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Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

Estud. pesqui. psicol. v.8 n.3 Rio de Janeiro dez. 2008

 

ARTIGOS

 

Corpo e velhice na contemporaneidade

 

Body and old age in the contemporaneity

 

 

Gabriela Felten da Maia *

Mestranda do curso de Pós-Graduação em Ciências Sociais da Universidade Federal de Santa Maria/UFSM - Rio Grande do Sul, Brasil

Endereço para correspondência

 

 


RESUMO

A inegável atenção dada ao corpo na sociedade inspirou a construção deste trabalho, visto que os imperativos atuais são a beleza, a forma e o vigor. A velhice e a inexorabilidade da morte apresentam-se para este ideal como incômodos que devem ser afastados através de diversos hábitos "saudáveis" e “rejuvenescedores”, como a ginástica, os cosméticos, as vitaminas, procedimentos estético-cirúrgicos, entre outros. O modo de “ser velho”, então, passa a ser configurado não mais por estereótipos negativos, mas a partir de um ethos em que os idosos são apresentados como saudáveis, joviais, engajados, produtivos e autoconfiantes. São corpos que ultrapassam as marcas do tempo, atléticos, firmes e lisos. Logo, aqueles que não aderem a este ethos podem tornar-se desviantes, estranhos, velhos, ultrapassados e precisam, portanto, serem descartados ou escamoteados. Tendo em vista estas questões, o presente trabalho propõe-se a discutir sobre o tema velhice, corpo e sociedade, na tentativa de problematizar sobre os atuais modos de subjetivação e o envelhecimento na contemporaneidade.

Palavras-chave: Velhice, Corpo, Subjetividade, Sociedade.


ABSTRACT

The undeniable attention given to the body in the society inspired the construction of this work, since the current imperatives are the beauty, the form and the strenght. The oldness and the inevitability of the death are presented for this ideal as bothering that must be moved away through diverse habits "healthy" and “rejuvenating”, the gymnastics, the cosmetics, the vitamins, procedures aesthetic surgical, among others. The way of “being old”, then, not more passes to be configured by negative stereotype, but from an life style where the aged ones are presented as healthful, good-tempered, involved, productive and self-confident. Bodies that exceed the marks of the time, athletical, firm and smooth. Thus, those that do not adhere to these life style can become deviant, strange, old, exceeded and need, therefore, be discarded or conjured. Considering these questions, the present work, propose to argue on the subject oldness, body and society, in the attempt of question on the current ways of subjectivation and the aging in the contemporaneity.

Keywords: Old age, Body, Subjectivity, Society.


 

 

Considerações iniciais

O presente trabalho surgiu a partir de problematizações feitas ao longo do desenvolvimento de um projeto de extensão numa instituição de abrigo para idosos. Foi importante ter participado desta atividade, pois a aproximação com o cotidiano e as conversas com os residentes do local suscitaram-me o interesse pela pesquisa sobre a velhice, subjetividade, corpo e sociedade. Foi ao deparar-me com uma realidade diferente, com pessoas que nada queriam fazer, que surgiram questões relacionadas aos limites entre saúde e sofrimento na velhice.

A grande maioria da literatura afirma que a instituição estabelece uma relação em que os internados são despojados de seus valores, perspectivas e crenças que antes possuíam, provocando, muitas vezes, o desinvestimento e a desesperança de que algo seja possível. Contudo, ainda que imersos em um local que, pela sua dinâmica e funcionamento, tende a homogeneizar, é possível perceber uma experiência singular que, por vezes, escapa a qualquer sistema homogêneo de classificação. Ao problematizar tais aspectos, estava se colocando em cheque diversas formas de saberes sobre a velhice, que privilegiam o domínio biológico como modelo para explicar esta etapa, e permitindo a produção de um conhecimento válido para intervir sobre ela.

A partir do convívio com os internos pôde-se observar que tal visão sobre a velhice não seria possível para compreender a heterogeneidade de aspectos que compõem o envelhecimento e a velhice. Percebeu-se que mesmo diante de todas as adversidades que estes idosos institucionalizados vivenciam, um outro modo de viver é possível, já que estão livres da realização de qualquer projeto. A liberação permitida pela sociedade, após a saída do sistema produtivo, para estes velhos especificamente, abre uma outra dimensão para a vida, que antes não era possível. Por isso, pôde-se visualizar outros padrões de comportamento, outros sentidos dados ao viver. Um modo diferente de como se dá a experiência, em que impera a inércia, o silêncio e a espera.

É a partir destes indícios de aparente desinteresse na realização de qualquer coisa, da imobilidade e da lentidão dos acontecimentos, que fica a seguinte questão: por que eles deveriam ter algo a fazer? É uma discussão pertinente quando se pensa na configuração atual, em que há uma acentuada ênfase no envelhecimento ativo, contribuindo para uma recodificação da experiência de envelhecer. Tal fato torna-se, de acordo com Debert (2004), um elemento ativo para um movimento de reprivatização da velhice e que acaba por produzir estratégias anti-envelhecimento.

 

Envelhecer na contemporaneidade

A temática do envelhecimento vem ganhando maior destaque em diferentes campos em virtude do aumento significativo da população em idade avançada e dos possíveis problemas que tal fato acarretará à sociedade. Esta maior visibilidade ampara-se em estatísticas populacionais que salientam o fenômeno do crescimento, em escala mundial, do grupo de idosos no total da população. Tal transformação na estrutura etária brasileira tem exigido uma revisão dos estereótipos comumente associados à velhice.

Sabe-se que no imaginário social a velhice está associada a perdas que levam à ruptura e ao isolamento, a uma imagem negativa de ser velho, à perda de papéis sociais e à precariedade das condições de vida. Essas antigas imagens negativas associadas à velhice, que foram importantes para a conquista de direitos sociais, como a aposentadoria, hoje não se sustentam mais. Assim, a adoção de uma nova representação para as pessoas em idade avançada, associada à produtividade, passa a compor os discursos sobre a velhice na atualidade. Acompanhando esta modificação, novos estilos de vida estão sendo propostos, culminando na produção de uma nova imagem para a velhice. Um modo de “ser velho” diferente das imagens comumente associadas à última etapa do curso da vida é proposto, em que só é velho quem quer. Um processo que acaba por recodificar a experiência de envelhecer na sociedade contemporânea.

Este fato abre espaço para a proliferação de estratégias de combate à deterioração e decadência do corpo, que enfatizam a prevenção ao envelhecimento numa tentativa de retardá-lo ou, até mesmo, evitá-lo. A juventude aparece, deste modo, não mais como uma categoria específica, mas como um estilo de vida, que deve ser perseguido pelos indivíduos de diferentes idades.

Juventude e vigor tornam-se elementos centrais numa sociedade que tem o corpo como meio de expressão e de construção de identidades. Os apelos da mídia se dirigem, de forma cada vez mais exacerbada, às características físicas, à beleza, à perfeição e à saúde, as quais são buscadas através do consumo de diferentes produtos (GOLDENBERG; RAMOS, 2002). Portanto, as regras subjacentes para exposição do corpo são fundamentalmente estéticas. O corpo, então, passa a ser submetido a um regime em que nada pode vazar ou fugir ao controle: deve-se manter uma superfície lisa e sem rugas, um corpo belo, jovem e vigoroso.

E os sujeitos devem seguir determinadas normas vigentes, as quais ditam sobre a existência enquanto possibilidade de ser o que se quer aparentar ser, ou seja, para sentirem-se enquanto sujeitos, devem modelar, redefinir e submeter seus corpos a um regime de cuidados corporais. Assim, na busca por este ideal de perfectibilidade e juventude, os indivíduos que envelhecem acabam por ter que se identificar e viver de acordo com suas características, uma vez que para este ideal a velhice é pensada enquanto uma falha que necessita ser corrigida.

 

Corpo, velhice e subjetividade

É interessante aproximar a discussão proposta por este trabalho das idéias de Bauman (1998), quando este fala sobre o ideal de purificação, pois entende-se que, no sentimento constante que acompanha a velhice, verifica-se uma relação ao que o autor chamou de “sonho de pureza”, ideal este, que se faz acentuadamente presente na contemporaneidade. O autor entende a pureza como uma visão de “ordem”, ou seja, os acontecimentos se acham fixados em seus lugares corretos. Esta atribuição de lugares às situações na sociedade pode ser entendida como uma visão de limpeza, isto é, uma proposta de manter afastado tudo aquilo que estiver fora dos lugares estabelecidos socialmente.

Na ótica do autor pode-se pensar a negação dos efeitos do tempo e da depreciação causada pelos agentes cronológicos na anatomia, como o modelo de pureza para a sociedade, sendo que aqueles que não perfilam aos modelos vigentes tendem a ser classificado como um corpo dissonante, um corpo inválido, torna-se a “sujeira”, nas palavras do autor. Em certo sentido, esta visão de “pureza e sujeira” relacionada à velhice está ligada ao temor da sociedade em relação à morte dos homens. As análises sociológicas de Elias (2001) trazem à tona o terror da sociedade moderna em saber sobre a fragilidade e a finitude, o que tornou a proximidade com a morte um problema para os homens. O que se alcança aqui é o incômodo causado pela velhice de representar, como última etapa do curso vida, a proximidade com a morte.

O conhecimento das causas das doenças, do envelhecimento e da morte pela ciência, em certa medida, permitiu que toda a exterioridade da afetação do corpo pela doença fosse, em maior grau, controlado. O resultado deste avanço é o aumento da expectativa de vida. Este prolongamento, possibilitado por esses avanços tecnocientíficos, permitiu, para Elias (2001), uma sensação da vida mais controlada na sua dimensão biológica; afastando a doença, o sofrimento e a dor, contribuiu para uma maior segurança em relação a situações que poderiam ser consideradas ameaçadoras ao homem. As análises sociológicas deste autor trazem à tona o terror da sociedade moderna em saber sobre a fragilidade e a finitude, o que tornou a proximidade com a morte um problema para os homens.

De acordo com Sibilia (2002), o desenvolvimento de uma gama enorme de tecnologias, na atualidade, permite a produção de novos discursos, novos modos de subjetivação e novas formas de pensar, sentir, viver a velhice. Abordar a participação dessas tecnologias na formação da subjetividade interessa para entender as formas de gestão do envelhecimento que buscam constituir a velhice como uma etapa livre de sofrimentos. Para esta nova gestão, a velhice é dissociada da doença e da morte, e faz isso envolvendo um conjunto de práticas voltadas para o upgrade. Segundo a autora, o progresso alcançado pela biotecnologia proporciona essa possibilidade de mudanças no processo vital, através do controle sobre todas as limitações biológicas.

Ainda segundo Sibilia (2002, p. 49),

[...] a tecnociência contemporânea almeja ultrapassar todas as limitações biológicas ligadas à materialidade do corpo humano, rudes obstáculos orgânicos que restringem as potencialidades e as ambições dos homens. Vários deles correspondem ao eixo temporal da existência. A fim de romper essa barreira imposta pela temporalidade humana, portanto, o armamento científico-tecnológico é colocado a serviço da reconfiguração do que é vivo e em luta contra o envelhecimento e a morte.

Na contemporaneidade, conforme Pitanga (2006), há uma obsessão pelo corpo jovem e uma tentativa de corrigir a marca da passagem do tempo inscrita no corpo envelhecido. As técnicas criadas para a correção destas marcas são tentativas de evitar ou camuflar a dor causada por ter conhecimento da finitude. Para a autora, é justamente este conhecimento que leva ao enaltecimento do corpo belo e vigoroso, provocando a depreciação do corpo velho e conseqüente busca incessante de adiar ou aniquilar a velhice.

De acordo com a Pitanga (2006, p. 96-97),

Vivemos numa sociedade que supervaloriza o novo, dos descartáveis, que preconiza: o belo é o instante. Logo, parece legítimo pensar no corpo do idoso como aquele que está velho, ultrapassado e precisa, portanto, ser descartado, escamoteado. O que desagrada, por ser ameaçador, é recusado, rechaçado.

Portanto, o mal-estar causado pela sua presença leva à busca de artifícios para o tamponamento de suas marcas. Pois, conforme Elias (2001, p. 80),

Não é fácil imaginar que nosso próprio corpo, tão cheio de frescor e muitas vezes de sensações agradáveis, pode ficar vagaroso, cansado e desajeitado. Não podemos imaginá-lo, e, no fundo, não o queremos. Dito de outra maneira, a identificação com os velhos e com os moribundos compreensivelmente coloca dificuldades especiais para as pessoas de outras faixas etárias. Consciente ou inconscientemente, elas resistem à idéia de seu próprio envelhecimento e morte tanto quanto possível.

O indivíduo, portanto, deve introjetar tais características para então manter-se jovem enquanto estiver atento à dinâmica do mercado e aberto às inovações e transformações que se dão no mundo. Disto decorre uma necessidade de manter um cuidado acentuado com o corpo, pois, para este padrão de comportamento, a velhice torna-se incongruente. Isto pode significar que, em algumas situações, ao envelhecer, o indivíduo está sujeito a cair em esquecimento, a ser visto como negação da ordem, fisicamente antiestético. Obviamente isto não é explícito, porém subentende-se na elevação do status do corpo como elemento constituinte da identidade na esfera pública.

Por isso mesmo, o surgimento de uma nova imagem para esta etapa da vida constitui-se na criação de uma nova designação: a terceira idade. Debert (2004) sugere que o surgimento desta nova sensibilidade em relação ao envelhecimento visa a contrapor-se a estereótipos e discriminações. Como conseqüência surge um ethos diferentepara esta etapa, mostrando que é possível superar a velhice como uma fase de degradação física e social. Esta dissolução de imagens negativas nas representações da terceira idade é um elemento ativo na reprivatização do envelhecimento, pois a perspectiva atual é, conforme a autora, louvar

as pessoas saudáveis e bem-sucedidas que aderiram aos estilos de vida e à parafernália de técnicas de manutenção corporal veiculadas pela mídia [...]. Os problemas ligados à velhice passam a ser tratados como um problema de quem não é ativo e não está envolvido em programas de rejuvenescimento e, por isso, se atinge a velhice no isolamento e na doença, é culpa exclusivamente dele (DEBERT, 2004, p. 229).

Portanto, para este ideal de purificação, os corpos que não se encaixam no mapa estético do mundo são considerados dissonantes, nas palavras de Fontes (2007). O corpo velho é um corpo que não perfila ao parâmetro de (re)construção a partir de um conjunto de discursos, práticas e procedimentos que visam a torná-lo culturalmente adequado, capaz de atender as exigências de uma corporeidade supostamente considerada como ideal. Sua presença torna-se uma anomalia em uma sociedade voltada para a perfectibilidade, necessitando, por isso, ser escamoteado ou corrigido.

Neste sentido, a negação da velhice se dá em um duplo aspecto. Através da construção de práticas que tendem a encobrir os problemas próprios da idade mais avançada, oferecendo oportunidades de afastar os efeitos do envelhecimento com a renovação do corpo, das identidades e da auto-estima. Como também aqueles velhos em situação de dependência, pobreza e abandono e que não podem adequar-se aos moldes de uma velhice bem-sucedida podem acabar sendo afastados dos circuitos sociais. As instituições, neste sentido, surgem como recurso para “armazenar” esta realidade incômoda. O intuito parece ser o de manter a velhice como um segredo.

 

Considerações finais

As reflexões até aqui expostas buscaram problematizar as imagens construídas em torno do envelhecimento na atualidade. O que parece estar em evidência é a dificuldade em lidar com a velhice e seus imperativos, como a aproximação com a morte e a decadência física. Com o investimento maciço sobre a dimensão corporal, na sua aparência, saúde, performance ou longevidade, é comum a presença do modelo biomédico dominante na definição do envelhecimento, considerando-o exclusivamente em termos de declínio da idade adulta, como um estado patológico, uma doença a ser tratada. Tal fato contribui para uma nova forma de gestão da experiência de envelhecer, em que se encoraja a autovigilância da saúde e da boa aparência.

Este estilo propaga-se cada vez mais, na medida em que, amparada pelas estatísticas, a sociedade tem dado atenção à velhice como sendo um problema de ordem pública a ser resolvido por diversos setores. Assim, irradiam-se diagnósticos, maneiras de comportar-se, comer, vestir-se, viver recheados de prevenções contra o envelhecimento, fazendo do indivíduo que envelhece um ser sempre em dívida e em tratamento.

Instaura-se, portanto, um cenário que nos leva a pensar sobre a rejeição e o temor em envelhecer e morrer em virtude do mito da “eterna juventude”. Se por um lado há um aumento da longevidade e da população de idosos, por outro, observa-se um obscurecimento da velhice, na medida em que se recorre a técnicas que evitem o progresso da decadência física. Este imperativo espalhou-se de tal forma que afetou o cotidiano dos indivíduos e aprisionou o devir em corpos que lutam para alcançarem o inatingível & a eternidade.

As reflexões acerca destes aspectos presentes na contemporaneidade e o temor àquilo que é incontrolável e irremediável & a finitude & são importantes para pensar sobre o caráter modulador dos corpos e dos modos de existência na contemporaneidade e na velhice. A problemática que se coloca aqui, então, é que o cuidado excessivo de si e a busca inesgotável pela boa forma tornaram-se preceitos a serem seguidos por todos, através da eliminação das impurezas e imperfeições dos indivíduos, restringindo os modos de existência a um ideal estético.

Portanto, à luz destas questões é que se considera a necessidade de dar maior atenção a essa estetização da existência, em que somos o que aparentamos ser, fazendo do corpo o espelho da alma. Entende-se, com isso, que se deve interrogar sobre o que pode a velhice, que não seja pura obsessão a perfectibilidade física e orgânica? Quais zonas de escape são possíveis em meio à tirania da corporeidade perfeita? O intuito é pensar que outras estratégias são construídas para viver esta etapa da vida; que outros modos de ser velho são possíveis; ou quais alternativas de socialização são construídas.

Ao colocar em foco tais questões podem-se pensar outros modos de viver na velhice, uma vez que tem sido posta em pauta a necessidade de se (re)pensar as experiências na velhice. Formas estas que permitam a construção de novas identidades, não mais sob uma ótica negativa, mas também que não se radicalize numa idéia de velhice sem problemas.

Como este trabalho teve por objetivo introduzir algumas idéias importantes sobre a temática do envelhecimento, entende-se a necessidade de se dar continuidade à reflexão sobre a velhice, em consonância com outra concepção de saúde. Uma saúde diferente da atual exacerbação bio-ascética de ser jovem, que conecta valores mercadológicos e da juventude às técnicas de cuidado corporal para mascarar a passagem do tempo.

 

Referências Bibliográficas

BAUMAN, Z. O Mal-Estar da Pós-Modernidade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.        [ Links ]

DEBERT, G. G. A Reinvenção da Velhice: Socialização e Processos de Reprivatização do Envelhecimento. São Paulo: Universidade de São Paulo; FAPESP, 2004.        [ Links ]

ELIAS, N. A Solidão dos Moribundos, seguido de Envelhecer e Morrer. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2001.        [ Links ]

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GOLDENBERG, M.; RAMOS, M. S. A civilização das formas: o corpo como valor. In: GOLDENBERG, Mirian (org.). Nu & Vestido: dez antropólogos revelam a cultura do corpo carioca. Rio de Janeiro: Record, 2002. p. 19-40.        [ Links ]

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SIBILIA, P. O homem pós-orgânico: corpo, subjetividade e tecnologias digitais. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2002.        [ Links ]

 

 

Endereço para correspondência
Gabriela Felten da Maia
E-mail: gabryelamaia@gmail.com

Recebido em: 17/03/2008
Aceito para publicação em: 11/07/2008
Acompanhamento do processo editorial: Eleonôra T. Prestrelo

 

 

Notas

*Graduada em Psicologia pela Universidade Federal de Santa Maria.

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