22 Memórias de Mulheres Dissidentes na Ditadura Militar como Antídoto à Democracia em RuínasO Gênero (de)Preciado: a Psicanálise e a Necrobiopolítica das Transidentidades 
Home Page  


Estudos e Pesquisas em Psicologia

 ISSN 1808-4281

SILVA, Dagualberto Barboza da; BARROS, João Paulo Pereira; NUNES, Larissa Ferreira    BENICIO, Luis Fernando de Souza. “EntreColetivos”: Arte, Cidade e Política como Estratégia de Enfrentamento à Necropolítica Genderizada. Estud. pesqui. psicol. []. 2022, 22, spe, pp.1622-1642.   27--2024. ISSN 1808-4281.  https://doi.org/10.12957/epp.2022.71765.

Este manuscrito tem como objetivo analisar de que modo coletivos juvenis LGBTQIAP+ têm produzido formas de re-existir a violências induzidas pelas expressões da necropolítica genderizada em Fortaleza. Ao longo do artigo, tomamos a necropolítica genderizada como uma ferramenta operacional da racionalidade neoliberal, que tem visado, dentre outras coisas, exaurir existências posicionadas como “outras” do padrão branco cis-hétero-patriarcal burguês, a exemplo de juventudes periféricas LGBTQIAP+. Elegemos a cartografia como ethos da pesquisa-inter(in)venção, a partir da qual fomentamos e compomos a rede “EntreColetivos”. As análises foram feitas a partir de diários de campo sobre os encontros com essa rede de coletivos juvenis. As cenas trazidas apontam o dispositivo-arte como estratégia de enfrentamento à necropolítica genderizada, que assola desigualmente determinadas populações. As movimentações artísticas do “EntreColetivos” buscaram tornar a cidade circulável para juventudes negras e LGBTQIAP+, segmentos aos quais os espaços urbanos têm sido historicamente negados. Desse modo, observamos que a luta pela sobrevivência e pela re-existência nas margens não se encapsula em pautas identitárias. O “EntreColetivos” mostrou-se como uma rede de cuidado e luta, fazendo da arte e da ocupação da cidade um ato político de re-existência.

: resistência; coletivos LGBTQAIP+; necropolítica..

        · |     · |     · ( pdf )