelos regimes políticos totalitários, quanto com a defendida pelo moralismo religioso conservador e reacionário das igrejas-empresas contemporâneas, articuladas ao discurso capitalista.

: Psicanálise; Homossexualidade; Ditadura; Sexualidade; Discurso; Sintoma.

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