SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas
ISSN 1806-6976
SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) v.1 n.1 Ribeirão Preto fev. 2005
EDITORIAL
Editora Chefe
Profª. Drª. Margarita Antonia Villar Luis
A apresentação de uma nova revista ao público não é tarefa fácil, ainda mais quando a maioria dos leitores pertence ao mundo acadêmico ou são colegas da área da saúde e, certamente, com expectativas elevadas em relação a este veículo de informação. Tal expectativa advém, em parte, por tratar-se de algo idealizado pelo Departamento de Enfermagem Psiquiátrica e Ciências Humanas (DEPCH) da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo o qual, no Brasil, goza de tradição e reconhecimento dos pares pelas suas iniciativas na especialidade de saúde mental e, mais recentemente, na temática álcool e drogas.
Imbuído do espírito inovador que sempre o distinguiu, o DEPCH lança o primeiro fascículo da SMAD Revista Eletrônica de Saúde Mental, Álcool e Drogas, objetivando contribuir com os trabalhadores da saúde e afins por meio da divulgação do conhecimento produzido e privilegiando um enfoque multiprofissional sobre os temas abordados. A SMAD espera, ainda, facilitar o intercâmbio e o debate de idéias, favorecendo a integração entre os profissionais dedicados às questões da saúde mental, álcool é drogas no Brasil, nos Países de Língua Oficial Portuguesa e em toda a Região das Américas.
O meio eletrônico foi escolhido, seguindo uma tendência mundial de tornar o conhecimento acessível da forma mais abrangente e rápida possível, além de facilitar a interatividade entre leitores e editores.
A princípio, a Revista será editada semestralmente. Estamos cientes dos desafios e do longo trajeto que a SMAD terá de percorrer para tornar-se um periódico científico consolidado. O estímulo dos colegas e o entusiasmo do grupo de editores são pontos a favor deste empreendimento.
Neste primeiro fascículo, os artigos sobre álcool e drogas mostram a diversidade de focos de estudos e amplitude de discussões. Deslocam-se de uma análise crítico-social, concebendo a palavra droga como constructo sociolingüístico, permeado por mitos que auxiliam no controle e regulação social das populações. Mostram, também, estudos realizados em grupos da comunidade e a atuação do cuidador e pesquisador, sem descuidar dos aspectos éticos inerentes à atividade.
Os trabalhos direcionados à saúde mental abordam o relacionamento interpessoal, tema sempre oportuno dada a sua importância na humanização do cuidado, especificamente do enfermeiro. Da mesma forma, o estudo sobre tentativas de suicídio entre adolescentes, usuários de serviços de emergência, ressalta as dificuldades de realização do diagnóstico, devido aos preconceitos que cercam esse problema de saúde bem como a atuação do enfermeiro frente a esse cliente.
Prezado Leitor, sinta-se bem-vindo à SMAD. Que essa leitura possa acrescentar-lhe conhecimento, acompanhado de satisfação. Sinta-se igualmente convidado a participar da construção desta Revista, enviando seus trabalhos, comentários e sugestões e divulgue-a entre seus colegas.