20 2A Memória das Comunidades Eclesiais de Base à Luz da Psicologia da Libertação 
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Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

COSTA, Pedro Henrique Antunes da    MENDES, Kíssila Teixeira. Dialética do Fatalismo: do Fatalismo dos Indivíduos para o da Ordem. Estud. pesqui. psicol. []. 2020, 20, 2, pp.682-702. ISSN 1808-4281.  https://doi.org/10.12957/epp.2020.52593.

O presente trabalho objetiva realizar um resgate crítico do conceito de fatalismo cunhado por Martín-Baró, à luz da realidade brasileira. Nesse processo, explicitaremos sua natureza dialética, a partir dos movimentos de resignação e revolta, em perspectivas individuais e/ou coletivas. Trata-se de uma pesquisa teórica, cuja discussão fundamentou-se nas formulações e trabalhos do autor, em literatura secundária sobre o conceito, produções acerca do processo de formação brasileiro e, nele, contextos de pobreza e exploração econômico-política, bem como dados sobre nossa realidade e manifestações artísticas nacionais ilustrativas. Para além da faceta de resignação do fatalismo, apontada por Martín-Baró, destacamos sua relação dialética com a revolta e entre possibilidades individuais e coletivas. Assim, como transformar o fatalismo dos indivíduos em direção a perspectivas de revolta capazes de provocar rupturas estruturais nessa sociabilidade? E como a Psicologia brasileira pode contribuir para isso? As possibilidades de passagem de um fatalismo dos indivíduos para o da ordem, a partir da práxis do psicólogo brasileiro ou enquanto visão de mundo geral, são: (1) recuperação da memória histórica; (2) fortalecer a organização popular; (3) compreender-se e atuar enquanto classe trabalhadora; (4) fortalecer as condições objetivas comunitárias e (5) conscientização enquanto horizonte da Psicologia.

: pobreza; subjetividade; dialética; psicologia; América Latina.

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