SMAD. Revista eletrônica saúde mental álcool e drogas
ISSN 1806-6976
SMAD, Rev. Eletrônica Saúde Mental Álcool Drog. (Ed. port.) v.3 n.1 Ribeirão Preto ago. 2007
EDITORIAL
Margarita Antonia Villar Luis
Editora Chefe
Com esse número a revista eletrônica SMAD alcança o seu sexto número, queremos salientar a importância de você leitor que nos prestigia enviando seus trabalhos ou consultando os artigos publicados, é isso que mantém o vigor da revista e nos incentiva a buscar a implementação de melhorias para as edições futuras.
Como novidades temos a informar que a SMAD já está nas seguintes bases de dados: BVS Pepsic, Redalyc e Latindex, e estamos aguardando o pronunciamento do LILACS. Ressaltando que a Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal de Ensino Superior (CAPES) está classificando a SMAD como Nacional C.
Estamos cientes de que ainda é pouco, em um tempo em que pesquisadores, principalmente os vinculados a Instituições de Ensino Superior, são cada vez mais pressionados a publicar em revistas indexadas em bases de dados internacionais. Entretanto, o início sempre é humilde, ainda mais quando se luta pela obtenção de recursos financeiros que propiciariam a materialização de empreendimentos para transformar a SMAD num prestigioso veículo de divulgação científica.
Assim, ratificamos nossos agradecimentos por sua participação, assim como devemos salientar a ajuda imprescindível das várias pessoas envolvidas no processo de edição da revista SMAD.
Neste número predominam os artigos sobre o tema álcool e drogas, mas o primeiro a ser comentado será o último, pois ele traça o cenário do sofrimento mental na comunidade, destacando dados sobre morbidade e mortalidade, mostrando os transtornos que tem acometido a população com maior freqüência.
Nessa diretriz de generalidade, merece destaque a análise crítica sobre as políticas públicas brasileiras no tocante ao uso de álcool e outras drogas e ao seu usuário. Tal reflexão se baseia nos documentos governamentais lançados para orientar segmentos diversos da sociedade, dentre eles os profissionais de saúde.
Nessa mesma lógica, o artigo sobre representação social sobre as drogas e seus usuários na sociedade espanhola, acrescenta a percepção que outro país tem sobre esse fenômeno, ao discorrer sobre as mudanças nas tendências, acerca dos riscos associados ao consumo de substâncias psicoativas na cultura mediterrânea, bem como sobre o potencial disso para favorecer a reflexão das pessoas quanto às conseqüências da experimentação e, em última instância, promover mudanças comportamentais.
Dois artigos têm como protagonistas da pesquisa os dependentes de drogas; um enfoca a percepção que o usuário de álcool tem de si mesmo bem como as dificuldades vivenciadas no cotidiano em decorrência do uso dessa substância. O outro, trata da ressocialização do dependente químico em geral, na condição de morador de rua, salientando a necessidade de atribuir maior relevância aos aspectos sociais e econômicos nesse processo.
Finalmente, o artigo que inicia este número aborda um tema indicador de que mesmo estando em pleno século XXI, certas questões como o homossexualismo, enfrentam a intolerância e a rejeição social, evidenciando ainda, que o grupo de apoio a familiares pode ser uma estratégia bem sucedida para fomentar a inclusão do filho que fez escolhas diferentes daquelas preconizadas pelos padrões sociais. Neste artigo, a exemplo de outros, que também relatam experiências envolvendo os desviantes, a figura que se destaca como membro de apoio no contexto familiar é a mãe.
De certa forma, esta edição conseguiu dar visibilidade a várias temáticas presentes no âmbito do exercício do cuidado e da atividade de pesquisa. Boa leitura.